Governo Trump revoga visto do advogado-geral da União, Jorge Messias, diz agência

"Medida adotada pelo Congresso acabou por violar o princípio da separação de poderes", diz Jorge Messias O governo dos Estados Unidos revogou nesta segunda-feira (22) o visto de entrada nos EUA do advogado-geral da União, Jorge Messias, segundo fontes da agência de notícias Reuters. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Ainda de acordo com a agência, com base nas fontes de Washington, o governo de Donald Trump também revogará o visto de outras cinco autoridades brasileiras, em uma nova investida de retaliações contra membros do governo e do Judiciário brasileiros (leia mais abaixo). São elas: O ex-procurador-geral da República e ex-secretário-geral de Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Levi; O ex-juiz eleitoral Benedito Gonçalves; O juiz auxiliar de Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF) Airton Vieira O ex-assessor eleitoral Marco Antonio Martin Vargas e Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, assessor judicial que também foi auxiliar de Moraes. Jorge Messias confirmou a retirada do visto e chamou as recentes medidas retaliatórias dos EUA ao Brasil de "conjunto de ações unilaterais, totalmente incompatíveis com a pacífica e harmoniosa condução de relações diplomáticas e econômicas edificadas ao longo de 200 anos entre os dois países". "Diante desta agressão injusta, reafirmo meu integral compromisso com a independência constitucional do nosso Sistema de Justiça e recebo sem receios a medida especificamente contra mim dirigida. Continuarei a desempenhar com vigor e consciência as minhas funções em nome e em favor do povo brasileiro", disse o advogado-geral da União. A Advocacia-Geral da União e o governo dos EUA ainda não haviam confirmado as sanções até a última atualização desta reportagem. Em junho, a AGU determinou que seu escritório nos EUA apurasse informações sobre uma ação judicial que o Trump Media, grupo de mídia de Donald Trump, e a rede social Rumble abriram contra Alexandre de Moraes no início do ano. Chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, em entrevista. Marcelo Camargo/Agência Brasil Além de Messias, os Estados Unidos já haviam suspendido em julho os vistos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e de outros sete ministros do STF. Além Moraes, tiveram seus vistos suspensos: Luis Roberto Barroso, o presidente da Corte; Edson Fachin, vice-presidente; Dias Toffoli; Cristiano Zanin; Flavio Dino; Cármen Lúcia; e Gilmar Mendes. Além dos ministros, também tiveram o visto dos EUA revogados: O procurador-geral da República, Paulo Gonet; O secretário do Ministério da Saúde, Mozart Júlio Tabosa Sales, e O ex-funcionário do governo brasileiro Alberto Kleiman. Os ministros André Mendonça, Nunes Marques e Luiz Fux ficaram de fora da lista. Retaliações Desde meados deste ano, o governo de Donald Trump tem aplicado diversas sanções a autoridades brasileiras, como medidas retaliatórias ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e a ações do STF contra empresas norte-americanas, como a Rumble.

Sep 22, 2025 - 13:30
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Governo Trump revoga visto do advogado-geral da União, Jorge Messias, diz agência

"Medida adotada pelo Congresso acabou por violar o princípio da separação de poderes", diz Jorge Messias O governo dos Estados Unidos revogou nesta segunda-feira (22) o visto de entrada nos EUA do advogado-geral da União, Jorge Messias, segundo fontes da agência de notícias Reuters. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Ainda de acordo com a agência, com base nas fontes de Washington, o governo de Donald Trump também revogará o visto de outras cinco autoridades brasileiras, em uma nova investida de retaliações contra membros do governo e do Judiciário brasileiros (leia mais abaixo). São elas: O ex-procurador-geral da República e ex-secretário-geral de Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Levi; O ex-juiz eleitoral Benedito Gonçalves; O juiz auxiliar de Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF) Airton Vieira O ex-assessor eleitoral Marco Antonio Martin Vargas e Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, assessor judicial que também foi auxiliar de Moraes. Jorge Messias confirmou a retirada do visto e chamou as recentes medidas retaliatórias dos EUA ao Brasil de "conjunto de ações unilaterais, totalmente incompatíveis com a pacífica e harmoniosa condução de relações diplomáticas e econômicas edificadas ao longo de 200 anos entre os dois países". "Diante desta agressão injusta, reafirmo meu integral compromisso com a independência constitucional do nosso Sistema de Justiça e recebo sem receios a medida especificamente contra mim dirigida. Continuarei a desempenhar com vigor e consciência as minhas funções em nome e em favor do povo brasileiro", disse o advogado-geral da União. A Advocacia-Geral da União e o governo dos EUA ainda não haviam confirmado as sanções até a última atualização desta reportagem. Em junho, a AGU determinou que seu escritório nos EUA apurasse informações sobre uma ação judicial que o Trump Media, grupo de mídia de Donald Trump, e a rede social Rumble abriram contra Alexandre de Moraes no início do ano. Chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, em entrevista. Marcelo Camargo/Agência Brasil Além de Messias, os Estados Unidos já haviam suspendido em julho os vistos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e de outros sete ministros do STF. Além Moraes, tiveram seus vistos suspensos: Luis Roberto Barroso, o presidente da Corte; Edson Fachin, vice-presidente; Dias Toffoli; Cristiano Zanin; Flavio Dino; Cármen Lúcia; e Gilmar Mendes. Além dos ministros, também tiveram o visto dos EUA revogados: O procurador-geral da República, Paulo Gonet; O secretário do Ministério da Saúde, Mozart Júlio Tabosa Sales, e O ex-funcionário do governo brasileiro Alberto Kleiman. Os ministros André Mendonça, Nunes Marques e Luiz Fux ficaram de fora da lista. Retaliações Desde meados deste ano, o governo de Donald Trump tem aplicado diversas sanções a autoridades brasileiras, como medidas retaliatórias ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e a ações do STF contra empresas norte-americanas, como a Rumble.

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