Imprensa internacional repercute sanções a brasileiros ligados ao Mais Médicos

Departamento de Estado americano revoga vistos de brasileiros que atuaram no programa Mais Médicos A imprensa internacional repercutiu as sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos a brasileiros ligados ao programa Mais Médicos. Foram revogados a revogação dos vistos americanos de Mozart Júlio Tabosa Sales, secretário do Ministério da Saúde do Brasil, e Alberto Kleiman, um ex-funcionário do governo brasileiro. A agência de notícias Reuters disse que governo cubano criticou os esforços dos EUA para impedir as missões médicas, chamando-as de uma desculpa cínica para ir atrás de seus ganhos em moeda estrangeira. A agência publicou o posicionamento de Johana Tablada, vice-diretora de assuntos dos EUA em Cuba, que disse que o governo americano escolheu "perseguir os serviços de saúde para aqueles que mais precisam". O portal americano Politico, especializado em notícias do mundo da política disse que as sanções são parte dos esforços do governo Trump de punir Cuba e Brasil. "A ação do Departamento de Estado reflete os esforços da Casa Branca para punir Cuba e o Brasil, que o presidente Donald Trump tem tentado pressionar em relação ao comércio e seu esforço para processar o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentar permanecer no cargo apesar de sua derrota na eleição de 2022." Protesto em Brasília contra o programa Mais Médicos e contra os vetos ao Ato Médico durante os primeiros meses do programa no Brasil. Isaura Borba / G1 A decisão das sanções foi revelada pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. Ele disse que o programa Mais Médicos, em que o governo federal brasileiro contratou cubanos para conseguir preencher vagas no Sistema Único de Saúde (SUS), foi "um golpe diplomático inconcebível". O Miami Herald lembrou que desde 2019, o Departamento de Estado dos EUA classifica as missões médicas cubanas como "trabalho forçado". "O governo Trump e o Secretário de Estado Marco Rubio tornaram a questão uma prioridade política, ampliando as sanções de visto contra os envolvidos nas missões médicas cubanas, incluindo autoridades estrangeiras. Em junho, o Departamento impôs restrições de visto a autoridades centro-americanas não identificadas ligadas às missões médicas cubanas." Citando uma fala de Sam Dubbin, advogado que representa os médicos cubanos em um processo contra a OPAS. "Há documentação substancial nos registros públicos sobre autoridades brasileiras, da OPAS e de Cuba responsáveis pela criação e execução do programa Mais Médicos, e o Departamento, sem dúvida, descobriu ainda mais evidências", disse. Já o portal da rede árabe de televisão Al Jazeera lembrou que os EUA já estão envolvido numa disputa diplomática com o Brasil por conta do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de liderar uma trama golpista. Também disse que o governo Trump voltou com a campanha de “pressão máxima” contra Cuba, que caracterizou seu primeiro mandato. "Em julho, Trump impôs sanções contra o presidente cubano Miguel Diaz-Canel, o ministro das Forças Armadas Revolucionárias, Álvaro Lopez Miera, e o ministro do Interior, Lázaro Alberto Álvarez Casas, por seu 'papel na brutalidade do regime cubano contra o povo cubano'.” Mirage News abordou a revogação de vistos de oficiais brasileiros e antigos funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/PAHO) por sua participação no programa Mais Médicos, enfatizando o papel da OPAS como intermediária entre Brasil e Cuba e as denúncias de exploração dos médicos cubanos. "Essas autoridades usaram a OPAS como intermediária com a ditadura cubana para implementar o programa sem seguir os requisitos constitucionais brasileiros, driblando as sanções dos EUA a Cuba e, conscientemente, pagando ao regime cubano o que era devido aos profissionais de saúde cubanos", diz o texto. *Esta matéria está em atualização

Agosto 14, 2025 - 08:30
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Imprensa internacional repercute sanções a brasileiros ligados ao Mais Médicos

Departamento de Estado americano revoga vistos de brasileiros que atuaram no programa Mais Médicos A imprensa internacional repercutiu as sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos a brasileiros ligados ao programa Mais Médicos. Foram revogados a revogação dos vistos americanos de Mozart Júlio Tabosa Sales, secretário do Ministério da Saúde do Brasil, e Alberto Kleiman, um ex-funcionário do governo brasileiro. A agência de notícias Reuters disse que governo cubano criticou os esforços dos EUA para impedir as missões médicas, chamando-as de uma desculpa cínica para ir atrás de seus ganhos em moeda estrangeira. A agência publicou o posicionamento de Johana Tablada, vice-diretora de assuntos dos EUA em Cuba, que disse que o governo americano escolheu "perseguir os serviços de saúde para aqueles que mais precisam". O portal americano Politico, especializado em notícias do mundo da política disse que as sanções são parte dos esforços do governo Trump de punir Cuba e Brasil. "A ação do Departamento de Estado reflete os esforços da Casa Branca para punir Cuba e o Brasil, que o presidente Donald Trump tem tentado pressionar em relação ao comércio e seu esforço para processar o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentar permanecer no cargo apesar de sua derrota na eleição de 2022." Protesto em Brasília contra o programa Mais Médicos e contra os vetos ao Ato Médico durante os primeiros meses do programa no Brasil. Isaura Borba / G1 A decisão das sanções foi revelada pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. Ele disse que o programa Mais Médicos, em que o governo federal brasileiro contratou cubanos para conseguir preencher vagas no Sistema Único de Saúde (SUS), foi "um golpe diplomático inconcebível". O Miami Herald lembrou que desde 2019, o Departamento de Estado dos EUA classifica as missões médicas cubanas como "trabalho forçado". "O governo Trump e o Secretário de Estado Marco Rubio tornaram a questão uma prioridade política, ampliando as sanções de visto contra os envolvidos nas missões médicas cubanas, incluindo autoridades estrangeiras. Em junho, o Departamento impôs restrições de visto a autoridades centro-americanas não identificadas ligadas às missões médicas cubanas." Citando uma fala de Sam Dubbin, advogado que representa os médicos cubanos em um processo contra a OPAS. "Há documentação substancial nos registros públicos sobre autoridades brasileiras, da OPAS e de Cuba responsáveis pela criação e execução do programa Mais Médicos, e o Departamento, sem dúvida, descobriu ainda mais evidências", disse. Já o portal da rede árabe de televisão Al Jazeera lembrou que os EUA já estão envolvido numa disputa diplomática com o Brasil por conta do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de liderar uma trama golpista. Também disse que o governo Trump voltou com a campanha de “pressão máxima” contra Cuba, que caracterizou seu primeiro mandato. "Em julho, Trump impôs sanções contra o presidente cubano Miguel Diaz-Canel, o ministro das Forças Armadas Revolucionárias, Álvaro Lopez Miera, e o ministro do Interior, Lázaro Alberto Álvarez Casas, por seu 'papel na brutalidade do regime cubano contra o povo cubano'.” Mirage News abordou a revogação de vistos de oficiais brasileiros e antigos funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/PAHO) por sua participação no programa Mais Médicos, enfatizando o papel da OPAS como intermediária entre Brasil e Cuba e as denúncias de exploração dos médicos cubanos. "Essas autoridades usaram a OPAS como intermediária com a ditadura cubana para implementar o programa sem seguir os requisitos constitucionais brasileiros, driblando as sanções dos EUA a Cuba e, conscientemente, pagando ao regime cubano o que era devido aos profissionais de saúde cubanos", diz o texto. *Esta matéria está em atualização

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