Governo Trump prende família de autor de ataque no Colorado e planeja rápida deportação
Em movimento considerado raro, esposa e filhos de suspeito foram detidos por agentes de imigração e tiveram vistos revogados. Homem lançou coquetéis molotov contra multidão que fazia ato de apoio a reféns israelenses. FBI investiga caso como ataque terrorista. FBI apura possível ataque terrorista em cidade do Colorado, nos EUA O governo Trump prendeu na terça-feira (3) a família do autor de um ataque com coquetéis molotov a multidão que fazia manifestação em apoio a reféns israelenses, no Colorado, nos EUA, no fim de semana. A Casa Branca, que chamou o caso de "ataque incendiário antissemita" afirmou estar planejando uma rápida deportação do homem, um egípcio imigrante ilegal, de sua esposa e seus cinco filhos. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Os familiares do egípcio tiveram seus vistos revogados e podem ser deportados a qualquer momento, segundo a Casa Branca. Segundo a mídia americana, a deportação pode ocorrer por meio de uma "remoção acelerada", mecanismo criado em 1996 e que priva dos imigrantes os direitos de ter um advogado e uma audiência com um juiz de imigração. Segundo a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, eles foram detidos por agentes de imigração por serem investigados se sabiam sobre o ataque ou se prestaram alguma ajuda ao homem. No ataque de domingo (1º), o suspeito jogou coquetéis molotov contra pessoas que faziam ato na cidade de Boulder em apoio aos reféns israelenses do grupo terrorista Hamas, em Gaza. O FBI investiga o caso como ataque terrorista, e acusou formalmente o autor de cometer crime de ódio. (Leia mais sobre o caso abaixo) É raro que familiares de uma pessoa acusada de um crime sejam detidos e ameaçados de deportação dessa forma. A prisão da família do egípcio chocou advogados americanos e especialistas em imigração, que questionam a legalidade de uma eventual deportação. “Isso não é normal. Não me lembro de uma situação em que familiares que não têm ligação com nenhuma atividade criminosa sejam alvo do ICE porque um parente próximo foi acusado em conexão com um crime”, afirmou Derege Demissie, ex-presidente da Associação de Advogados de Defesa Criminal de Massachusetts. O presidente dos EUA, Donald Trump, tem forte agenda anti-imigração e tem investido na prisão e deportação de imigrantes ilegais desde que reassumiu a Casa Branca, em janeiro. Seu governo tem tomado diversas medidas contra grupos de imigrantes, e algumas delas foram judicializadas. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, também foi na mesma linha que a Casa Branca e o Departamento de Segurança Interna americano: "Todos os terroristas, seus familiares e simpatizantes de terroristas que estejam aqui com visto devem saber que, sob o governo Trump, nós vamos os encontrar, revogar seus vistos e os deportar", afirmou em publicação no X. O autor do ataque disse às autoridades que ninguém, nem mesmo sua família, sabia de seus planos, segundo documentos judiciais. No entanto, um celular deixado escondido em uma gaveta em sua casa, em Colorado Springs, continha mensagens para sua família, segundo o FBI. Após sua prisão, sua esposa entregou o telefone à polícia, dizendo que era dele, mas que também era usado por outros membros da família. O ataque Polícia apura ato de terrorismo em Colorado Colorado Sun via ZUMA Press Wire/Reuters Um homem lançou coquetéis molotov contra pessoas que participavam de uma caminhada, no último domingo (1º) em memória dos reféns israelenses que ainda estão em Gaza. O ataque ocorreu em Boulder, no estado do Colorado, nos Estados Unidos. O diretor do FBI, Kash Patel, afirmou que a agência está investigando o incidente como um ataque terrorista. No total, 12 pessoas ficaram feridas, algumas em estado grave. Um sobrevivente do Holocausto está entre as vítimas. O suspeito foi detido na cena do crime e confessou o ataque. Segundo o Departamento de Justiça americano, o homem se disfarçou de jardineiro para chegar perto da multidão e gritou "Palestina Livre", durante o ataque. "Claramente foi um ataque direcionado", disseram autoridades. O homem confessou às autoridades ter como objetivo matar todos os 20 manifestantes e que planejou durante um ano o ataque. Ele carregava 18 coquetéis molotov em sua mochila, mas usou apenas dois deles porque, segundo depoimento do suspeito, “ficou com medo e nunca havia machucado ninguém antes”. No entanto, o homem não demonstrou remorso pelo ataque, segundo autoridades americanas. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, repudiou o ataque e afirmou que os integrantes do grupo foram atacados “simplesmente por serem judeus” e que confiava que as autoridades dos EUA puniriam o autor "com todo o rigor da lei". As vítimas, entre 52 e 88 anos, tiveram queimaduras e algumas ficaram em estado grave. Dois dos feridos tiveram que ser resgatados de helicóptero. A organização do evento, o grupo "Run for Their Lives", disse em um comunicado que a caminhada ocorre semanalmente "sem nenhum incidente viol


Em movimento considerado raro, esposa e filhos de suspeito foram detidos por agentes de imigração e tiveram vistos revogados. Homem lançou coquetéis molotov contra multidão que fazia ato de apoio a reféns israelenses. FBI investiga caso como ataque terrorista. FBI apura possível ataque terrorista em cidade do Colorado, nos EUA O governo Trump prendeu na terça-feira (3) a família do autor de um ataque com coquetéis molotov a multidão que fazia manifestação em apoio a reféns israelenses, no Colorado, nos EUA, no fim de semana. A Casa Branca, que chamou o caso de "ataque incendiário antissemita" afirmou estar planejando uma rápida deportação do homem, um egípcio imigrante ilegal, de sua esposa e seus cinco filhos. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Os familiares do egípcio tiveram seus vistos revogados e podem ser deportados a qualquer momento, segundo a Casa Branca. Segundo a mídia americana, a deportação pode ocorrer por meio de uma "remoção acelerada", mecanismo criado em 1996 e que priva dos imigrantes os direitos de ter um advogado e uma audiência com um juiz de imigração. Segundo a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, eles foram detidos por agentes de imigração por serem investigados se sabiam sobre o ataque ou se prestaram alguma ajuda ao homem. No ataque de domingo (1º), o suspeito jogou coquetéis molotov contra pessoas que faziam ato na cidade de Boulder em apoio aos reféns israelenses do grupo terrorista Hamas, em Gaza. O FBI investiga o caso como ataque terrorista, e acusou formalmente o autor de cometer crime de ódio. (Leia mais sobre o caso abaixo) É raro que familiares de uma pessoa acusada de um crime sejam detidos e ameaçados de deportação dessa forma. A prisão da família do egípcio chocou advogados americanos e especialistas em imigração, que questionam a legalidade de uma eventual deportação. “Isso não é normal. Não me lembro de uma situação em que familiares que não têm ligação com nenhuma atividade criminosa sejam alvo do ICE porque um parente próximo foi acusado em conexão com um crime”, afirmou Derege Demissie, ex-presidente da Associação de Advogados de Defesa Criminal de Massachusetts. O presidente dos EUA, Donald Trump, tem forte agenda anti-imigração e tem investido na prisão e deportação de imigrantes ilegais desde que reassumiu a Casa Branca, em janeiro. Seu governo tem tomado diversas medidas contra grupos de imigrantes, e algumas delas foram judicializadas. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, também foi na mesma linha que a Casa Branca e o Departamento de Segurança Interna americano: "Todos os terroristas, seus familiares e simpatizantes de terroristas que estejam aqui com visto devem saber que, sob o governo Trump, nós vamos os encontrar, revogar seus vistos e os deportar", afirmou em publicação no X. O autor do ataque disse às autoridades que ninguém, nem mesmo sua família, sabia de seus planos, segundo documentos judiciais. No entanto, um celular deixado escondido em uma gaveta em sua casa, em Colorado Springs, continha mensagens para sua família, segundo o FBI. Após sua prisão, sua esposa entregou o telefone à polícia, dizendo que era dele, mas que também era usado por outros membros da família. O ataque Polícia apura ato de terrorismo em Colorado Colorado Sun via ZUMA Press Wire/Reuters Um homem lançou coquetéis molotov contra pessoas que participavam de uma caminhada, no último domingo (1º) em memória dos reféns israelenses que ainda estão em Gaza. O ataque ocorreu em Boulder, no estado do Colorado, nos Estados Unidos. O diretor do FBI, Kash Patel, afirmou que a agência está investigando o incidente como um ataque terrorista. No total, 12 pessoas ficaram feridas, algumas em estado grave. Um sobrevivente do Holocausto está entre as vítimas. O suspeito foi detido na cena do crime e confessou o ataque. Segundo o Departamento de Justiça americano, o homem se disfarçou de jardineiro para chegar perto da multidão e gritou "Palestina Livre", durante o ataque. "Claramente foi um ataque direcionado", disseram autoridades. O homem confessou às autoridades ter como objetivo matar todos os 20 manifestantes e que planejou durante um ano o ataque. Ele carregava 18 coquetéis molotov em sua mochila, mas usou apenas dois deles porque, segundo depoimento do suspeito, “ficou com medo e nunca havia machucado ninguém antes”. No entanto, o homem não demonstrou remorso pelo ataque, segundo autoridades americanas. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, repudiou o ataque e afirmou que os integrantes do grupo foram atacados “simplesmente por serem judeus” e que confiava que as autoridades dos EUA puniriam o autor "com todo o rigor da lei". As vítimas, entre 52 e 88 anos, tiveram queimaduras e algumas ficaram em estado grave. Dois dos feridos tiveram que ser resgatados de helicóptero. A organização do evento, o grupo "Run for Their Lives", disse em um comunicado que a caminhada ocorre semanalmente "sem nenhum incidente violento, até hoje". Diversos políticos dos EUA também repudiaram o ataque. O líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, um proeminente democrata judeu, afirmou que se tratava de um ataque antissemita "horrível" e que é preciso combater o antissemitismo. O caso ocorre poucas semanas após a prisão de um homem acusado de matar dois funcionários da embaixada de Israel em Washington, D.C. Ele abriu fogo contra um grupo que deixava um evento promovido pelo Comitê Judaico Americano, organização que combate o antissemitismo e apoia Israel.
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