Julgamento dos acusados da maior chacina do DF é marcado. Saiba quando
As sessões devem ocorrer em abril de 2026. Todos os cinco réus serão julgados pelo Tribunal do Júri de Planaltina
O Tribunal do Júri de Planaltina marcou a data para o julgamento dos cinco réus da maior chacina da história do Distrito Federal, ocorrida nas primeiras semanas de 2023 — quando 10 pessoas de uma mesma família foram impiedosamente assassinadas.
O julgamento deve ocorrer entre 13 e 19 de abril de 2026, sempre a partir das 9h. Serão julgados: Carlomam dos Santos Nogueira; Carlos Henrique Alves da Silva; Fabrício da Silva Canhedo; Gideon Batista de Menezes; e Horácio Carlos Ferreira Barbosa.
Leia também
-
Brasil
Chacina em SC: única sobrevivente tem quadro de saúde estabilizado
-
Distrito Federal
Veja o momento em que mandante de chacina no Amapá é preso no DF
-
Brasil
Policiais suspeitos de chacina são alvo de operação na Paraíba
A data foi definida após alguns pedidos de adiamento, por parte das defesas dos réus. Todos foram pronunciados pela Justiça para ir a júri popular.
O termo “pronúncia” é utilizado para fazer referência à fase do processo em que o juiz decide se o caso configura ou não crime doloso – intencional – contra a vida.
Caso o entendimento seja de que sim, o réu deve encarar o júri popular, o que ocorrerá com os cinco réus da chacina.
O crime
Segundo as investigações, os assassinatos, planejados por pelo menos dois meses, foram motivados pelo interesse em uma propriedade em que viviam algumas das vítimas.
Avaliado em R$ 2 milhões, o terreno no Itapoã tem cachoeira privativa, ampla área de capim de gado e cerca de 5 hectares – equivalentes a 50 mil metros quadrados.
O plano, então, era assassinar toda a família e tomar posse do imóvel, sem deixar qualquer herdeiro vivo. O terreno, no entanto, nem sequer pertencia à vítima, o patriarca da família, Marcos Antônio Lopes de Oliveira, o primeiro a ser brutalmente morto. A chácara era alvo de disputa judicial desde 2020, na qual os verdadeiros donos tentam recuperar a área.
A chacina foi meticulosamente planejada, segundo o Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT). Em 23 de outubro, os acusados alugaram o cativeiro, em Planaltina, onde manteriam as vítimas reféns.
Os integrantes da família, então, foram atraídos para emboscadas e assassinados um por um. São eles: Elizamar da Silva, os três filhos – Rafael, 6 anos; Rafaela, 6; e Gabriel, 7 –, e o companheiro dela, Thiago Gabriel Belchior. Também foram alvo da ação criminosa Marcos Antônio Lopes de Oliveira, Renata Juliene Belchior e Gabriela Belchior – pais e irmã de Thiago. Além deles, Claudia Regina de Oliveira e Ana Beatriz Marques de Oliveira, integrantes da outra família de Marcos Antônio.
What's Your Reaction?