LAIRE ROSADO, Vaticano e Lembranças do Papa
O falecimento do Papa Francisco, com nove dias de luto e noticiário constante sobre o acontecimento, me fez lembrar de três viagens feitas à Itália, conhecendo o Vaticano e chegando perto do Papa João Paulo II. No caso, fui à Roma e vi o Papa, lembrando da expressão popular, “ir a Roma e não ver […]


O falecimento do Papa Francisco, com nove dias de luto e noticiário constante sobre o acontecimento, me fez lembrar de três viagens feitas à Itália, conhecendo o Vaticano e chegando perto do Papa João Paulo II. No caso, fui à Roma e vi o Papa, lembrando da expressão popular, “ir a Roma e não ver o Papa” é não conseguir o mais importante; o mais interessante na visita.
Em uma dessas vezes, fiz parte de delegação chefiada pelo vice-presidente da República, Marco Maciel, católico praticante e participante da Bancada Parlamentar Católica. O papa nos recebeu na Sala de Audiências, um pequeno auditório completamente lotado. Ao entrar, simpático e alegre, falou alto, “brasileiros!”. Sandra não se conteve e declarou, “não, Santidade, mossoroenses!”. O papa parou, olhou para o nosso lado, sorriu mais ainda e repetiu, “ah, mossoroenses!”.
Após a audiência com o Papa, fomos recepcionados na embaixada brasileira no Vaticano, onde conheci pessoalmente o Cardeal Cláudio Hummes, um dos mais importantes representantes da Igreja Católica da América latina, carismático e muito simpático. Em nosso diálogo, perguntou minha opinião sobre a política nacional e como estava a situação do Nordeste.
No Conclave para eleição do substituto do Papa Bento XVI, Hummes estava sentado ao lado do cardeal Bergoglio quando seu nome foi anunciado como o novo Papa. Francisco disse que escolheu esse nome após o abraço e o beijo do cardeal brasileiro que recomendou: “Bergoglio, não se esqueça dos pobres”.
A vontade maior era ter voltado ao Vaticano para estar presente ao funeral de Francisco, o Papa mais extraordinário da minha geração. Entretanto, graças ao avanço no setor das comunicações, foi possível acompanhar todo o processo de despedida do grande Francisco, assistimos à maioria dos eventos, até o instante final do seu sepultamento na Basílica de Santa Maria Maior.
As palavras de Francisco continuarão ecoando pelo mundo por muitos e muitos anos. Na homilia do seu funeral, o Cardeal Giovanni Re, o decano do colégio de cardeais, destacou sua luta pelos imigrantes, pelos mais pobres e pela paz, ressaltando a exortação que ele repetiu muitas vezes: “Construir pontes e não muros”.
What's Your Reaction?






