Estônia acusa Rússia de invadir seu espaço aéreo com 3 jatos
Caça russo MIG-31 durante exercício militar em junho de 2024. Ministério da Defesa russo via Reuters A Estônia acusou a Rússia de invadir seu espaço aéreo com 3 jatos de combate nesta sexta-feira (19), em um episódio que chamou "de uma brutalidade sem precedentes". Segundo o governo estoniano, as aeronaves russas permaneceram sobre seu território durante 12 minutos e eram do modelo MiG-31. A Estônia imediatamente protestou ao diplomata russo de maior escalão no país. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O incidente na Estônia ocorre pouco mais de uma semana após drones de ataque russos invadirem o espaço aéreo da Polônia, em um dos episódios mais tensos da já conturbada relação entre a Rússia e a Otan, o que levou a uma escalada de tensões sem precedentes entre eles. Além disso, nesse meio tempo a Romênia também acusou a Rússia de ter violado seu espaço aéreo durante um ataque de drones à Ucrânia. Tanto a Polônia quanto a Estônia são integrantes da Otan, que prevê uso da força no caso de invasão a países membros. Mas esse uso da força não é imediato, e líderes ainda decidirão que resposta darão à Rússia. Os países da Otan consideraram os drones na Polônia como uma provocação, e o Artigo 4 do tratado da aliança foi invocado pelo governo polonês. Diversos europeus invocaram os embaixadores ou representantes diplomáticos russos em seus respectivos, a mais alta repreensão na linguagem da diplomacia. A Rússia se esquivou do incidente na Polônia e disse que não teve a intenção de enviar drones ao país. Nesta quinta, o Kremlin minimizou novamente o incidente e criticou a "retórica" do governo polonês —o premiê Donald Tusk disse que "a Polônia está pronta para reagir a provocações e ataques"—, mas que não configura "nada novo" em relação às críticas que a UE faz rotineiramente à Rússia. Drones na Polônia Drones russos invadem espaço aéreo da Polônia Após detectar drones militares em seu espaço aéreo, a Polônia enviou caças para abatê-los. O país também acionou a Otan, que mobilizou aeronaves de guerra de países membros para ajudar as forças polonesas a abater os drones. O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, disse que os drones eram russos. Tusk afirmou também que o país chegou a fechar parte de seu espaço aéreo por várias horas, e o aeroporto de Varsóvia suspendeu voos. "Na noite de quarta (10), o espaço aéreo polonês foi violado por muitos drones russos. Os drones que representavam uma ameaça direta foram abatidos. Estou em constante comunicação com o secretário-geral da Otan e nossos aliados, disse a autoridade polonesa", declarou o premiê polonês. Na região de Lublin, no leste da Polônia — perto da fronteira com a Ucrânia — uma casa foi atingida por um dos drones, segundo o prefeito local, Bernard Blaszczuk. Ele disse que havia pessoas dentro da residência, mas ninguém ficou ferido. Ao longo da manhã, o Exército vigiou a região.


Caça russo MIG-31 durante exercício militar em junho de 2024. Ministério da Defesa russo via Reuters A Estônia acusou a Rússia de invadir seu espaço aéreo com 3 jatos de combate nesta sexta-feira (19), em um episódio que chamou "de uma brutalidade sem precedentes". Segundo o governo estoniano, as aeronaves russas permaneceram sobre seu território durante 12 minutos e eram do modelo MiG-31. A Estônia imediatamente protestou ao diplomata russo de maior escalão no país. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O incidente na Estônia ocorre pouco mais de uma semana após drones de ataque russos invadirem o espaço aéreo da Polônia, em um dos episódios mais tensos da já conturbada relação entre a Rússia e a Otan, o que levou a uma escalada de tensões sem precedentes entre eles. Além disso, nesse meio tempo a Romênia também acusou a Rússia de ter violado seu espaço aéreo durante um ataque de drones à Ucrânia. Tanto a Polônia quanto a Estônia são integrantes da Otan, que prevê uso da força no caso de invasão a países membros. Mas esse uso da força não é imediato, e líderes ainda decidirão que resposta darão à Rússia. Os países da Otan consideraram os drones na Polônia como uma provocação, e o Artigo 4 do tratado da aliança foi invocado pelo governo polonês. Diversos europeus invocaram os embaixadores ou representantes diplomáticos russos em seus respectivos, a mais alta repreensão na linguagem da diplomacia. A Rússia se esquivou do incidente na Polônia e disse que não teve a intenção de enviar drones ao país. Nesta quinta, o Kremlin minimizou novamente o incidente e criticou a "retórica" do governo polonês —o premiê Donald Tusk disse que "a Polônia está pronta para reagir a provocações e ataques"—, mas que não configura "nada novo" em relação às críticas que a UE faz rotineiramente à Rússia. Drones na Polônia Drones russos invadem espaço aéreo da Polônia Após detectar drones militares em seu espaço aéreo, a Polônia enviou caças para abatê-los. O país também acionou a Otan, que mobilizou aeronaves de guerra de países membros para ajudar as forças polonesas a abater os drones. O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, disse que os drones eram russos. Tusk afirmou também que o país chegou a fechar parte de seu espaço aéreo por várias horas, e o aeroporto de Varsóvia suspendeu voos. "Na noite de quarta (10), o espaço aéreo polonês foi violado por muitos drones russos. Os drones que representavam uma ameaça direta foram abatidos. Estou em constante comunicação com o secretário-geral da Otan e nossos aliados, disse a autoridade polonesa", declarou o premiê polonês. Na região de Lublin, no leste da Polônia — perto da fronteira com a Ucrânia — uma casa foi atingida por um dos drones, segundo o prefeito local, Bernard Blaszczuk. Ele disse que havia pessoas dentro da residência, mas ninguém ficou ferido. Ao longo da manhã, o Exército vigiou a região.
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