Ivete já tem data para “encarar” foliona “esmagada” no bloco Coruja
A cantora enfrenta um processo, aberto no ano passado e revelado com exclusividade pela coluna, após confusão durante o Carnaval

A briga judicial entre uma fã e Ivete Sangalo, iniciada no Carnaval do ano passado, ganhou mais um capítulo recentemente. A ação aberta por uma foliona, que afirmou ter sido “esmagada” durante a passagem do Bloco Coruja, teve a audiência marcada.
De acordo com o colunista Ancelmo Góis, do jornal O Globo, o encontro entre a cantora e a autora ocorre na próxima segunda-feira (20/10), durante uma audiência de conciliação. A produtora Pau D’Arco Produções e Eventos também é ré no processo de indenização por danos morais e materiais.
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O processo
A cantora Ivete Sangalo foi acionada na Justiça em uma “ação de indenização por danos morais e materiais”. O processo foi aberto no dia 21 de março de 2024 e a coluna teve acesso aos autos com exclusividade.
Na ação, a autora afirmou que ela e sua esposa teriam sido “esmagadas” entre as grades de apoio do bloco de Veveta, junto aos demais foliões. No relato, ela contou que foi sufocada e prensada, além de ter sofrido ataques de pânico.
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Ivete SangaloReprodução2 de 10
A foto postada por Ivete Sangalo no perfil do filhoReprodução3 de 10
Ivete SangaloInstagram/Reprodução4 de 10
Ivete SangaloReprodução5 de 10
Ivete SangaloFoto: Reprodução6 de 10
Ivete Sangalo deixou a modéstia de ladoDivulgação7 de 10
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A cantora acionou a Justiça para descobrir quem estava por trás da contaReprodução/Instagram9 de 10
Ivete Sangalo Instagram/Reprodução10 de 10
Ivete SangaloInstagram/Reprodução
Detalhes do caso
À Justiça, a mulher explicou que, no dia 10 de fevereiro deste ano, foi com a sua esposa para o Farol da Barra, em Salvador, para participar do Bloco Coruja com o abadá adquirido no site. O objetivo do casal era assistir à apresentação de Ivete Sangalo.
Nos autos, ela contou que chegaram no ponto de concentração do bloco, que fica situado no Largo do Farol da Barra, às 16h15, já que o bloco estava previsto para sair às 16h45.
Atraso de mais de 3 horas
No processo, a autora relatou que o bloco em questão não saiu no horário, ocorrendo um atraso de mais de 3 horas. Por isso, teria começado a concentração de muitos foliões que curtiriam os blocos do Vumbora, Banda Eva, Psirico e Leo Santana, também atrasados.
Na ação apresentada à Justiça, a defesa da mulher disse que, após uma espera de 2 horas e 50 minutos foi anunciado, via microfone, pelo Bloco Corujão, um pedido para preparação dos cordeiros e segurança para a saída do bloco. E foi nesse momento, de acordo com a autora, que ela e sua esposa, junto aos demais foliões, se dirigiram para a traseira próxima do bloco da Ivete Sangalo, cujo local estava cercado por carros de apoio esperando sua saída.
Encontro de dois blocos
Ainda de acordo com informações do processo, às 19h30, a cantora teria anunciado que teve problemas técnicos e que Leo Santana teria que passar na frente. A mulher declarou que os foliões, incluindo ela e a esposa, não concordaram e começaram a vaiar, já que o local já estava muito cheio. Mesmo assim, ela recordou que o bloco do Nana teria começado a andar com o carro na direção dos foliões, “iniciando um horror”.
À Justiça, a autora ainda relembrou que foram feitos pedidos para que parassem. No entanto, a organização do bloco simplesmente teria ignorado “a situação de risco grave de morte e iminente à segurança das pessoas”.
A mulher também denunciou que, entre outras coisas, uma adolescente de 14 anos desmaiou do lado do casal e ficou caída, sendo pisoteada devido à confusão. E depois que o bloco de Leo Santana passou “veio em seguida o carro de apoio, persistindo o caos de sufocação e desespero”. Assim, elas ficaram “achando que iriam morrer”.
Defesa da autora
A defesa da autora afirmou que, após 30 minutos de pânico, os cordeiros cercaram o carro de apoio de Ivete Sangalo para o posicionamento dos foliões. Segundo a ação, mais uma vez “a autora e sua esposa, já em pânico, foram esmagadas entre a corda e o carro de apoio. Os representantes legais do casal contaram que nesse momento “um cordeiro do bloco Coruja agrediu a autora com cotoveladas no braço para esticamento da corda”.
No processo, a mulher sustentou que bateu na quina do carro de apoio com o cotovelo e o tórax, se lesionando novamente. Ela disse, também, que, por volta das 20h30, ela e a esposa conseguiram ir embora, pois não era possível permanecer em um lugar com risco de segurança e morte das pessoas. Segundo ela, não havia mais condições emocionais para continuar no local.
Confusão e agressão
Nos autos, ela afirmou que a produção não conseguiu conter a multidão e pessoas que não tinham abadá conseguiram passar pela corda. Com isso, os organizadores do bloco se isolaram à frente dos seguranças para se protegerem, mas sem tentar socorrer os foliões.
“Outras pessoas foram agredidas pelos cordeiros. Algumas foram empurradas, caindo de joelhos no chão, ficando com hematomas e roxeados. O mesmo que aconteceu com a autora”, garantiu a ação.
Valores pagos
A mulher explicou, inclusive, que desembolsou R$ 2,4 mil pelos ingressos e abadás, além de ter custos com hospedagem, passagem e transporte, para serem agredidas pela equipe do bloco, correrem risco de morrer e saírem lesionadas sem conseguir usufruir do serviço adquirido. Após o incidente, ela registrou um boletim de ocorrência.
A mulher ainda argumentou no processo que tudo aconteceu no primeiro dia de um evento esperado para divertimento, “mas, ao contrário, teve só aborrecimentos, riscos, agressões, pânico etc.”.
Outros acidentes
A defesa da mulher ainda apontou que outros acidentes ocorreram no Bloco Coruja, da Ivete Sangalo. No processo, a mulher pede uma indenização por danos morais, no valor R$ 50 mil. Ela ainda solicita R$ 2,9 mil, que teriam sido gastos com os ingressos e hospedagem. O valor da causa é de R$ 52,9 mil.
Até o fechamento desta nota, a cantora não havia apresentado defesa no processo. Além de Ivete Sangalo, a empresa Pau D’arco Produções e Eventos Ltda. foi acionada nos autos. O caso está no Juizado Especial Cível da Comarca de Niterói, Região Oceânica, Rio de Janeiro.
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