Euforia no pregão: Bolsa tem 12º recorde seguido. Dólar cai a R$ 5,27

Ibovespa sobe 1,60%, a 157.748,60 pontos, na 15ª elevação seguida e o 12º recorde de fechamento do principal índice da Bolsa brasileira

Nov 11, 2025 - 18:30
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Euforia no pregão: Bolsa tem 12º recorde seguido. Dólar cai a R$ 5,27

Os mercados de câmbio e ações seguem em clima de euforia nesta terça-feira (11/11). O dólar registrou queda de 0,64% frente ao real, cotado a R$ 5,27. Esse foi o menor patamar registrado pela moeda americana desde 6 de junho de 2024. Já o Ibovespa fechou em alta de 1,60%, aos 157.748,60 pontos. Com isso, o principal índice da Bolsa brasileira (B3) bateu o 12º recorde seguido de fechamento e anotou a 15ª elevação consecutiva em pregões.

A baixa do dólar e a alta das ações ocorreram em muitos mercados globais. Tal movimentação é resultado do maior apetite por risco dos investidores. Esse quadro firmou-se nas últimas duas semanas à medida que novos fatos atenuam alguns pontos de tensão da economia tanto local como internacional.

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Nesta terça-feira, por exemplo, no Brasil, os investidores acompanharam a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que retrata a inflação oficial do país. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ele subiu 0,09% em outubro. O avanço representa uma desaceleração de 0,48% sobre setembro. A taxa foi ainda a menor para o mês desde 1998, quando atingiu 0,02%.

Ata mais suave

Além disso, também foi divulgada a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), realizada na quarta-feira (5/11). Na avaliação de boa parte dos analistas, a ata manteve o tom duro do comunicado divulgado pelo Copom, logo depois da decisão de manter a taxa básica de juros do país, a Selic, em 15% ao ano.

Ela, no entanto, acrescentou (em relação ao comunicado) algumas informações que sinalizam para um possível início de corte da Selic no começo de 2026. O dado sobre o IPCA, com o menor valor para setembro desde 1998, também reforçou essa interpretação.

Impasses globais

Outros pontos de tensão global também foram atenuados. Nos Estados Unidos, a expectativa é de fim próximo do “shutdown”, criado com o impasse da votação do orçamento no Congresso americano. Além disso, a maior parte do mercado acredita que os cortes de juros do país continuarão em dezembro.

A questão do tarifaço também enfraqueceu no noticiário. Isso ocorreu à medida que o governo americano firmou um acordo com a China e abriu negociações com o Brasil.

Ibovespa

No caso do Ibovespa, o bom desempenho do índice também foi resultado da alta das ações das companhias petrolíferas. Elas foram impulsionadas pelo aumento do preço do petróleo no mercado internacional. Às 17h45, os papéis da Petrobras, que têm grande peso no Ibovespa, subiam 2,69%. Os grandes bancos também registraram valorização.

As principais bolsas da Europa seguiram a mesma toada: subiram em bloco. No Reino Unido, o FTSE 100, de Londres, subiu 1,15% e renovou o recorde de fechamento pelo segundo dia seguido. O índice Stoxx 600, que abrange 17 países, avançou 1,33%. Também anotaram elevação o DAX, de Frankfurt (+ 0,53%), e o CAC 40, de Paris (+1,25%).

Nos Estados Unidos, por volta das 16h40, anotaram elevação o S&P 500 (+0,26%) e Dow Jones (+1,16%). Já o Nasdaq, que concentra ações de empresas de tecnologia, recuava 0,21% no mesmo horário.

Movimento global

Na avaliação de Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, o dólar segue em queda acompanhando o movimento global de enfraquecimento, diante de um ambiente mais favorável ao risco. “O avanço nas negociações para encerrar o shutdown nos Estados Unidos e a perspectiva de retomada dos dados econômicos reforçam o otimismo dos mercados”, diz.

“No Brasil, a combinação de juros elevados por um período prolongado e inflação controlada continua atraindo fluxos externos para renda fixa e Bolsa”, afirma o analista. “O IPCA de outubro, de apenas 0,09%, confirmou o cenário de desinflação e contribuiu para o fortalecimento do real, reduzindo a pressão sobre o câmbio.”

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Para Shahini, o Ibovespa estende sua sequência histórica de 15 altas consecutivas, impulsionado pela expectativa de que o Banco Central possa iniciar o ciclo de cortes da Selic em janeiro. Essa possibilidade cresceu depois da divulgação, nesta terça-feira, da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), que sinalizou uma postura menos rígida dos integrantes do órgão.

“A inflação mais baixa e o recuo dos juros futuros ampliam o apetite por risco e sustentam o ingresso de capital estrangeiro”, acrescenta o técnico. “Além disso, a alta do petróleo e do minério de ferro fortalece as ações de Petrobras e Vale, ajudando a consolidar o rali. Com o cenário externo mais estável e o diferencial de juros ainda elevado, o mercado projeta espaço para que o índice continue avançando nos próximos meses.”

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