Gleisi: manutenção da Selic em 15% é “decisão descasada da realidade”
Ministra Gleisi Hoffmann defendeu que o patamar elevado da Selic prejudica investimentos, acesso ao crédito e geração de empregos
A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), criticou a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter em 15% a taxa básica de juros do país, a Selic. A medida foi tomada de maneira unâmime pelos membros do colegiado, nessa quarta-feira (6/11).
Na avaliação da titular da articulação do governo, a decisão é injustificada e “descasada da realidade”.
“A decisão do Copom de manter pela terceira de vez a taxa Selic em 15% é prejudicial aos investimentos produtivos, ao acesso ao crédito, à geração de empregos e ao equilíbrio das contas públicas. É prejudicial ao Brasil. Nenhuma economia do mundo pode conviver com um juros reais de 10%. Nada justifica uma decisão tão descasada da realidade, dos indicadores econômicos, das necessidades do país”, escreveu nas redes sociais.
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Trata-se da terceira vez consecutiva em que a taxa permanece no mesmo patamar, após sete aumentos seguidos. O índice de 15% é o maior desde 2006.
A política monetária restritiva teve início em setembro do ano passado, quando o Copom decidiu interromper o ciclo de cortes e elevar a Selic, que passou dos então 10,50% ao ano para 10,75% ao ano.
No comunicado, o comitê afirmou que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante.
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