Israel confirma ataque ao Irã e diz que bombardeio foi “preventivo”
Forças de Defesa de Israel (FDI) falam em ação "preventiva, precisa e combinada" para atingir o programa nuclear do Irã

As Forças de Defesa de Israel (FDI) definiu como uma “ofensiva preventiva” os bombardeios israelenses realizados nesta quinta-feira (12/6) contra o Irã. A operação militar acontece oito meses depois de os dois países, que são rivais históricos, se atacarem mutuamente.
“As Forças de Defesa de Israel lançaram uma ofensiva preventiva, precisa e combinada, baseada em inteligência de alta qualidade, para atingir o programa nuclear do Irã, em resposta à contínua agressão do regime iraniano contra Israel”.
Os alvos, segundo militares israelenses, teriam sido instalações “nucleares em diferentes áreas do Irã”. A mídia estatal iraniana, contudo, confirmou apenas explosões na capital Teerã.
No texto, as FDI sinalizaram que o ataque pode ser apenas o início de uma campanha contra o Irã.
“Em pouco tempo, dezenas de jatos concluíram a primeira etapa [do ataque], que incluiu ataques a dezenas de alvos militares, incluindo alvos nucleares em diferentes áreas do Irã”, disse um trecho do comunicado.
Ameaças nos últimos meses
Há meses, o governo de Benjamin Netanyahu vem subindo o tom contra o regime do aiatolá Ali Khamenei, com ameaças que miram, principalmente, o programa nuclear iraniano – considerado um perigo existencial para Israel.
Uma operação militar israelense visando pontos estratégicos do país chegou a ser abortada em abril, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se mostrar contrário à medida.
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Avanço nuclear
Nos últimos anos, o avanço nuclear do Irã incomodou a comunidade internacional, especialmente os EUA e Israel. Por isso, Netanyahu afirmou, em outubro de 2024, que uma das prioridades da sua administração seria impedir que Teerã construa uma arma de destruição em massa.
O ataque desta quinta surge dias antes de EUA e Irã anunciarem uma nova rodada de negociações nucleares, previstas para o próximo domingo (15/6), em Omã. Com quase nenhum avanço, uma possível ação militar visando o programa nuclear iraniano já havia sido ventilada, caso Teerã não aceitasse o acordo.
Depois do ataque desta quinta, Israel decretou estado de emergência no país e fechou o espaço aéreo. Isso, porque, há alguns dias, o Irã se mostrou pronto para retaliar qualquer ataque contra seu território – o que incluiria não só alvos israelenses, como também bases norte-americanas espalhadas pelo Oriente Médio.
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