Governo está em ‘alerta máximo’ diante de desaprovação; vai focar em pautas positivas e evitar anúncios que ‘causem ruído’
A mais recente pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira (4), aponta que a desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu 57%, enquanto a aprovação caiu para 40%. Esse é o pior índice desde o início do terceiro mandato do petista. Segundo fontes do governo ouvidas pelo blog, há uma percepção […]


A mais recente pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira (4), aponta que a desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu 57%, enquanto a aprovação caiu para 40%. Esse é o pior índice desde o início do terceiro mandato do petista.
Segundo fontes do governo ouvidas pelo blog, há uma percepção interna de que, mesmo com sinais de melhora na economia, como a redução na percepção de inflação de alimentos, a agenda negativa tem dominado o noticiário e impactado significativamente a popularidade do presidente.
Por isso, o governo está em “alerta máximo”. A estratégia agora é tentar emplacar pautas positivas e ter maior cuidado com anúncios e medidas que possam gerar ruídos (leia mais abaixo).
Crise no INSS e alta do IOF
A expectativa dentro do governo era de que, neste intervalo da pesquisa, o governo já estivesse em processo de recuperação da popularidade.
No entanto, após o escândalo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), houve uma nova queda na avaliação.
De acordo com a pesquisa, 82% dos entrevistados tomaram conhecimento do escândalo, e 31% atribuem a responsabilidade ao governo federal.
A demora na resposta e a condução da crise, incluindo a saída tardia do então ministro da Previdência, Carlos Lupi, ainda segundo fontes ouvidas pelo blog, foram apontadas como fatores que agravaram a situação.
Além disso, a manutenção do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) — anunciado há 15 dias para aumentar a arrecadação e atingir a meta fiscal — também gerou críticas.
Embora apenas uma parcela da população tenha tomado conhecimento da medida, 50% dos que souberam consideraram que o governo errou ao mantê-la.
Interlocutores avaliam que, se não fossem esses dois fatores — fraude no INSS e alta no IOF — isto é, essa agenda negativa, certamente o governo já começaria a ver uma leve recuperação da aprovação, o que não aconteceu.
Nesse sentido, a percepção interna é de que o governo precisa evitar novos desgastes e focar em entregas concretas que impactem positivamente a vida da população.
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