Israelenses de extrema direita confrontam palestinos em ato em Jerusalém

Evento conhecido como 'Marcha das Bandeiras' terminou em confusão, segundo a agência Reuters. Ativistas israelenses de esquerda tentaram proteger palestinos. Israelenses de extrema direita confrontam palestinos em marcha caótica em Jerusalém Uma marcha em Jerusalém, que marca a captura da parte oriental da cidade por Israel na guerra de 1967, terminou em confusão nesta segunda-feira (26). Segundo testemunhas, israelenses de extrema direita atacaram palestinos, outros israelenses e jornalistas. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O evento, conhecido como "Marcha das Bandeiras", reuniu dezenas de milhares de pessoas que cantavam, dançavam e agitavam bandeiras de Israel. A manifestação começou após o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, de extrema direita, visitar o complexo da mesquita de Al-Aqsa — um dos principais focos de tensão entre israelenses e palestinos. Os conflitos começaram pouco depois do meio-dia, segundo uma testemunha da Reuters. Jovens manifestantes passaram a intimidar os poucos comerciantes palestinos que ainda não tinham fechado as lojas no centro histórico de Jerusalém Oriental. Logo depois, os manifestantes — em sua maioria jovens israelenses que vivem em assentamentos na Cisjordânia ocupada — passaram a hostilizar ativistas israelenses de esquerda e jornalistas que cobriam o evento. Eles gritavam slogans nacionalistas e incitavam à violência contra os palestinos, com frases como “morte aos árabes”. Um grupo de colonos cuspiu em uma mulher palestina e em jornalistas. Policiais israelenses próximos não intervieram, segundo a testemunha. Nenhuma prisão foi registrada até o fim da tarde. Um policial disse que os jovens não podiam ser detidos por terem menos de 18 anos. Moshe, um colono israelense de 35 anos que vive na Cisjordânia e apoia o governo de direita, caminhava armado por um bairro palestino da Cidade Antiga com a filha nos ombros. Ele disse que era um “dia muito feliz” porque “toda Jerusalém está sob o governo de Israel”. Ele não quis informar o sobrenome. O ex-vice-chefe do Exército e líder opositor de esquerda Yair Golan chamou as cenas de violência de “chocantes”. “Isso não é amar Jerusalém. Isso é ódio, racismo e intimidação”, disse ele em nota. Mais cedo, durante uma reunião de gabinete realizada em Jerusalém Oriental, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou: “Vamos manter Jerusalém unida, íntegra e sob soberania israelense”. A Autoridade Palestina, com sede na Cisjordânia, condenou a marcha e a visita de Ben Gvir ao complexo de Al-Aqsa. O porta-voz Nabil Abu Rudeineh afirmou que a guerra em Gaza, as “incursões repetidas” em Al-Aqsa e “atos provocativos, como hastear a bandeira israelense em Jerusalém ocupada, ameaçam a estabilidade de toda a região”. Segundo testemunhas, confrontos se repetiram ao longo do dia, enquanto ativistas de esquerda tentavam escoltar palestinos que eram ameaçados por jovens da extrema direita. Jornalistas também foram assediados e, em alguns casos, agredidos durante a cobertura do evento, segundo testemunhas. LEIA TAMBÉM VÍDEO mostra momento em que mãos de primeira-dama da França atingem rosto de Macron em desembarque Aliados autorizam Ucrânia a usar mísseis de longo alcance, diz Alemanha; Kremlin chama decisão de 'perigosa' Motorista atropela várias pessoas que comemoravam vitória do Liverpool na Premier League Israelenses se reúnem com bandeiras próximo ao Portão de Damasco, na Cidade Velha de Jerusalém, durante as celebrações do Dia de Jerusalém, em 26 de maio de 2025 REUTERS/Ammar Awad VÍDEOS: mais assistidos do g1

May 26, 2025 - 18:30
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Israelenses de extrema direita confrontam palestinos em ato em Jerusalém

Evento conhecido como 'Marcha das Bandeiras' terminou em confusão, segundo a agência Reuters. Ativistas israelenses de esquerda tentaram proteger palestinos. Israelenses de extrema direita confrontam palestinos em marcha caótica em Jerusalém Uma marcha em Jerusalém, que marca a captura da parte oriental da cidade por Israel na guerra de 1967, terminou em confusão nesta segunda-feira (26). Segundo testemunhas, israelenses de extrema direita atacaram palestinos, outros israelenses e jornalistas. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O evento, conhecido como "Marcha das Bandeiras", reuniu dezenas de milhares de pessoas que cantavam, dançavam e agitavam bandeiras de Israel. A manifestação começou após o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, de extrema direita, visitar o complexo da mesquita de Al-Aqsa — um dos principais focos de tensão entre israelenses e palestinos. Os conflitos começaram pouco depois do meio-dia, segundo uma testemunha da Reuters. Jovens manifestantes passaram a intimidar os poucos comerciantes palestinos que ainda não tinham fechado as lojas no centro histórico de Jerusalém Oriental. Logo depois, os manifestantes — em sua maioria jovens israelenses que vivem em assentamentos na Cisjordânia ocupada — passaram a hostilizar ativistas israelenses de esquerda e jornalistas que cobriam o evento. Eles gritavam slogans nacionalistas e incitavam à violência contra os palestinos, com frases como “morte aos árabes”. Um grupo de colonos cuspiu em uma mulher palestina e em jornalistas. Policiais israelenses próximos não intervieram, segundo a testemunha. Nenhuma prisão foi registrada até o fim da tarde. Um policial disse que os jovens não podiam ser detidos por terem menos de 18 anos. Moshe, um colono israelense de 35 anos que vive na Cisjordânia e apoia o governo de direita, caminhava armado por um bairro palestino da Cidade Antiga com a filha nos ombros. Ele disse que era um “dia muito feliz” porque “toda Jerusalém está sob o governo de Israel”. Ele não quis informar o sobrenome. O ex-vice-chefe do Exército e líder opositor de esquerda Yair Golan chamou as cenas de violência de “chocantes”. “Isso não é amar Jerusalém. Isso é ódio, racismo e intimidação”, disse ele em nota. Mais cedo, durante uma reunião de gabinete realizada em Jerusalém Oriental, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou: “Vamos manter Jerusalém unida, íntegra e sob soberania israelense”. A Autoridade Palestina, com sede na Cisjordânia, condenou a marcha e a visita de Ben Gvir ao complexo de Al-Aqsa. O porta-voz Nabil Abu Rudeineh afirmou que a guerra em Gaza, as “incursões repetidas” em Al-Aqsa e “atos provocativos, como hastear a bandeira israelense em Jerusalém ocupada, ameaçam a estabilidade de toda a região”. Segundo testemunhas, confrontos se repetiram ao longo do dia, enquanto ativistas de esquerda tentavam escoltar palestinos que eram ameaçados por jovens da extrema direita. Jornalistas também foram assediados e, em alguns casos, agredidos durante a cobertura do evento, segundo testemunhas. LEIA TAMBÉM VÍDEO mostra momento em que mãos de primeira-dama da França atingem rosto de Macron em desembarque Aliados autorizam Ucrânia a usar mísseis de longo alcance, diz Alemanha; Kremlin chama decisão de 'perigosa' Motorista atropela várias pessoas que comemoravam vitória do Liverpool na Premier League Israelenses se reúnem com bandeiras próximo ao Portão de Damasco, na Cidade Velha de Jerusalém, durante as celebrações do Dia de Jerusalém, em 26 de maio de 2025 REUTERS/Ammar Awad VÍDEOS: mais assistidos do g1

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