Israel prepara “implementação imediata” do plano de Trump para Gaza

Após acordo parcial com Hamas, ofensiva israelense em Gaza foi suspensa temporariamente, incluindo operações na Cidade de Gaza

Oct 4, 2025 - 01:30
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Israel prepara “implementação imediata” do plano de Trump para Gaza

O governo de Israel anunciou, nessa sexta-feira (3/10), que o Exército se prepara para “implementar imediatamente” a primeira fase do plano de paz para Gaza, apresentado pelos Estados Unidos e defendido pelo presidente Donald Trump. A decisão ocorre após o grupo Hamas concordar em libertar todos os reféns israelenses.

Segundo comunicado das Forças de Defesa de Israel, obtido pelo jornal Aljazeera, o Chefe do Estado-Maior General, Eyal Zamir, reuniu o alto escalão militar para avaliar a situação e orientar a redução das operações ofensivas na Faixa de Gaza. O foco agora será em ações defensivas, priorizando a segurança das tropas israelenses.

O governo do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, confirmou que trabalha em estreita colaboração com os EUA para garantir que o plano seja executado de acordo com os princípios definidos por Israel, alinhados à proposta americana. Em paralelo, a ofensiva em Gaza foi suspensa temporariamente, incluindo operações na Cidade de Gaza, que tinham como objetivo controlar territórios estratégicos.

O acordo já havia sido aceito por Israel durante visita de Benjamin Netanyahu aos EUA nesta semana. O premiê israelense, porém, já sinalizou que pode não cumprir um dos pontos do plano de paz: a retirada de tropas do enclave palestino.

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Acordo de paz do Trump

O plano de paz é composto por 20 pontos principais e consiste em tornar a Faixa de Gaza um território livre do terrorismo. A primeira etapa consiste, justamente, na retirada de tropas israelenses de Gaza e nas negociações sobre a libertação dos reféns.

Uma das cláusulas  o acordo diz respeito ao Hamas e de seus integrantes, que receberiam “anistia” após o retorno de todos os sequestrados — e da deposição de suas armas. Além disso, Trump quer criar um órgão que estabeleça a paz em todo Oriente Médio.

O Hamas respondeu, nessa sexta, que concorda em libertar todos os reféns israelenses, mas pediu que alguns pontos do acordo sejam discutidos.

“Para alcançar o fim da guerra e a retirada completa [das forças de Israel] da Faixa de Gaza, o movimento anuncia sua concordância em libertar todos os prisioneiros da ocupação, vivos e cadáveres, conforme a fórmula de troca contida na proposta do presidente Trump, e providenciar as condições de campo para o processo de troca. Nesse sentido, o movimento confirma sua prontidão para entrar imediatamente, por meio dos mediadores, em negociações para discutir os detalhes disso”, disse o Hamas em comunicado.

Sobre a possível saída da administração de Gaza, o grupo palestino disse concordar em entregar o governo para um comitê palestino independente, conforme proposto pelo presidente dos EUA.

Apesar da sinalização positiva, o Hamas não comentou os outros 18 pontos da proposta de paz com Israel. Entre elas, a deposição de armas e a reconstrução do enclave palestino.

A manifestação do grupo aconteceu horas após o “ultimato” de Trump, que havia dado um prazo de até este domingo (5/10) para que se manifestassem sobre a proposta.

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