Homem vira réu na Justiça por atropelar e arrastar ex em São Paulo

Douglas Alves da Silva foi preso após arrastar Tainara Souza Santos por mais de 1 km em novembro. A mulher teve as duas pernas amputadas

Dezembro 10, 2025 - 22:30
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Homem vira réu na Justiça por atropelar e arrastar ex em São Paulo

A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público paulista (MPSP)  e tornou réu Douglas Alves da Silva, de 26 anos, acusado de atropelar e arrastar por cerca de 1 km Tainara Souza Santos, de 31 anos, na Marginal Tietê, na zona norte da capital, no dia 29 de novembro. Homem vira réu na Justiça por atropelar e arrastar ex em São Paulo - destaque galeria5 imagensTainara Souza Santos Tainara Souza Santos De acordo com amigos e familiares, o rapaz que dirigia o carro era Douglas Alves da Silva, ex de TainaraDouglas Alves da Silva chegando a delegacia após audiência de custódiaFechar modal.MetrópolesTainara Souza Santos 1 de 5

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De acordo com amigos e familiares, o rapaz que dirigia o carro era Douglas Alves da Silva, ex de TainaraReprodução/ InstagramDouglas Alves da Silva chegando a delegacia após audiência de custódia5 de 5

Douglas Alves da Silva chegando a delegacia após audiência de custódiaReprodução/TV Bandeirantes

Com a decisão, Douglas passa a responder formalmente pelo crime, e o processo segue agora para a fase de instrução, quando testemunhas serão ouvidas e novas provas poderão ser apresentadas. Segundo a denúncia, o motorista seguia em alta velocidade quando atingiu a vítima e continuou dirigindo mesmo após o impacto, arrastando Tainara pela via.

Na avaliação da juíza Paula Marie Konno, a investigação reúne indícios da autoria e da materialidade do crime. A magistrada também defendeu a prisão preventiva do acusado para garantir a ordem pública e evitar que, em liberdade, ele possa ameaçar ou intimidar as vítimas e testemunhas do caso.

O homem foi transferido para o sistema prisional na segunda-feira (8/12), segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP). A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que Douglas foi levado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) II de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.

Ao Metrópoles, o advogado Marcos Tavares Leal, que representa Douglas, informou que não foi comunicado da transferência. Mais cedo, ele disse saber que seu cliente “está jurado”. ” Minha função hoje é preservar a integridade física dele”, disse.Preso por tentativa de feminicídio

Ele estava preso na carceragem do 26º Distrito Policial (Sacomã), na zona sul de São Paulo, desde o dia 30 de novembro. Na manhã do dia anterior, Douglas atropelou e arrastou Tainara por mais de 1 km na Marginal Tietê, na zona norte da capital paulista. Ela sofreu lesões severas e precisou amputar as duas pernas.

Os dois mantiveram um relacionamento esporádico e ele não teria aceitado o término, agindo por ciúmes quando a viu conversando com outro rapaz.

Douglas fugiu do local sem prestar socorro e foi preso pela Polícia Civil na noite do dia seguinte em um hotel na Vila Prudente, na zona leste de São Paulo.

Ele é acusado de tentativa de feminicídio. A prisão temporária foi convertida em preventiva no último sábado (6/12).

Baleado durante prisão

Quando foi preso, segundo o boletim de ocorrência, Douglas tentou subtrair a arma de fogo de um dos investigadores, que reagiu atirando. Ele foi atingido no braço.

A SSP informou que, após ser contido, “o suspeito recebeu socorro imediato e foi encaminhado ao Hospital Municipal Vila Alpina, onde passou por atendimento emergencial e tratamento das lesões decorrentes do disparo de arma de fogo”. Ele foi conduzido à delegacia após receber alta médica, e foi autuado em flagrante por resistência e desobediência.

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Em audiência de custódia, Douglas afirmou que foi vítima de agressões e possível tortura. A Corregedoria da Polícia Civil apura a denúncia. O advogado afirmou à reportagem que o rapaz esteve detido todo esse tempo na carceragem com a ferida no braço ainda aberta. Segundo o defensor, ele não teria recebido nenhum atendimento médico após chegar à detenção.

“Está na carceragem com o ferimento aberto. [A bala] transfixou o braço direito dele. Tá todo arrebentado. A audiência de custódia foi na segunda-feira [1º/12]. Então, estão fazendo sete dias da audiência de custódia, dez dias do tiro, e ele não teve atendimento médico até o momento. Tá num ambiente altamente insalubre”, afirmou nesta segunda-feira ao Metrópoles.

Em nota, a SSP afirmou que o preso “terá o acompanhamento médico necessário” na unidade prisional para a qual foi transferido.

Tainara está estável, diz amiga

Tainara foi atropelada e arrastada por mais de 1 km por Douglas na manhã de 29 de novembro, na Marginal Tietê, zona norte de São Paulo. A agressão teria sido motivada por ciúmes, pois ele não teria aceitado o fim do relacionamento. Ao advogado, o preso nega ter tido qualquer relação amorosa com a vítima.

Ela sofreu lesões severas e precisou amputar as duas pernas no Hospital Municipal Vereador José Storopolli, onde estava internada até ser transferida ao Hospital das Clínicas na última sexta (5/12). Desde então, a vítima de tentativa de feminicídio passou por diversas cirurgias e precisou do suporte de aparelhos para respirar.

Nesta segunda-feira , uma amiga de Tainara disse ao Metrópoles que ela está estável e que passaria por um novo procedimento cirúrgico. “Que seja a última, chega, pelo amor de Deus”, disse.

Tainara é mãe de dois filhos, um menino de 12 anos e uma menina de 8, e mora sozinha com eles.

Homem atropela e arrasta ex

Câmeras de segurança flagraram o momento em que Tainara é atropelada e arrastada por Douglas. Nas imagens, é possível ver que ela andava acompanhada de outro rapaz quando foi atingida por um carro preto. A cena é forte.

O atropelamento aconteceu momentos depois de uma discussão entre o suspeito, a mulher e um homem que a acompanhava em um bar na região. Um amigo que estava dentro do carro no momento da colisão, identificado como Kauan Silva Bezerra, contou que foi ao bar com o suspeito e lá acabaram encontraram Tainara conversando com um rapaz.

Douglas, então, teria ficado “enfurecido” e iniciado uma discussão. Kauan então chamou o amigo para ir embora, mas ao entrar no carro, Douglas deu uma volta contornado o Rio Tietê e atropelou a vítima.

Kauan ainda afirmou em depoimento à polícia que o agressor e a vítima haviam terminado o relacionamento pouco tempo antes do crime. Tal argumento contraria a versão de Douglas, que chegou a dizer que desconhecia Tainara.

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