María Corina Machado diz ter recebido ajuda do governo Trump para deixar Venezuela

Maria Corina Machado viaja para receber prêmio Nobel da paz A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, afirmou nesta quinta-feira (11) que recebeu ajuda do governo dos Estados Unidos para conseguir fugir da Venezuela. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A oposicionista ao governo de Nicolás Maduro deixou seu país esta semana para ir a Oslo, na Noruega, e receber o Prêmio Nobel da Paz. Ela chegou à capital norueguesa na noite de quarta-feira (10). "Sim, recebemos ajuda do governo dos Estados Unidos", disse Corina Machado ao responder a uma pergunta da agência de notícias AFP em coletiva de imprensa em Oslo. O governo venezuelano havia proibido María Corina Machado de deixar a Venezuela, e ela vivia escondida dentro de seu país. No entanto, após o Comitê do Prêmio Nobel anunciar, em outubro, que o Nobel da Paz de 2025 foi concedido à oposicionista, ela afirmou que viajaria à Noruega, onde fica o comitê, para receber a premiação. Machado ainda não havia dado detalhes, até a última atualização desta reportagem, de como conseguiu sair do país. Segundo uma reportagem do jornal "The Wall Street Journal" publicada nesta quarta, ela deixou a Venezuela em barco, em uma missão secreta da qual os Estados Unidos estavam cientes. Ainda de acordo com a reportagem, com base em fontes de Washington, a embarcação levou a oposicionista até Curaçao, e, de lá, ela embarcou em avião até a Europa. Corina Machado também afirmou que o regime Maduro fez "todo o possível" para impedir que ela saísse do país "Gostaria de agradecer todos os homens e mulheres que arriscaram sua vida para que eu pudesse estar aqui hoje. Foi uma experiência, mas valeu a pena para estar aqui e contar ao mundo o que está acontecendo na Venezuela", disse. María Corina Machado, opositora do regime de Nicolás Maduro e vencedora do Nobel da Paz 2025, fala em coletiva de imprensa em Oslo, na Noruega, em 11 de dezembro de 2025. REUTERS/Leonhard Foeger A oposicionista também disse na coletiva que não vai parar de lutar até que a Venezuela se torne um país livre e democrático, e voltou a criticar o regime Maduro. "Estou muito esperançosa que a Venezuela será livre e a transformaremos em um farol de liberdade, vamos restaurar a democracia. Não vamos parar até que isso se torne realidade. (...) Queremos tornar a Venezuela em um centro democrático e econômico das Américas. Anseio por esse dia e vamos receber todos vocês lá em um país brilhante, democrático e livre, e isso acontecerá em breve", afirmou Corina Machado. Perguntada se apoiaria uma intervenção militar no território venezuelano pelos Estados Unidos, Corina Machado disse que "a Venezuela já foi invadida", em referência ao governo Maduro. O repórter mencionou a apreensão de um navio petroleiro na costa da Venezuela por tropas americanas, ocorrida na quarta. "A Venezuela já foi invadida, temos os agentes da Rússia, do Irã, temos grupos terroristas como o Hezbollah e o Hamas operando livremente com o apoio do regime [Maduro]. Temos a guerrilha colombiana e os cartéis de drogas, que dominam uma parcela do país. (...) Isso tudo tornou a Venezuela um polo do crime nas Américas. O regime é sustentado por um poderoso sistema de repressão, financiado pelo tráfico e a venda clandestina do petróleo. Precisamos cortar o apoio a esse sistema, e foi isso que pedimos à comunidade internacional", afirmou Corina Machado. Corina Machado afirmou que levará o prêmio Nobel da Paz de volta para a Venezuela, indicando que ela pretende retornar ao país, mesmo com a ameaça do regime Maduro de a prender. Mais cedo, a opositora havia dito sentir que "este é um momento de virada" na história do país. "Os venezuelanos estão sentindo que o mundo está com a gente", afirmou. Corina Machado em Oslo María Corina Machado leva Nobel da Paz Reuters/Leonardo Fernandez Viloria/Foto de arquivo Após passar mais de um ano praticamente escondida, a líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, chegou à Noruega na quinta-feira (11, ainda quarta-feira no horário de Brasília), horas depois da cerimônia de entrega do Prêmio Nobel da Paz. O presidente do Comitê Norueguês do Nobel confirmou a chegada de Machado. Machado, de 58 anos, estava proibida de deixar a Venezuela desde 2014 pelo governo do presidente Nicolás Maduro, e o discurso de aceitação do prêmio foi proferido na quarta-feira por sua filha, em sua ausência. O Comitê Norueguês do Nobel concedeu o prêmio a Machado por sua luta contra o que chamou de "ditadura". Segundo fontes do governo norte-americano ouvidas pelo jornal "The Wall Street Journal", María Corina Machado, que vive escondida na Venezuela, deixou seu país em barco apenas 24 horas antes da cerimônia em Oslo. Ela foi então levada até Curação, no Caribe. De lá, pegou um voo para a Noruega, ainda de acordo com a reportagem. Além do governo norte-americano, seus aliados e parentes sabiam da operação, mas também manobraram para que a viagem não se tornasse pública — isso porque María Corina

Dezembro 11, 2025 - 10:30
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María Corina Machado diz ter recebido ajuda do governo Trump para deixar Venezuela

Maria Corina Machado viaja para receber prêmio Nobel da paz A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, afirmou nesta quinta-feira (11) que recebeu ajuda do governo dos Estados Unidos para conseguir fugir da Venezuela. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A oposicionista ao governo de Nicolás Maduro deixou seu país esta semana para ir a Oslo, na Noruega, e receber o Prêmio Nobel da Paz. Ela chegou à capital norueguesa na noite de quarta-feira (10). "Sim, recebemos ajuda do governo dos Estados Unidos", disse Corina Machado ao responder a uma pergunta da agência de notícias AFP em coletiva de imprensa em Oslo. O governo venezuelano havia proibido María Corina Machado de deixar a Venezuela, e ela vivia escondida dentro de seu país. No entanto, após o Comitê do Prêmio Nobel anunciar, em outubro, que o Nobel da Paz de 2025 foi concedido à oposicionista, ela afirmou que viajaria à Noruega, onde fica o comitê, para receber a premiação. Machado ainda não havia dado detalhes, até a última atualização desta reportagem, de como conseguiu sair do país. Segundo uma reportagem do jornal "The Wall Street Journal" publicada nesta quarta, ela deixou a Venezuela em barco, em uma missão secreta da qual os Estados Unidos estavam cientes. Ainda de acordo com a reportagem, com base em fontes de Washington, a embarcação levou a oposicionista até Curaçao, e, de lá, ela embarcou em avião até a Europa. Corina Machado também afirmou que o regime Maduro fez "todo o possível" para impedir que ela saísse do país "Gostaria de agradecer todos os homens e mulheres que arriscaram sua vida para que eu pudesse estar aqui hoje. Foi uma experiência, mas valeu a pena para estar aqui e contar ao mundo o que está acontecendo na Venezuela", disse. María Corina Machado, opositora do regime de Nicolás Maduro e vencedora do Nobel da Paz 2025, fala em coletiva de imprensa em Oslo, na Noruega, em 11 de dezembro de 2025. REUTERS/Leonhard Foeger A oposicionista também disse na coletiva que não vai parar de lutar até que a Venezuela se torne um país livre e democrático, e voltou a criticar o regime Maduro. "Estou muito esperançosa que a Venezuela será livre e a transformaremos em um farol de liberdade, vamos restaurar a democracia. Não vamos parar até que isso se torne realidade. (...) Queremos tornar a Venezuela em um centro democrático e econômico das Américas. Anseio por esse dia e vamos receber todos vocês lá em um país brilhante, democrático e livre, e isso acontecerá em breve", afirmou Corina Machado. Perguntada se apoiaria uma intervenção militar no território venezuelano pelos Estados Unidos, Corina Machado disse que "a Venezuela já foi invadida", em referência ao governo Maduro. O repórter mencionou a apreensão de um navio petroleiro na costa da Venezuela por tropas americanas, ocorrida na quarta. "A Venezuela já foi invadida, temos os agentes da Rússia, do Irã, temos grupos terroristas como o Hezbollah e o Hamas operando livremente com o apoio do regime [Maduro]. Temos a guerrilha colombiana e os cartéis de drogas, que dominam uma parcela do país. (...) Isso tudo tornou a Venezuela um polo do crime nas Américas. O regime é sustentado por um poderoso sistema de repressão, financiado pelo tráfico e a venda clandestina do petróleo. Precisamos cortar o apoio a esse sistema, e foi isso que pedimos à comunidade internacional", afirmou Corina Machado. Corina Machado afirmou que levará o prêmio Nobel da Paz de volta para a Venezuela, indicando que ela pretende retornar ao país, mesmo com a ameaça do regime Maduro de a prender. Mais cedo, a opositora havia dito sentir que "este é um momento de virada" na história do país. "Os venezuelanos estão sentindo que o mundo está com a gente", afirmou. Corina Machado em Oslo María Corina Machado leva Nobel da Paz Reuters/Leonardo Fernandez Viloria/Foto de arquivo Após passar mais de um ano praticamente escondida, a líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, chegou à Noruega na quinta-feira (11, ainda quarta-feira no horário de Brasília), horas depois da cerimônia de entrega do Prêmio Nobel da Paz. O presidente do Comitê Norueguês do Nobel confirmou a chegada de Machado. Machado, de 58 anos, estava proibida de deixar a Venezuela desde 2014 pelo governo do presidente Nicolás Maduro, e o discurso de aceitação do prêmio foi proferido na quarta-feira por sua filha, em sua ausência. O Comitê Norueguês do Nobel concedeu o prêmio a Machado por sua luta contra o que chamou de "ditadura". Segundo fontes do governo norte-americano ouvidas pelo jornal "The Wall Street Journal", María Corina Machado, que vive escondida na Venezuela, deixou seu país em barco apenas 24 horas antes da cerimônia em Oslo. Ela foi então levada até Curação, no Caribe. De lá, pegou um voo para a Noruega, ainda de acordo com a reportagem. Além do governo norte-americano, seus aliados e parentes sabiam da operação, mas também manobraram para que a viagem não se tornasse pública — isso porque María Corina Machado é buscada pelo regime do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Mais ainda, Corina Machado contou com a ajuda de "alguns membros do regime do presidente Nicolás Maduro" para concluir a missão, segundo agência americana "Bloomberg". Uma fonte familiarizada com a empreitada afirmou à agência que tal movimento foi visto por membros do governo Trump como um sinal de disposição para cooperar caso Maduro deixe o poder. Apesar dos esforços, ela não conseguiu chegar a tempo da cerimônia de entrega do Nobel da Paz, que ocorreu nesta manhã na capital norueguesa. A filha da opositora venezuelana, Ana Corina Machado, recebeu o prêmio em nome da mãe.

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