Joyce Moura:A força do povo nas ruas e no plenário
No último dia 21 de setembro, o Brasil assistiu a uma onda de mobilização popular em defesa da democracia e da votação de projetos que realmente interessam à vida do povo. Milhares foram às ruas, deixando um recado claro: é preciso que o Congresso Nacional volte seus olhos para as demandas da população e não […]


No último dia 21 de setembro, o Brasil assistiu a uma onda de mobilização popular em defesa da democracia e da votação de projetos que realmente interessam à vida do povo. Milhares foram às ruas, deixando um recado claro: é preciso que o Congresso Nacional volte seus olhos para as demandas da população e não para privilégios corporativos ou manobras de autoproteção política.
O efeito foi imediato. Já na primeira semana após as manifestações, o Senado arquivou o polêmico projeto da blindagem parlamentar, que buscava proteger políticos de julgamentos na Justiça comum. A mobilização social e a indignação diante de mais um privilégio fizeram a proposta perder fôlego e ser enterrada antes de seguir adiante.
Agora, a pressão popular volta a se refletir na Câmara dos Deputados. Nesta quarta-feira (1º), os parlamentares aprovaram por unanimidade o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, com desconto progressivo para salários de até R$ 7.350. Foram 493 votos a favor e nenhum contrário. Nenhum deputado ousou votar contra, o que mostra a força do povo quando se organiza, ocupa as ruas e pressiona seus representantes. Ainda mais em um período de proximidade com as eleições, os parlamentares sabem que ir contra o interesse popular tem um preço alto.
Esses dois episódios demonstram algo fundamental: a democracia não se fortalece apenas nas instituições, mas principalmente na participação ativa do povo. Quando a sociedade se manifesta, pressiona e cobra, os resultados aparecem.
É hora de manter a vigilância e seguir atento. Vitórias como o arquivamento da blindagem parlamentar e a aprovação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil são conquistas que nascem da força coletiva. O recado está dado: o Brasil precisa de um Congresso comprometido com os interesses da maioria, e não com os privilégios de poucos.
Por Joyce Moura – jornalista
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