Governo do Nepal escolhe primeira-ministra interina após onda de protestos da 'Geração Z'
Jornal do Nepal traz foto de Sushila Karki, jurista ex-presidente da Suprema Corte que foi escolhida para ser a nova primeira-ministra do país em 12 de setembro de 2025. Arun Sankar/AFP A ex-presidente da Suprema Corte do Nepal, Sushila Karki, foi escolhida como premiê interina do país, anunciou o gabinete da presidência nepalesa. Sua indicação ocorre após uma onda histórica de protestos violentos contra o governo, em que jovens atearam fogo a edifícios do governo e casas de ministros. Karki, de 73 anos, substituirá K.P. Sharma Oli, que renunciou nesta semana por conta dos protestos. Ela é a única mulher a ter ocupado o cargo de presidente da Suprema Corte do Nepal, e tomará posse às 12h45 desta sexta (20h45 no horário local), informou Archana Khadka Adhikari, responsável de informações do gabinete da presidência. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Ainda não se sabe se haverá eleições para determinar um premiê de forma permanente, ou se Karki continuará no cargo após um período de transição. Os protestos no Nepal começaram nesta segunda-feira (8) com confrontos entre a polícia a manifestantes na capital, Catmandu. As manifestações aumentaram após o governo tirar do ar plataformas como Facebook, Instagram, YouTube e X. Segundo a polícia nepalesa, pelo menos 51 pessoas morreram durante os protestos e mais de 1.300 ficaram feridas desde segunda-feira. Sobe o número de mortos nos protestos no Nepal Segundo a TV estatal nepalesa, as manifestações são contra um bloqueio das redes sociais, como Facebook e Instagram, imposto na semana passada e por acusações de corrupção contra o governo. O slogan dos protestos: “Bloqueiem a corrupção, não as redes sociais”. O governo justificou o bloqueio dizendo que as plataformas não colaboraram com a Justiça do país para combater usuários que, usando identidades falsas, estavam espalhando discurso de ódio e notícias falsas, cometendo fraudes e outros crimes. LEIA TAMBÉM: Ostentação de políticos, população pobre e redes bloqueadas: entenda a fúria da 'Geração Z' que levou o Nepal ao caos Rapper adorado pela Geração Z do Nepal desponta como líder político após protestos e caos; conheça Nepal em chamas: quem são os manifestantes e qual a origem dos protestos no país Ministra e marido agredidos após ter casa invadida Os manifestantes chegaram a registrar em vídeo a invasão à casa de uma das autoridades do Nepal que foram vítimas de violência durante os protestos. As imagens, gravadas com celular, mostram vários jovens vandalizando a residência da ministra das Relações Exteriores do país, Arzu Rana Deuba, e a atacando com ofensas e agressões. Depois, o vídeo mostra o marido dela, Sher Bahadar Deuba, que é ex-primeiro ministro do Nepal, sendo carregado, com a camisa rasgada e o rosto ensanguentado. A casa de outras autoridades também foi alvo nesta terça, como a do primeiro-ministro que renunciou, KP Sharma Oli, e outros antigos premiês De acordo com o jornal "The New York Times", os manifestantes colocaram fogo na casa de Jhala Nath Khanal com sua mulher, Ravi Laxmi Chitrakar, lá dentro. Ela teria sofrido queimaduras graves. Manifestantes colocam fogo no principal edifício administrativo do governo do Nepal, em Katmandu Anup Ojha / AFP


Jornal do Nepal traz foto de Sushila Karki, jurista ex-presidente da Suprema Corte que foi escolhida para ser a nova primeira-ministra do país em 12 de setembro de 2025. Arun Sankar/AFP A ex-presidente da Suprema Corte do Nepal, Sushila Karki, foi escolhida como premiê interina do país, anunciou o gabinete da presidência nepalesa. Sua indicação ocorre após uma onda histórica de protestos violentos contra o governo, em que jovens atearam fogo a edifícios do governo e casas de ministros. Karki, de 73 anos, substituirá K.P. Sharma Oli, que renunciou nesta semana por conta dos protestos. Ela é a única mulher a ter ocupado o cargo de presidente da Suprema Corte do Nepal, e tomará posse às 12h45 desta sexta (20h45 no horário local), informou Archana Khadka Adhikari, responsável de informações do gabinete da presidência. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Ainda não se sabe se haverá eleições para determinar um premiê de forma permanente, ou se Karki continuará no cargo após um período de transição. Os protestos no Nepal começaram nesta segunda-feira (8) com confrontos entre a polícia a manifestantes na capital, Catmandu. As manifestações aumentaram após o governo tirar do ar plataformas como Facebook, Instagram, YouTube e X. Segundo a polícia nepalesa, pelo menos 51 pessoas morreram durante os protestos e mais de 1.300 ficaram feridas desde segunda-feira. Sobe o número de mortos nos protestos no Nepal Segundo a TV estatal nepalesa, as manifestações são contra um bloqueio das redes sociais, como Facebook e Instagram, imposto na semana passada e por acusações de corrupção contra o governo. O slogan dos protestos: “Bloqueiem a corrupção, não as redes sociais”. O governo justificou o bloqueio dizendo que as plataformas não colaboraram com a Justiça do país para combater usuários que, usando identidades falsas, estavam espalhando discurso de ódio e notícias falsas, cometendo fraudes e outros crimes. LEIA TAMBÉM: Ostentação de políticos, população pobre e redes bloqueadas: entenda a fúria da 'Geração Z' que levou o Nepal ao caos Rapper adorado pela Geração Z do Nepal desponta como líder político após protestos e caos; conheça Nepal em chamas: quem são os manifestantes e qual a origem dos protestos no país Ministra e marido agredidos após ter casa invadida Os manifestantes chegaram a registrar em vídeo a invasão à casa de uma das autoridades do Nepal que foram vítimas de violência durante os protestos. As imagens, gravadas com celular, mostram vários jovens vandalizando a residência da ministra das Relações Exteriores do país, Arzu Rana Deuba, e a atacando com ofensas e agressões. Depois, o vídeo mostra o marido dela, Sher Bahadar Deuba, que é ex-primeiro ministro do Nepal, sendo carregado, com a camisa rasgada e o rosto ensanguentado. A casa de outras autoridades também foi alvo nesta terça, como a do primeiro-ministro que renunciou, KP Sharma Oli, e outros antigos premiês De acordo com o jornal "The New York Times", os manifestantes colocaram fogo na casa de Jhala Nath Khanal com sua mulher, Ravi Laxmi Chitrakar, lá dentro. Ela teria sofrido queimaduras graves. Manifestantes colocam fogo no principal edifício administrativo do governo do Nepal, em Katmandu Anup Ojha / AFP
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