Exportação do petróleo e navegação de navios petroleiros continuam normais, diz governo Maduro após bloqueio de Trump
Presidente Donald Trump diz que militares americanos cercaram a Venezuela O governo Maduro afirmou nesta quarta-feira (17) que a exportação do petróleo e a navegação de navios petroleiros venezuelanos continuam normais, apesar de um "bloqueio total" imposto pelos Estados Unidos. "As operações de exportação de petróleo bruto venezuelano e de seus derivados seguem em funcionamento, apesar da tentativa de bloqueio ilegal e ilegítimo, por meio de esquemas seguros e garantias plenas", afirmou a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodrigues. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp SANDRA COHEN: Trump eleva o tom contra Maduro a nível estridente com ameaça de bloqueio total A fala ocorre um dia após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter afirmado que a Venezuela está "completamente cercada" e que determinou um bloqueio total a petroleiros alvos de sanções que entram e saem do país. Em resposta, o regime Maduro repudiou o que chamou de "ameaça grotesca" vinda dos EUA. O anúncio de Trump adicionou uma nova camada à escalada de tensões sem precedentes entre os dois países. A escalada conta com uma mobilização militar em grande escala dos EUA no Caribe, bombardeios a barcos no mar do Caribe e no Oceano Pacífico e a apreensão de um navio petroleiro venezuelano. (Leia mais abaixo) "Os navios petroleiros vinculados às operações da PDVSA continuam navegando com pleno respaldo em termos de segurança, suporte técnico e garantias operacionais, no legítimo exercício dos direitos à livre navegação e ao livre comércio, amplamente reconhecidos e protegidos pelo Direito Internacional", afirmou a PDVSA, empresa estatal petroleira da Venezuela. A PDVSA disse também que retomou as entregas de petróleo após se recuperar de um ataque cibernético que teria sofrido no início desta semana. O governo Trump tem o petróleo como prioridade na investida contra a Venezuela, segundo o jornal americano "The New York Times". A imprensa americana afirmou nesta semana que a Casa Branca já considera apreender mais navios petroleiros venezuelanos. LEIA TAMBÉM: Petróleo é prioridade em investida de Trump contra a Venezuela, diz jornal Por que o mercado de petróleo da Venezuela é um dos motivos das tensões com os EUA INFOGRÁFICO: Entenda como os EUA cercaram a Venezuela em operação que mira petróleo e Maduro Venezuela critica bloqueio de Trump Imagem mostra o presidente dos EUA, Donald Trump (E), em Washington, DC, em 9 de julho de 2025, e o presidente venezuelano, Nicolás Maduro (D), em Caracas, em 31 de julho de 2024. AFP/Jim Watson Um comunicado do governo Maduro afirmou que o bloqueio de Trump a seus navios petroleiros é “absolutamente irracional” e viola o livre comércio e a navegabilidade. "A Venezuela, no pleno exercício do Direito Internacional que nos ampara, de nossa Constituição e das leis da República, reafirma sua soberania sobre todas as suas riquezas naturais, assim como o direito à livre navegação e ao livre comércio no Mar do Caribe e nos oceanos do mundo. Em consequência, procederá em estrito apego à Carta da ONU a exercer plenamente sua liberdade, jurisdição e soberania acima dessas ameaças belicistas", afirma o documento. Segundo o texto, o país vai recorrer à ONU para denunciar o que chamou de "grave violação do Direito Internacional". "A Venezuela jamais voltará a ser colônia de império algum ou de qualquer poder estrangeiro e continuará, junto ao seu povo, a trilhar o caminho da construção da prosperidade e da defesa irrestrita de nossa independência e soberania", continua o texto. Bloqueio total de Trump Em uma rede social, Trump acusou os venezuelanos de roubarem petróleo e terras dos norte-americanos. O post é mais um capítulo no aumento de tensões entre os dois países. Desde agosto, os Estados Unidos movimentam um forte aparato militar no Caribe. No início, a Casa Branca justificou a operação como parte do combate ao tráfico internacional de drogas. Nesta terça-feira, Trump escreveu na Truth Social que a Venezuela está cercada “pela maior Armada já reunida na história da América do Sul”. “Ela só vai aumentar, e o choque para eles será como nada que já tenham visto — até que devolvam aos Estados Unidos todo o petróleo, terras e outros bens que roubaram de nós.” Trump também acusou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de usar petróleo para financiar o que chamou de “regime ilegítimo”, além de “terrorismo ligado a drogas, tráfico de pessoas, assassinatos e sequestros”. “Pelos roubos de nossos bens e por muitos outros motivos, incluindo terrorismo, contrabando de drogas e tráfico de pessoas, o regime venezuelano foi designado como uma ORGANIZAÇÃO TERRORISTA ESTRANGEIRA”, escreveu. Trump diz que Venezuela está completamente cercada Reprodução Com base nessas acusações, o presidente anunciou um bloqueio total e completo de todos os navios petroleiros que foram alvos de sanções e que entrarem ou saírem da Venezuela. Segundo o site Axios, 18 embarcações que foram punidas pelos EUA estão em águas vene

Presidente Donald Trump diz que militares americanos cercaram a Venezuela O governo Maduro afirmou nesta quarta-feira (17) que a exportação do petróleo e a navegação de navios petroleiros venezuelanos continuam normais, apesar de um "bloqueio total" imposto pelos Estados Unidos. "As operações de exportação de petróleo bruto venezuelano e de seus derivados seguem em funcionamento, apesar da tentativa de bloqueio ilegal e ilegítimo, por meio de esquemas seguros e garantias plenas", afirmou a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodrigues. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp SANDRA COHEN: Trump eleva o tom contra Maduro a nível estridente com ameaça de bloqueio total A fala ocorre um dia após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter afirmado que a Venezuela está "completamente cercada" e que determinou um bloqueio total a petroleiros alvos de sanções que entram e saem do país. Em resposta, o regime Maduro repudiou o que chamou de "ameaça grotesca" vinda dos EUA. O anúncio de Trump adicionou uma nova camada à escalada de tensões sem precedentes entre os dois países. A escalada conta com uma mobilização militar em grande escala dos EUA no Caribe, bombardeios a barcos no mar do Caribe e no Oceano Pacífico e a apreensão de um navio petroleiro venezuelano. (Leia mais abaixo) "Os navios petroleiros vinculados às operações da PDVSA continuam navegando com pleno respaldo em termos de segurança, suporte técnico e garantias operacionais, no legítimo exercício dos direitos à livre navegação e ao livre comércio, amplamente reconhecidos e protegidos pelo Direito Internacional", afirmou a PDVSA, empresa estatal petroleira da Venezuela. A PDVSA disse também que retomou as entregas de petróleo após se recuperar de um ataque cibernético que teria sofrido no início desta semana. O governo Trump tem o petróleo como prioridade na investida contra a Venezuela, segundo o jornal americano "The New York Times". A imprensa americana afirmou nesta semana que a Casa Branca já considera apreender mais navios petroleiros venezuelanos. LEIA TAMBÉM: Petróleo é prioridade em investida de Trump contra a Venezuela, diz jornal Por que o mercado de petróleo da Venezuela é um dos motivos das tensões com os EUA INFOGRÁFICO: Entenda como os EUA cercaram a Venezuela em operação que mira petróleo e Maduro Venezuela critica bloqueio de Trump Imagem mostra o presidente dos EUA, Donald Trump (E), em Washington, DC, em 9 de julho de 2025, e o presidente venezuelano, Nicolás Maduro (D), em Caracas, em 31 de julho de 2024. AFP/Jim Watson Um comunicado do governo Maduro afirmou que o bloqueio de Trump a seus navios petroleiros é “absolutamente irracional” e viola o livre comércio e a navegabilidade. "A Venezuela, no pleno exercício do Direito Internacional que nos ampara, de nossa Constituição e das leis da República, reafirma sua soberania sobre todas as suas riquezas naturais, assim como o direito à livre navegação e ao livre comércio no Mar do Caribe e nos oceanos do mundo. Em consequência, procederá em estrito apego à Carta da ONU a exercer plenamente sua liberdade, jurisdição e soberania acima dessas ameaças belicistas", afirma o documento. Segundo o texto, o país vai recorrer à ONU para denunciar o que chamou de "grave violação do Direito Internacional". "A Venezuela jamais voltará a ser colônia de império algum ou de qualquer poder estrangeiro e continuará, junto ao seu povo, a trilhar o caminho da construção da prosperidade e da defesa irrestrita de nossa independência e soberania", continua o texto. Bloqueio total de Trump Em uma rede social, Trump acusou os venezuelanos de roubarem petróleo e terras dos norte-americanos. O post é mais um capítulo no aumento de tensões entre os dois países. Desde agosto, os Estados Unidos movimentam um forte aparato militar no Caribe. No início, a Casa Branca justificou a operação como parte do combate ao tráfico internacional de drogas. Nesta terça-feira, Trump escreveu na Truth Social que a Venezuela está cercada “pela maior Armada já reunida na história da América do Sul”. “Ela só vai aumentar, e o choque para eles será como nada que já tenham visto — até que devolvam aos Estados Unidos todo o petróleo, terras e outros bens que roubaram de nós.” Trump também acusou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de usar petróleo para financiar o que chamou de “regime ilegítimo”, além de “terrorismo ligado a drogas, tráfico de pessoas, assassinatos e sequestros”. “Pelos roubos de nossos bens e por muitos outros motivos, incluindo terrorismo, contrabando de drogas e tráfico de pessoas, o regime venezuelano foi designado como uma ORGANIZAÇÃO TERRORISTA ESTRANGEIRA”, escreveu. Trump diz que Venezuela está completamente cercada Reprodução Com base nessas acusações, o presidente anunciou um bloqueio total e completo de todos os navios petroleiros que foram alvos de sanções e que entrarem ou saírem da Venezuela. Segundo o site Axios, 18 embarcações que foram punidas pelos EUA estão em águas venezuelanas no momento. Em 2019, durante o primeiro mandato, Trump impôs várias sanções ao setor petrolífero da Venezuela como forma de pressionar o governo Maduro, o que reduziu as exportações de petróleo do país. Mesmo com as restrições ainda em vigor, a Venezuela continua exportando cerca de 1 milhão de barris por dia. Segundo especialistas, o regime Maduro tem recorrido a “navios fantasmas” para escoar a produção. Em tese, essas embarcações “zumbis” foram alvo de sanções, mas mudam de nome ou de bandeira com frequência para tentar escapar das punições. Algumas também se apropriam da identidade de navios que já foram enviados para desmanche. De acordo com a empresa de inteligência financeira S&P Global, estima-se que 1 em cada 5 petroleiros no mundo seja usado para contrabandear petróleo de países sob sanções. Rússia e Irã também recorrem a estratégias semelhantes. LEIA TAMBÉM: O que é a frota de navios fantasmas que os EUA acusam a Venezuela de usar para burlar sanções e exportar petróleo? Navios com 11 milhões de barris de petróleo 'empacam' na Venezuela após apreensão dos EUA, segundo agência Trump tem 'personalidade de alcoólatra', diz chefe da Casa Branca em entrevista Navio petroleiro apreendido EUA interceptam e apreendem navio petroleiro perto da costa da Venezuela No dia 10 de dezembro, forças militares dos Estados Unidos interceptaram e apreenderam um navio petroleiro no Mar do Caribe, perto da costa da Venezuela. Segundo a imprensa americana, o navio foi identificado como “Skipper”. A embarcação já havia sido alvo de sanções dos Estados Unidos em 2022, sob suspeita de contrabandear petróleo e favorecer grupos islâmicos no Oriente Médio. De acordo com a BBC, o petroleiro navegava com bandeira da Guiana. Em comunicado divulgado na noite de quarta-feira, a Administração Marítima da Guiana afirmou que o Skipper estava “hasteando falsamente a bandeira da Guiana”, já que não está registrado no país. Após a apreensão, Maduro classificou a ação dos Estados Unidos como “pirataria naval criminosa”. Segundo ele, o navio transportava 1,9 milhão de barris de petróleo. “Sequestraram os tripulantes, roubaram o barco e inauguraram uma nova era, a era da pirataria naval criminosa no Caribe”, afirmou durante um ato presidencial em Caracas. Um levantamento da agência Reuters, publicado três dias depois da operação, mostrou que a ação provocou uma queda brusca nas exportações da Venezuela, deixando cerca de 11 milhões de barris de petróleo e combustível retidos em águas venezuelanas. VÍDEOS: mais assistidos do g1
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