EUA começa a demitir funcionários após 10 dias de paralisação governamental
Entenda o que é o 'shutdown' do governo dos EUA e os impactos da paralisação O governo federal dos Estados Unidos começou a despedir milhares de funcionários devido à paralisação orçamentária nesta sexta-feira (10), segundo a Casa Branca. A medida foi anunciada 10 dias após o início do "shutdown". ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A redução de pessoal "já começou", escreveu na rede social X Russ Vought, titular do Escritório de Gestão e Orçamento (OMB, na sigla em inglês) da Casa Branca. Um porta-voz do órgão confirmou à AFP que as demissões "já começaram" em quantidades "substanciais". Cerca de 750 mil servidores que se viram obrigados a deixar seus postos de trabalho, ou a seguirem trabalhando sem salário, estão sendo afetados pela disputa política entre republicanos e democratas sobre o orçamento federal. As profundas diferenças sobre a cobertura de saúde de milhões de americanos são o principal obstáculo. Até que o Congresso não chegue a um acordo e aprove o orçamento, o governo continuará paralisado. Na próxima quarta-feira (15), cerca de 1,3 milhão de membros do serviço militar ativo podem ser incluídos na lista de afetados e ficarão sem pagamento. Isso não aconteceu em nenhuma das paralisações da história recente dos Estados Unidos. LEIA TAMBÉM Nobel da Paz apura suspeita de vazamento após nome de María Corina Machado bombar em site de apostas horas antes de anúncio Trump anuncia tarifa de 100% contra a China, em nova escalada da guerra comercial FOTOS: Palestinos retornam para casa após cessar-fogo entre Israel e Hamas 'Um dia sombrio' Trump aponta para repórter durante evento na Casa Branca, em 8 de outubro de 2025 Evelyn Hockstein/Reuters O presidente Donald Trump já havia advertido no início da paralisação que demissões eram esperadas. Ele justificou que, se o bloqueio orçamentário se prolongasse, o governo tinha a obrigação de eliminar postos de trabalho supostamente supérfluos. Depois, Trump jogou lenha na fogueira com a ameaça de que boa parte das demissões aconteceriam no que ele denominou de "agências democratas". "Não estamos de bom humor aqui no Capitólio, é um dia sombrio. Hoje marca o primeiro dia em que os trabalhadores federais receberão um cheque de pagamento parcial", disse o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Mike Johnson, em entrevista coletiva. "Sejamos claros: ninguém obriga Trump e Vought a fazer isso. Eles não têm que fazê-lo, eles querem fazê-lo", reagiu o líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer. Os republicanos consideram que certas áreas do governo federal estão dominadas por responsáveis administrativos que utilizam o dinheiro público para promover projetos ideológicos de esquerda. Os democratas, por sua vez, acusam o partido de Trump, que conta com estreita maioria em ambas as câmaras do Congresso, de querer diminuir a estrutura do estado de bem-estar construído ao longo de décadas. Uma das agências que é objeto dessa disputa, o Departamento de Educação, deve, em princípio, fechar as portas durante este segundo mandato de Trump, por ordens diretas do presidente. Fontes desse Departamento de Educação confirmaram à AFP que as demissões começaram, assim como no Departamento do Tesouro. "Durante a presidência [de Joe] Biden, o Departamento de Saúde se tornou uma burocracia inchada, com um orçamento que cresceu 38% e uma força de trabalho que cresceu 17%", explicou em uma mensagem Andrew Nixon, chefe de comunicação da pasta, que também iniciou as demissões. A central sindical que representa cerca de 800 mil servidores públicos apresentou uma ação perante um juiz federal em San Francisco para intervir urgentemente e interrompa as demissões, antes de uma audiência já prevista para 16 de outubro. Sete votos A bandeira dos Estados Unidos sobre o Capitólio no primeiro dia da paralisação do governo, em Washington, 1º de outubro de 2025. AP Photo/J. Scott Applewhite Serviços não essenciais estão paralisados desde 1º de outubro, após fracassarem negociações sobre o orçamento. Os republicanos precisam de sete votos da bancada democrata no Senado para levar adiante o projeto de orçamento. Apenas três opositores votaram a favor nas sete tentativas de aprovação, que fracassaram até agora. A alternativa democrata, ainda mais distante de obter consenso no Congresso, envolve cancelar totalmente o pacote orçamentário relacionado à saúde pública aprovado pelo partido de Trump em julho, para recomeçar do zero. Os republicanos pedem que, primeiro, o governo seja reaberto, para depois discutir o mérito dessas questões, que afetam 24 milhões de americanos. VÍDEOS: mais assistidos do g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1


Entenda o que é o 'shutdown' do governo dos EUA e os impactos da paralisação O governo federal dos Estados Unidos começou a despedir milhares de funcionários devido à paralisação orçamentária nesta sexta-feira (10), segundo a Casa Branca. A medida foi anunciada 10 dias após o início do "shutdown". ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A redução de pessoal "já começou", escreveu na rede social X Russ Vought, titular do Escritório de Gestão e Orçamento (OMB, na sigla em inglês) da Casa Branca. Um porta-voz do órgão confirmou à AFP que as demissões "já começaram" em quantidades "substanciais". Cerca de 750 mil servidores que se viram obrigados a deixar seus postos de trabalho, ou a seguirem trabalhando sem salário, estão sendo afetados pela disputa política entre republicanos e democratas sobre o orçamento federal. As profundas diferenças sobre a cobertura de saúde de milhões de americanos são o principal obstáculo. Até que o Congresso não chegue a um acordo e aprove o orçamento, o governo continuará paralisado. Na próxima quarta-feira (15), cerca de 1,3 milhão de membros do serviço militar ativo podem ser incluídos na lista de afetados e ficarão sem pagamento. Isso não aconteceu em nenhuma das paralisações da história recente dos Estados Unidos. LEIA TAMBÉM Nobel da Paz apura suspeita de vazamento após nome de María Corina Machado bombar em site de apostas horas antes de anúncio Trump anuncia tarifa de 100% contra a China, em nova escalada da guerra comercial FOTOS: Palestinos retornam para casa após cessar-fogo entre Israel e Hamas 'Um dia sombrio' Trump aponta para repórter durante evento na Casa Branca, em 8 de outubro de 2025 Evelyn Hockstein/Reuters O presidente Donald Trump já havia advertido no início da paralisação que demissões eram esperadas. Ele justificou que, se o bloqueio orçamentário se prolongasse, o governo tinha a obrigação de eliminar postos de trabalho supostamente supérfluos. Depois, Trump jogou lenha na fogueira com a ameaça de que boa parte das demissões aconteceriam no que ele denominou de "agências democratas". "Não estamos de bom humor aqui no Capitólio, é um dia sombrio. Hoje marca o primeiro dia em que os trabalhadores federais receberão um cheque de pagamento parcial", disse o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Mike Johnson, em entrevista coletiva. "Sejamos claros: ninguém obriga Trump e Vought a fazer isso. Eles não têm que fazê-lo, eles querem fazê-lo", reagiu o líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer. Os republicanos consideram que certas áreas do governo federal estão dominadas por responsáveis administrativos que utilizam o dinheiro público para promover projetos ideológicos de esquerda. Os democratas, por sua vez, acusam o partido de Trump, que conta com estreita maioria em ambas as câmaras do Congresso, de querer diminuir a estrutura do estado de bem-estar construído ao longo de décadas. Uma das agências que é objeto dessa disputa, o Departamento de Educação, deve, em princípio, fechar as portas durante este segundo mandato de Trump, por ordens diretas do presidente. Fontes desse Departamento de Educação confirmaram à AFP que as demissões começaram, assim como no Departamento do Tesouro. "Durante a presidência [de Joe] Biden, o Departamento de Saúde se tornou uma burocracia inchada, com um orçamento que cresceu 38% e uma força de trabalho que cresceu 17%", explicou em uma mensagem Andrew Nixon, chefe de comunicação da pasta, que também iniciou as demissões. A central sindical que representa cerca de 800 mil servidores públicos apresentou uma ação perante um juiz federal em San Francisco para intervir urgentemente e interrompa as demissões, antes de uma audiência já prevista para 16 de outubro. Sete votos A bandeira dos Estados Unidos sobre o Capitólio no primeiro dia da paralisação do governo, em Washington, 1º de outubro de 2025. AP Photo/J. Scott Applewhite Serviços não essenciais estão paralisados desde 1º de outubro, após fracassarem negociações sobre o orçamento. Os republicanos precisam de sete votos da bancada democrata no Senado para levar adiante o projeto de orçamento. Apenas três opositores votaram a favor nas sete tentativas de aprovação, que fracassaram até agora. A alternativa democrata, ainda mais distante de obter consenso no Congresso, envolve cancelar totalmente o pacote orçamentário relacionado à saúde pública aprovado pelo partido de Trump em julho, para recomeçar do zero. Os republicanos pedem que, primeiro, o governo seja reaberto, para depois discutir o mérito dessas questões, que afetam 24 milhões de americanos. VÍDEOS: mais assistidos do g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1
What's Your Reaction?






