Manifestantes brigam na sede do PL após saída de Bolsonaro. Vídeo
Apoiadores e críticos trocaram ofensas e gritos durante saída do ex-presidente Bolsonaro. Ele chamou a medida do STF de “humilhante”

A saída do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) da sede do Partido Liberal (PL), no fim da tarde desta sexta-feira (18/7), foi marcada por gritos e bate-boca entre manifestante pró e contra o ex-mandatário.
A confusão teve início assim que Bolsonaro deixou o local, após dar entrevistas criticando duramente a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que ele passe a utilizar tornozeleira eletrônica.
Veja o momento:
O bate-boca começou, após um manifestante erguer uma faixa com a frase: “Justiça feita! Genocida na cadeia”. Os apoiadores e aliados de Bolsonaro, que também estavam no local, responderam com gritos de “estamos com ele até o fim”.
“É injustiça o que estão fazendo com ele! Ele é inocente! Isso é perseguição!”, disseram aliados do ex-presidente.
O homem que erguia a faixa continuou: “É Brasil contra os Estados Unidos, contra o Trump! Não tem como libertar quem deve ser punido!”, acusando Bolsonaro de prejudicar o país e fazer alianças perigosas no cenário internacional.
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“Eu tenho vergonha de usar tornozeleira”, diz Jair Bolsonaro
Bolsonaro: “Tenho vergonha da tornozeleira”
Pouco antes da confusão, Bolsonaro falou com a Band News e fez críticas duras à decisão do STF. “Não sou criminoso. Não sou bandido. É uma verdadeira caça às bruxas”, afirmou. Ele classificou o uso da tornozeleira como “humilhante” e “degradante”. “Eu tenho vergonha de usar tornozeleira. Qual risco ofereço à sociedade? Qual risco de fuga?”, questionou.
O ex-presidente também voltou a atacar o governo Lula, acusando o Planalto de deteriorar as relações com os Estados Unidos. “O Lula continua provocando. Fala do fim do padrão dólar no Brics, defende o Irã, defende o Hamas. Está isolando o Brasil”, afirmou. “Esse cara provoca e depois quer colocar a culpa nos outros.”
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Fachada do Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (CIME) VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto2 de 6
Comboio que trouxe o ex-presidente Jair Bolsonaro ao Centro integrado de monitoração Eletrônica (CIME), para colocar a tornozeleira eletrônicaSamuel Reis3 de 6
Bolsonaro chegando ao Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (CIME)VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto4 de 6
Jair Bolsonaro responde jornalistas ao deixar o Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (CIME)VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto5 de 6
Bolsonaro nega intenção de deixar o BrasilSamuel Reis6 de 6
Jair Bolsonaro fala com a imprensaSamuel Reis
Medida do STF
A tornozeleira foi instalada nesta sexta-feira na sede da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape). Além do monitoramento eletrônico, Moraes proibiu Bolsonaro de acessar redes sociais e de manter contato com o filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos.
Apesar das novas restrições, Bolsonaro disse não temer ser preso. “Estou com 70 anos. Não tenho medo de nada. Agora, é uma covardia me prender. Nada fiz de errado”, concluiu.
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