“Floresta de maconha”: cantor Gustavo Fildzz é condenado por tráfico

Gustavo Fildzz e caseiro Wagner Gonçalves cumprirão pena em liberdade após condenação por tráfico sem vínculo com organizações criminosas

Nov 18, 2025 - 23:00
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“Floresta de maconha”: cantor Gustavo Fildzz é condenado por tráfico

A Justiça de Praia Grande, no litoral de São Paulo, condenou o músico Gustavo Fildzz, da banda Aliados, a dois anos em regime aberto pelo crime de tráfico privilegiado. Fildzz, cujo nome é Gustavo Tavares da Mata Barreto, respondia em liberdade após ser acusado de plantar uma “floresta de maconha” para vender a droga nos seus shows e também fornecê-la a um traficante da Baixada Santista, no litoral paulista. 6 imagensGustavo Fildzz, vocalista da banda Aliados, de SantosGustavo Fildzz, vocalista da banda Aliados, de SantosGustavo Fildzz, vocalista da banda Aliados, de SantosGustavo Fildzz, vocalista da banda Aliados, de SantosGustavo Fildzz, vocalista da banda Aliados, de SantosFechar modal.1 de 6

Gustavo Fildzz, vocalista da banda Aliados, de SantosReprodução/Redes Sociais2 de 6

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Gustavo Fildzz, vocalista da banda Aliados, de SantosReprodução/Redes Sociais

Apontado como caseiro do músico, Wagner Rosario Gonçalves também foi condenado e recebeu pena de 1 ano e nove meses em regime aberto.

Quem é Gustavo Fildzz

  • Vocalista da banda de rock Aliados, de Santos, Fildzz é figura bastante conhecida no litoral paulista.
  • O grupo se apresentou no festival Lollapalooza em 2023.
  • Após a prisão, ele anunciou a volta aos palcos em novembro de 2023 e agradeceu o apoio.
  • “Tempos de dificuldade eles trazem a reflexão e certamente nos fortalecem. Obrigado a todos os meus aliados, vocês são essenciais na minha vida. O medo do fim não faz mais efeito em mim… Podem tentar me atingir, podem me mandar pra onde for…. Meu escudo vai do céu até o chão”, disse.
  • Nas redes sociais, além da música, o artista compartilha momentos dedicados aos esportes radicais, especialmente o surfe.

O juiz Fernando Cesar do Nascimento enquadrou a dupla por tráfico privilegiado, quando o réu não tem vínculo com organizações criminosas. Por isso, a pena foi reduzida em dois terços. Como medidas alternativas à prisão, Gustavo Fildzz deverá prestar serviços à comunidade e pagar dois salários-mínimos e meio a uma instituição beneficente. Já o caseiro Wagner Gonçalves deverá prestar serviços à comunidade e pagar dois salários-mínimos.

Procurada pelo Metrópoles, a defesa de Wagner Rosário afirmou que vai recorrer da decisão. “Wagner nunca foi traficante, é uma pessoa trabalhadora, com vida lícita e dedicada. Ao longo do processo, já conseguimos derrubar diversas acusações feitas no primeiro momento, inclusive a de associação para o tráfico. Seguiremos recorrendo e trabalhando para comprovar que Wagner não tem qualquer vínculo com o tráfico de drogas”, afirmaram os advogados João Henrique Lara e Marcos Jesuíno.

A defesa de Gustavo Fildzz não retornou até a publicação da reportagem. O espaço segue aberto.

Prisão do cantor

O cantor foi preso em flagrante pela Polícia Civil durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na sua casa em agosto de 2023. Ele estava dormindo e foi acordado com a chegada dos policiais em seu quarto (veja abaixo).

Com ele, os policiais encontraram R$ 3,1 mil, em espécie, e apreenderam pés de maconha, cultivados em estufas, além ampolas de óleo extraído das plantas e de drogas já produzidas.

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O MPSP afirma que Gustavo Fildzz produzia “maconha em larga escala” em três imóveis, localizados na Rua Vereador Henrique Soler, em Santos, e nas Ruas Primeiro Primeiro de Janeiro e Heitor Sanchez, ambos em Praia Grande. Também eram produzidas nos locais drogas derivadas, como skunk e haxixe. 5 imagensPara investigação, cantor Gustavo FIldzz produzia maconha para venderPolícia encontrou "floresta de maconha" em imóveis ligados a Gustavo FIldzzPolícia cumpriu mandado na casa do cantor Gustavo FildzzInvestigadores fizeram campana no endereçoFechar modal.1 de 5

Cantor Gustavo FIldzz foi preso em flagrante em agosto de 2023Reprodução2 de 5

Para investigação, cantor Gustavo FIldzz produzia maconha para venderReprodução3 de 5

Polícia encontrou "floresta de maconha" em imóveis ligados a Gustavo FIldzzReprodução4 de 5

Polícia cumpriu mandado na casa do cantor Gustavo Fildzz5 de 5

Investigadores fizeram campana no endereçoReprodução

Com base em relatos de testemunhas e em campanhas feitas na frente dos imóveis, investigadores afirmam que a maior parte dos entorpecentes era revendida para um “notório traficante” da região.

“[Gustavo Fildzz] produzia (…) maconha em larga escala com o fim de comercializá-la nos espetáculos de seu grupo musical, conhecido como ‘Aliados’, e, sobretudo, revendê-la a notório traficante, apelidado de Kabeça”, diz o MPSP à Justiça.

O advogado Eugênio Malavasi, que representa o cantor, alega que a prisão foi desnecessária.

“Os elementos probatórios colhidos dos autos demonstram a ausência de periculosidade do defendido, bem como a clarividente possibilidade de que os fatos retratados no auto de prisão em flagrante não se repitam”, afirma, no processo.

Ainda segundo a defesa, Gustavo Fildzz faria “uso terapêutico [de maconha] para aliviar sintomas de ansiedade e insônia, justificando a utilização de diversas doses fracionadas ao longo do dia”.

Gustavo e Wagner foram soltos em outubro de 2023 após o juiz Vinicius de Toledo Piza Peluso afirmar que não havia requisitos legais para manter a dupla detida.

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