Motta diz que motim na Câmara foi “fora do razoável e do aceitável”
Presidente da Câmara afirmou que obstrução da oposição foi “muito triste” e ficará marcado na história do Congresso Nacional

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou, nesta quinta-feira (14/8), que a obstrução dos trabalhos na Casa, protagonizada por parlamentares da oposição na semana passada, foi “completamente fora do razoável e do aceitável”.
“Eu penso que a oposição, é natural que possa ser feita, mas obedecendo às regras regimentais, mas da forma que decidiram agir foi completamente fora do razoável e do aceitável”, afirmou, em entrevista à GloboNews.
O deputado avaliou que o episódio foi “muito triste” e ficará marcado na história da Câmara e do Senado Federal. “Isso nunca havia sido visto, na intensidade que se deu esse movimento”, disse.
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Relembre o motim na Câmara
Na terça-feira da semana passada (5/8), as alas bolsonaristas da Câmara e do Senado ocuparam as Mesas Diretoras das duas Casas em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na segunda-feira (4/8).
Na Câmara, o motim durou mais de 30 horas.
Os parlamentares queriam que entrassem em votação três medidas de forma imediata: o projeto para anistiar envolvidos no 8 de Janeiro, a proposta de Emenda à Constituição do fim do foro privilegiado e também o impeachment de Moraes.
Dois dias depois, na quarta-feira (6/8), Motta decidiu convocar sessão e ameaçou punir com suspensão de seis meses qualquer deputado que insistisse na paralisação.
Na quinta-feira (7/8), em entrevista ao Metrópoles, o presidente da Câmara afirmou que o caso estava em “avaliação”. Sobre as pautas dos bolsonaristas, Motta reafirmou que não trabalha sob “chantagem” e “imposição”.
Na sexta-feira (8/8), Motta enviou à Corregedoria as representações feitas por partidos contra 14 deputados envolvidos nos tumultos.
O corregedor da Câmara, deputado Diego Coronel (PSD-BA), afirmou na terça-feira (12/8) que adotará o rito com prazo mais longo para analisar os pedidos de suspensão dos deputados envolvidos no motim. Nessa quarta-feira (13/8), Coronel notificou os parlamentares. Agora, as defesas de cada um tem cinco dias úteis para analisar a representação, e o corregedor terá mais 45 dias para elaborar o parecer à Mesa Diretora da Casa.
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