Estupro de vulneráveis representa 76% dos casos em SP no 1° trimestre

Segundo dados da SSP, ao todo, no primeiro trimestre deste ano, 3.862 estupros foram notificados à polícia, sendo 2.932 contra vulneráveis

Jun 2, 2025 - 13:00
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Estupro de vulneráveis representa 76% dos casos em SP no 1° trimestre

Os casos de estupro contra vítimas consideradas vulneráveis, como pessoas doentes, portadoras de deficiências, e/ou menores de idade por exemplo, representam 76% do número total de ocorrências do crime no estado de São Paulo. Segundo dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP), ao todo, no primeiro trimestre deste ano, 3.862 ocorrências foram notificadas à polícia, sendo 2.932 contra vulneráveis.

Além disso, no estado, os estupros cresceram em 13% no primeiro trimestre deste ano comparado ao mesmo recorte do ano passado. No primeiro terço do ano passado, 3.401 casos do crime foram registrados contra os 3.862 de 2025.

De acordo com o relatório divulgado pela SSP, na capital, houve um aumento de 15%, enquanto na região metropolitana cresceu 28%. O número não representa as tentativas de estupro ou os casos consumados não relatados.

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Na capital, 815 vítimas de estupro tiveram os casos registrados neste início de ano. Já na região metropolitana, composta por 39 cidades paulistas, 822 ocorrências foram denunciadas. No mesmo período de 2024, 706 e 641 denúncias foram registradas, respectivamente.

Estupros contra vulneráveis são maioria

De janeiro a março deste ano, no estado paulista, 930 vítimas maiores de 18 anos e saudáveis já foram alvos do crime, contra 2.932 vulneráveis. O número é 13% maior que no mesmo período de 2024, que teve 2.593 denúncias.

Ainda conforme o relatório da SSP, o interior paulista é a região com mais casos de estupro contra vulneráveis registrados. Apenas neste primeiro terço, 1.688 ocorrências foram relatadas. O número é 8% maior que o do ano passado, quando 1.563 denúncias foram feitas à polícia.

O que diz a SSP

Procurada pelo Metrópoles, a Secretaria da Segurança Pública explicou que o combate à violência contra a mulher, incluindo os casos de estupro, são tratados como prioridade na pasta. Em nota, o órgão destacou que tem investido em políticas públicas, estimulado a denúncia para reduzir a subnotificação e promovido melhorias no atendimento às vítimas.

A secretaria reforçou que o estado de São Paulo possui 141 unidades de Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs) e 162 salas em delegacias com equipes preparadas para lidar com situações de violência de gênero.

Além disso, o órgão relembrou sobre a Cabine Lilás, espaço reservado para acolhimento exclusivo das vítimas, e também o aplicativo SP Mulher Segura, que disponibiliza um botão para pedidos de socorro imediato.

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