Festival Marco Zero leva dança para escolas e ruas do Distrito Federal

Apresentações ocorrerão em Ceilândia, Gama e Santa Maria. O projeto começa nesta segunda-feira (27/10)

Oct 27, 2025 - 19:00
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Festival Marco Zero leva dança para escolas e ruas do Distrito Federal

O Distrito Federal recebe a partir desta segunda-feira (27/10) a oitava edição do Festival Marco Zero – Dança em Paisagem Urbana. O projeto oferece uma série de oficinas e apresentações que celebram corpos, territórios e ancestralidades em movimento.

O Festival passará por espaços urbanos e centros educacionais de Ceilândia, Gama e Santa Maria. A programação contempla artistas indígenas, negros, periféricos, LGBTQIAPN+ e pesquisadores de diversas linguagens, reafirmando o festival como território de pluralidade e resistência.

“O objetivo da edição deste ano é estabelecer um diálogo entre a rua e a escola, trazer para o chão da escola a reflexão sobre o movimento e refletir e pensar a partir da dança”, explica Marcelle Lago, idealizadora e coordenadora do Festival Marco Zero.

Criado em 2006, o evento faz parte do calendário da cidade e, desde 2022, tem programação gratuita, abrindo espaço para novas linguagens e olhares sobre a dança que extrapolam aspectos técnicos-estéticos, indo além dos muros dos teatros e casas de espetáculo. 3 imagensFestival Marco ZeroFestival Marco ZeroFechar modal.1 de 3

Festival Marco ZeroDivulgação/Thiago Sabino2 de 3

Festival Marco ZeroDivulgação/Thiago Sabino3 de 3

Festival Marco ZeroDivulgação/Thiago Sabino

Programação

Neste ano, a edição trará quatro intervenções e uma ação ritual. O evento começa nesta segunda-feira (27/10), às 17h, com o espetáculo Burburinho, de Jefferson Figueirêdo. A apresentação promove uma celebração do frevo como pulsação coletiva e manifestação de rua.

Já na programação restrita aos espaços educacionais, X, da Cia Mutum, dirigida por Wally Fernandes, coloca em cena corpos pretos, trans e periféricos que revelam de forma poética às violências da desterritorialização.

Ruído, da multiartista Bussy, propõe uma viagem poética entre o humano e o inumano. Em uma linguagem híbrida entre dança e performance, corpos são tomados por entidades invisíveis que buscam novas formas de comunicação —, quando o movimento fala onde a voz não alcança.

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Por fim, Corpágua, de Rô Colares, mergulha na simbologia da Mãe D’Água e nas relações entre corpo, floresta e emergência climática. A obra evoca a ancestralidade amazônica como força criadora e questiona a relação humana com os corpos de água e suas espiritualidades.

Em 30 de outubro, o evento será encerrado com a ação ritual Destravando a cidade, da alagoana Idiane Crudzá, a apresentação, que ocorrerá no Centro de Ensino Médio 2 do Gama, promoverá um encontro rezo-rua para rememorar, por meio da dança, as vidas que nascem na terra, apesar do asfalto.

Serão realizadas, ainda, duas oficinas que convidam o público à experimentação e ao encontro coletivo por meio da dança. Todas as atividades são restritas à comunidade escolar, exceto a apresentação de abertura, que ocorrerá na Estação Ceilândia Central do Metrô-DF.

Serviço

Burburinho (Jefferson Figueirêdo – PE)

27 de outubro, às 17h

Estação do Metrô Ceilândia Centro (aberta ao público)

Burburinho (Jefferson Figueirêdo – PE)

29 de outubro, às 20h

CEM 02, Gama-DF

Ruído (Bussy – SP)

28 de outubro, às 10h30

CEM 404, Santa Maria-DF

X (Mutum – DF)

28 de outubro, às 17h

CED 06, Ceilândia-DF

Corpágua (Rosangela Colares – PA)

30 de outubro, às 9h45

CEM 417, Santa Maria-DF

Ação Ritual Destravando a Cidade (Idiane Crudzá – AL)

30 de outubro, às 15h30

CEM 2, Gama-DF

Oficina Abre-alas (Jefferson Figueirêdo – PE)

29 a 31 de outubro, às 11h

CED 07, Ceilândia-DF

Oficina Caminhos Pra se Dançar Junto: Estratégias de Escavação de um Corpo Coletivo (Rosângela Colares – PA)

29 a 31 de outubro, 14h

CG-CEM 1,Gama-DF

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