Justiça afasta professor que agrediu aluno em escola militarizada
Caso ocorreu no dia 29 de outubro em uma escola da rede municipal de Quirinópolis (GO). Professor deu ao menos 10 tapas no aluno
O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) determinou o afastamento imediato de um professor da Escola Municipal Militarizada Professora Zelsani, em Quirinópolis (GO), acusado de agredir um aluno de 11 anos dentro da sala de aula. O caso, ocorrido no dia 29 de outubro, foi registrado por câmeras de segurança. A decisão atende a um pedido do Ministério Público do estado (MPGO).
Confira:
A decisão, proferida pela juíza Adriana Maria dos Santos Queiróz de Oliveira, titular da Vara da Infância e Juventude da comarca do município, determinou ainda que a cidade adote, no prazo máximo de 48 horas, todas as providências adminstrativas necessárias para efetivar o afastamento.
Entenda o caso
- Antes da agressão, o professor tropeçou em uma mochila que estava no chão e, após recolocá-la no lugar, começou a bater na mesa do aluno, desferindo, em seguida, tapas contra a criança, muitos deles na cabeça.
- A vítima, um aluno do 6º ano, tentou se proteger com os braços antes de se levantar e se afastar. A criança levou ao menos 10 tapas.
- Uma outra profissional de educação que estava na sala, no momento do ocorrido, tentou conter o professor.
- À época, a direção da escola informou que todas as medidas adminstrativas foram adotadas e que autoridades competentes foram acionadas.
A Justiça estabeleceu que o professor, cuja identidade não foi divulgada, não poderá manter contato com a vítima, seus familiares ou testemunhas, sob risco de multa diária e outras penalidades previstas na lei.
As agressões físicas foram confirmadas após um atendimento médico. Segundo o TJGO, logo após o ocorrido, o professor saiu do local, o que mostra que ele tinha consciência da gravidade do que fez.
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Professor já havia sido advertido, diz TJGO
A decisão judicial ressalta, também, que a agressão não foi um caso isolado. O professor já havia sido advertido pela Secretaria Municipal de Educação e pela direção da escola por comportamento inadequado com outro estudante.
A juíza destacou que há fortes indícios de que esse professor continua apresentando comportamentos violentos, além dos efeitos emocionais e psicológicos que a vítima sofreu, conforme um relatório elaborado por uma equipe especializada.
De acordo com a decisão, a permanência do professor na escola poderia provocar novas agressões ou, até mesmo, revitimização do aluno. Por isso, a juíza determinou o afastamento imediato dele, para proteger não só a vítima, mas todas as crianças e adolescentes da rede municipal de ensino.
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