Ex-diretor da PF é preso em ação por corrupção no setor de mineração
Rodrigo de Melo Teixeira foi nomeado Diretor da Polícia Administrativa em 2023, no início do governo Lula (PT), cargo que deixou em 2024

A Polícia Federal (PF) prendeu nesta quarta-feira (17/9) o ex-diretor da própria corporação, Rodrigo de Melo Teixeira, em uma operação contra organização criminosa especializada em crimes ambientais e corrupção.
Natural de Barbacena (MG), Teixeira ingressou na PF desde 1999, e foi nomeado como diretor da Polícia Administrativa em 2023, no início do governo Lula (PT). Ele deixou a função no final de 2024.
Antes, ele atuou como superintendente da PF em Minas Gerais e, posteriormente, atuou como secretário adjunto de Segurança da Prefeitura de Belo Horizonte entre 2019 e 2022.
Antes, também foi secretário adjunto da Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais (2015-2016) e presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente (2016-2018).
Atualmente, ele é Diretor de Administração e Finanças do Serviço de Geologia do Brasil (SGB).
Segundo as apurações, Teixeira teria uma atuação “oculta e ativa no mercado minerário, mediante a utilização de pessoas jurídicas interpostas e articulações com empresários investigados”.
Um dos principais alvos da operação é Alan Cavalcante do Nascimento, apontado como líder do grupo. Ele é empresário, dono de diversas empresas em diferentes ramos, inclusive uma jazida de minério na Serra do Curral.
A PF aponta que foram descobertos indícios de “vínculos societários ocultos” entre o delegado e empresários do ramo de mineração, como Alan Nascimento e outros investigados.
Como mostrou a coluna, o diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM), Caio Mário Trivellato Seabra Filho, também foi preso.
No total, foram expedidos 22 mandados de prisão contra investigados e outros 79 mandados de busca e apreensão. Também fo9ram afastados diversos servidores públicos da área ambiental que estão sob suspeita da investigação.
A estimativa é que as ações criminosas rendiam ao grupo ao menos R$ 1,5 bilhão, mas a PF destaca que foi identificado projetos em andamento vinculados à organização criminosa com potencial econômico superior a R$ 18 bilhões.
“A organização criminosa teria atuado para neutralizar a ação do Estado, dificultando as investigações e monitorando autoridades. Além disso, utilizou diversos artifícios para lavar o dinheiro obtido com as práticas ilícitas”, afirma a PF.
Os investigados poderão responder por crimes ambientais, usurpação de bens da união, corrupção ativa, corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e embaraçamento à investigação de organização criminosa.
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