LAÍRE ROSADO: Atrapalhadas do Presidente Donald Trump
O conflito entre judeus e muçulmanos, no Oriente Médio, tem raízes históricas e territoriais. Entretanto, é preciso entender que nem todos os árabes são muçulmanos e nem todos os muçulmanos são árabes. Da mesma forma, nem todos os muçulmanos odeiam os judeus e nem todos os judeus odeiam os árabes. Um presidente norte-americano, por mais […]


O conflito entre judeus e muçulmanos, no Oriente Médio, tem raízes históricas e territoriais. Entretanto, é preciso entender que nem todos os árabes são muçulmanos e nem todos os muçulmanos são árabes. Da mesma forma, nem todos os muçulmanos odeiam os judeus e nem todos os judeus odeiam os árabes. Um presidente norte-americano, por mais desejo que possua, terá dificuldade em entender essa realidade e, por isso mesmo não conseguirá encerrar essa disputa secular por meio de ameaças.
Em termos bíblicos, no livro do Gênesis, os judeus são descendentes de Isaque, filho de Abraão. Os árabes são descendentes de Ismael, também filho de Abraão. Os desentendimentos entre os dois irmãos seriam os motivos da hostilidade que continua existindo, justificativa que não corresponde mais à realidade da era atual.
Esses dois grupos já mantiveram convivência pacífica por milhares de anos. A disputa voltou após a segunda Guerra Mundial, quando a Organização das Nações Unidas, motivada pelo Holocausto, decidiu doar uma porção do território de Israel para o povo judeu. Acontece que essa terra era habitada sobretudo com palestinos. Mesmo sendo uma área relativamente pequena, uma superfície de apenas 22.070 km2, Israel faz fronteira com os países vizinhos Líbano, Síria, Jordânia, Palestina e Egito.
Na Resolução 181 da ONU, de 1947, foram criados os Estados de Israel e o da Palestina, dividindo as terras da região, em 55% para os judeus e 45% para os muçulmanos, cuja população era o triplo da de judeus. Os judeus aceitaram a proposta, mas os palestinos a rejeitaram, divergência que não diminuiu com o passar dos anos.
Os Estados Unidos da América representam a superpotência em maior evidência no mundo atual. Possui as forças armadas mais poderosas da terra, o maior orçamento do planeta e o segundo maior arsenal nuclear do globo. É a única potência nuclear com armas implantadas em outros países, como na Bélgica, Alemanha, Itália, Holanda e Turquia. Mantém tropas no Bahrein, no Kuwait, nos Emirados Árabes Unidos, no Iraque, na Síria, em Omã, no Catar e no Egito.
Atualmente, possuem armas nucleares, os Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido, Índia, Paquistão, Coreia do Norte e Israel. Há indícios de que o Irã está próximo a fabricar sua primeira arma nuclear. O país insiste que está enriquecendo urânio para fins pacíficos, mas os demais países não acreditam nessa informação.
A possibilidade de uma bomba atômica no Irã assusta aos demais países. Nos últimos dias, Israel tem mantido confrontos armados em várias frentes, mas preocupou-se com a entrada do Irã na frente de guerra. Pediu ajuda aos americanos do norte, aliados de todos os tempos. O presidente Donald Trump, com seu estilo arrasa-quarteirão, decidiu, sozinho, destruir as bases nucleares iranianas e bombardeou esse país árabe.
O papel de estadista do presidente Trump não tem sido bem sucedida. Sua primeira investida, no atual mandato presidencial, foi a tentativa de encerrar, na base da força, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Chegou a repreender Volodymyr Zelenskyy, presidente da Ucrânia e a passar carão no presidente russo, por não aceitarem suas recomendações sobre a guerra travada entre os dois países. Infelizmente não obteve êxito. O motivo do insucesso está ligado ao modo truculento como tratou o problema.
O papel de estadista do presidente Trump não tem sido bem sucedida. Sua primeira investida, no atual mandato presidencial, foi a tentativa de encerrar, na base da força, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Chegou a repreender Volodymyr Zelenskyy, presidente da Ucrânia e a passar carão no presidente russo, por não aceitarem suas recomendações sobre a guerra travada entre os dois países. Infelizmente não obteve êxito. O motivo do insucesso está ligada ao modo truculento como tratou o problema.
Médico e Ex-deputado
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