Influenciador Hytalo Santos é acusado de assédio moral e sexual
Ex-funcionários de Hytalo Santos relatam jornadas exaustivas e acusações de abusos dentro das funções de segurança e motorista

Dois ex-funcionários do influenciador digital Hytalo Santos e seu marido, Euro, estão processando o casal por assédio moral, assédio sexual e dívidas trabalhistas. As denúncias, que já foram protocoladas, expõem condições de trabalho extremas e afirmam que as jornadas de trabalho ultrapassaram 48 horas consecutivas, sem descanso adequado, além de outras irregularidades.
Segundo informações divulgadas pelo portal LeoDias, os trabalhadores alegam também que seus direitos trabalhistas não foram cumpridos.
Entenda o caso
Um dos funcionários foi inicialmente contratado para desempenhar funções de segurança do casal, incluindo controle de acesso às residências, escolta e monitoramento de movimentações suspeitas. Porém, após algum tempo, ele foi transferido para a função de motorista, sem receber ajuste no pagamento. O salário, que inicialmente era de R$ 600 por dia, passou a ser pago mensalmente, variando entre R$ 7 mil e R$ 9,6 mil.
Jornadas de trabalho excessivas
A jornada de trabalho, que de acordo com a convenção deveria ser de 24 horas seguidas com 72 horas de descanso, “era constantemente exigida em escalas de 48 a 72 horas contínuas, sem substituição, repouso ou possibilidade de revezamento”. De acordo com os documentos revelados pela publicação, o trabalhador afirmou que, especialmente em viagens, “a privação de sono, de higiene, de conforto e de alimentação adequada se acentuava de maneira gravíssima”.
O processo também relata que o trabalhador foi dispensado “de forma arbitrária, sem aviso prévio, sem justificativa e sem o pagamento de qualquer verba rescisória”. Após sete meses de trabalho, “o reclamante permanece sem qualquer compensação pelos direitos sonegados”.
Acusações de assédio sexual
Além das péssimas condições de trabalho, o funcionário descreve o assédio sexual sofrido enquanto “no exercício das suas funções, foi forçado a presenciar atos sexuais praticados” por Hytalo e seu marido, “ou com terceiros, inclusive no banco traseiro do veículo que dirigia”, conforme o processo.
Os ex-colaboradores estão buscando compensações financeiras por danos morais, assédio sexual e pelas dívidas trabalhistas não pagas. Um dos seguranças solicita cerca de R$ 520 mil, enquanto o outro pede R$ 700 mil em indenizações.
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