Escolas cívico-militares de Tarcísio vão iniciar aulas sem militares

Cronograma atrasado fará com que PMs comecem nas escolas cívico-militares um mês depois do início do semestre letivo

Jun 23, 2025 - 04:00
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Escolas cívico-militares de Tarcísio vão iniciar aulas sem militares

Cem escolas da rede estadual de São Paulo começam a funcionar no modelo cívico-militar a partir do próximo semestre, mas a volta às aulas nestas unidades ainda não terá a presença dos policiais militares nos corredores.

O atraso na divulgação do edital para a seleção dos agentes que atuarão nestas escolas fez com que a entrada dos policiais no programa fosse adiada em um mês. Agora, a previsão é de que os PMs monitores comecem nos colégios no dia 25 de agosto, quase trinta dias depois do início do segundo semestre letivo, em 28 de julho. 4 imagensEscolas cívico-militares são criticadas por especialistasGovernador Tarcísio de Freitas discursa durante cerimônia de lançamento da Frente Parlamentar das Escolas Cívico-MilitaresPrograma de escolas cívico-militares do governo federal foi  encerrado pelo governo Lula em 2023Fechar modal.1 de 4

Tarcísio enviou projeto das escolas cívico-militares à Alesp em março de 2024Divulgação / Governo de SP2 de 4

Escolas cívico-militares são criticadas por especialistasVinícius Schmidt/Metrópoles3 de 4

Governador Tarcísio de Freitas discursa durante cerimônia de lançamento da Frente Parlamentar das Escolas Cívico-MilitaresVinícius Schmidt/Metrópoles4 de 4

Programa de escolas cívico-militares do governo federal foi encerrado pelo governo Lula em 2023Governo de Goiás/Divulgação

Antes disso, os policiais farão um curso de capacitação, ministrado pela Secretaria da Educação em parceria com a Secretaria da Segurança Pública (SSP). Como mostrou o Metrópoles, a duração do curso, com carga horária mínima de 40 horas, é menor que a de cursos de formação de condutores para quem deseja tirar a primeira habilitação em uma autoescola.

A demora no início da implantação do programa cívico-militar tem incomodado bolsonaristas, que alegam nos bastidores que o projeto tem sido desidratado antes mesmo de ter início.

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O grupo também critica um artigo do processo seletivo para os militares, que impede policiais de se candidatarem até dois anos depois de deixarem a função de monitores. O Metrópoles apurou que a medida foi incluída pela Secretaria da Educação paulista para que o caráter pedagógico das escolas cívico-militares seja sobreposto a possível politização em torno dos colégios – ainda que o projeto tenho sido criado para agradar a base bolsonarista.

Como serão escolas cívico-militares em SP

  • No segundo semestre deste ano, 100 escolas estaduais vão adotar o modelo cívico-militar. Duas delas ficam na capital paulista, outras 17 em cidades da região metropolitana, e as demais estão no litoral e no interior do estado.
  • Policiais militares serão contratados para atuar como monitores nas unidades. Eles serão responsáveis por atividades extracurriculares e fiscalizarão a aplicação de regras de disciplina criadas para os alunos.
  • Os estudantes terão que usar uniforme. Meninos serão instruídos a cortarem o cabelo no estilo meia cabeleira (com nuca e laterais raspadas). As meninas deverão manter seus cabelos presos por meio de coque, tranças ou rabo-de-cavalo. Adereços como “tererê” são contraindicados e riscos na sobrancelhas são proibidos.
  • Os alunos que não cumprirem as regras vão perder “pontos” e poderão ser punidos com advertência verbal, alteração de turma, além de ter a mudança de escola solicitada pela direção.
  • As aulas permanecerão sob a responsabilidade dos professores da rede estadual.

 

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