María Corina Machado não vai à cerimônia receber Nobel da Paz

Saiba quem é María Corina Machado, vencedora do Nobel da Paz 2025 A ganhadora do Nobel da Paz, María Corina Machado, não estará presente na cerimônia de entrega do prêmio, que será realizada nesta quarta-feira (10). A informação foi confirmada pelo Instituto do Nobel à agência de notícias AFP e à mídia estatal da Noruega. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp "Simplesmente não sei onde ela [María Corina Machado] está exatamente. (...) Sua filha, Ana Corina Machado, receberá o prêmio em nome da mãe", declarou o diretor do Instituto Nobel, Kristian Berg Harpviken, à rádio norueguesa "NRK". Segundo Harpviken, Ana lerá na cerimônia um discurso que a própria María Corina Machado escreveu. Desde outubro, quando o prêmio foi anunciado, era um mistério se Corina Machado conseguiria viajar a Oslo. A líder opositora vive escondida na Venezuela e não aparece em público há 11 meses, quando compareceu a um protesto em Caracas contra o presidente Nicolás Maduro e foi brevemente sequestrada. Um dia antes do evento, a presença de Corina Machado ficou ainda mais incerta porque ela não foi vista na capital norueguesa e uma coletiva de imprensa com ela teve que ser cancelada. Machado está sujeita a uma proibição de viagens imposta pelas autoridades venezuelanas há uma década e está escondida há mais de um ano. Em novembro, o procurador-geral da Venezuela, alinhado a Nicolás Maduro, afirmou à AFP que a Nobel da Paz será considerada "foragida" se deixar o país. Dezenas de venezuelanos no exílio viajaram à capital norueguesa para acompanhar a opositora de 58 anos, que vive na clandestinidade desde agosto de 2024 e não aparece em público desde janeiro. O Instituto Nobel havia confirmado no sábado (6) a presença de Machado para receber o prêmio, que inclui uma medalha de ouro, um diploma e uma quantia de US$ 1,2 milhão (cerca de R$ 6,51 milhões). "María Corina Machado disse ela mesma o quanto tem sido difícil vir à Noruega", declarou o porta-voz do Instituto Nobel, Erik Aasheim. "Esperamos que ela participe da cerimônia", acrescentou. O Comitê Norueguês do Nobel havia convidado Machado a Oslo para receber o prêmio na presença do rei Harald, da rainha Sonja e de líderes latino-americanos, incluindo o presidente argentino Javier Milei e o presidente equatoriano Daniel Noboa. Foto de arquivo: Maria Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, discursa para apoiadores em protesto contra posse de Maduro para um terceiro mandato, em Caracas, em 9 de janeiro de 2025. Reuters/Leonardo Fernandez Viloria/Foto de arquivo Família e aliados em Oslo Com o paradeiro da protagonista envolto em mistério, familiares, aliados políticos e alguns presidentes latino-americanos aguardam em Oslo. Na terça, chegaram à Noruega o opositor Edmundo González Urrutia, candidato às eleições presidenciais de 2024, que vive exilado na Espanha, e o presidente argentino, Javier Milei. Também estão convidados para a cerimônia os presidentes do Panamá, José Raúl Mulino; do Equador, Daniel Noboa; e do Paraguai, Santiago Peña. No Grand Hotel, onde os laureados do Nobel costumam se hospedar, a mãe da premiada, Corina Parisca, suas irmãs e ao menos dois de seus três filhos afirmavam não saber onde ela está, mas mantinham confiança em sua chegada. "Se Deus quiser, assim será", repetiam familiares e admiradores anônimos que aguardavam na saída do hotel para ver "se aparece", diziam. Em Oslo, grupos pacifistas e figuras da esquerda norueguesa protestaram à tarde em frente ao Instituto Nobel com os lemas: "Não ao Prêmio Nobel da Paz para belicistas" e "EUA, tire as mãos da América Latina!". Machado demonstrou apoio às operações militares dos Estados Unidos no Caribe e no Pacífico, que mataram ao menos 87 pessoas em ataques contra supostas embarcações de narcotraficantes. Em sua primeira declaração após ser anunciada como vencedora, Corina Machado agradeceu o presidente dos EUA, Donald Trump: "Eu dedico este prêmio ao sofrimento do povo venezuelano e ao presidente Trump por seu apoio decisivo à nossa causa!". Apoio a María Corina Machado mobiliza atos em mais de 80 cidades Onze meses de mistério Engenheira de formação, Machado entrou na clandestinidade após as eleições de julho de 2024, terminou com a reeleição de Nicolás Maduro, em meio a denúncias de fraude e da recusa de observadores internacionais em legitimar o resultado. A líder opositora, impedida de concorrer nessas eleições, afirmou que Maduro roubou a eleição de seu candidato, Edmundo González, e publicou cópias dos votos emitidos nas máquinas como prova da fraude. O chavismo rejeitou as acusações, mas Estados Unidos, União Europeia e vários países latino-americanos não reconhecem sua reeleição. Machado não aparece em público há 11 meses, desde que participou de um protesto em Caracas contra a posse de Maduro para um terceiro mandato. O Nobel foi anunciado em 10 de outubro e justificado "por seu incansável trabalho em favor dos direitos democráticos do povo venezuelano e por sua luta p

Dezembro 10, 2025 - 07:00
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María Corina Machado não vai à cerimônia receber Nobel da Paz

Saiba quem é María Corina Machado, vencedora do Nobel da Paz 2025 A ganhadora do Nobel da Paz, María Corina Machado, não estará presente na cerimônia de entrega do prêmio, que será realizada nesta quarta-feira (10). A informação foi confirmada pelo Instituto do Nobel à agência de notícias AFP e à mídia estatal da Noruega. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp "Simplesmente não sei onde ela [María Corina Machado] está exatamente. (...) Sua filha, Ana Corina Machado, receberá o prêmio em nome da mãe", declarou o diretor do Instituto Nobel, Kristian Berg Harpviken, à rádio norueguesa "NRK". Segundo Harpviken, Ana lerá na cerimônia um discurso que a própria María Corina Machado escreveu. Desde outubro, quando o prêmio foi anunciado, era um mistério se Corina Machado conseguiria viajar a Oslo. A líder opositora vive escondida na Venezuela e não aparece em público há 11 meses, quando compareceu a um protesto em Caracas contra o presidente Nicolás Maduro e foi brevemente sequestrada. Um dia antes do evento, a presença de Corina Machado ficou ainda mais incerta porque ela não foi vista na capital norueguesa e uma coletiva de imprensa com ela teve que ser cancelada. Machado está sujeita a uma proibição de viagens imposta pelas autoridades venezuelanas há uma década e está escondida há mais de um ano. Em novembro, o procurador-geral da Venezuela, alinhado a Nicolás Maduro, afirmou à AFP que a Nobel da Paz será considerada "foragida" se deixar o país. Dezenas de venezuelanos no exílio viajaram à capital norueguesa para acompanhar a opositora de 58 anos, que vive na clandestinidade desde agosto de 2024 e não aparece em público desde janeiro. O Instituto Nobel havia confirmado no sábado (6) a presença de Machado para receber o prêmio, que inclui uma medalha de ouro, um diploma e uma quantia de US$ 1,2 milhão (cerca de R$ 6,51 milhões). "María Corina Machado disse ela mesma o quanto tem sido difícil vir à Noruega", declarou o porta-voz do Instituto Nobel, Erik Aasheim. "Esperamos que ela participe da cerimônia", acrescentou. O Comitê Norueguês do Nobel havia convidado Machado a Oslo para receber o prêmio na presença do rei Harald, da rainha Sonja e de líderes latino-americanos, incluindo o presidente argentino Javier Milei e o presidente equatoriano Daniel Noboa. Foto de arquivo: Maria Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, discursa para apoiadores em protesto contra posse de Maduro para um terceiro mandato, em Caracas, em 9 de janeiro de 2025. Reuters/Leonardo Fernandez Viloria/Foto de arquivo Família e aliados em Oslo Com o paradeiro da protagonista envolto em mistério, familiares, aliados políticos e alguns presidentes latino-americanos aguardam em Oslo. Na terça, chegaram à Noruega o opositor Edmundo González Urrutia, candidato às eleições presidenciais de 2024, que vive exilado na Espanha, e o presidente argentino, Javier Milei. Também estão convidados para a cerimônia os presidentes do Panamá, José Raúl Mulino; do Equador, Daniel Noboa; e do Paraguai, Santiago Peña. No Grand Hotel, onde os laureados do Nobel costumam se hospedar, a mãe da premiada, Corina Parisca, suas irmãs e ao menos dois de seus três filhos afirmavam não saber onde ela está, mas mantinham confiança em sua chegada. "Se Deus quiser, assim será", repetiam familiares e admiradores anônimos que aguardavam na saída do hotel para ver "se aparece", diziam. Em Oslo, grupos pacifistas e figuras da esquerda norueguesa protestaram à tarde em frente ao Instituto Nobel com os lemas: "Não ao Prêmio Nobel da Paz para belicistas" e "EUA, tire as mãos da América Latina!". Machado demonstrou apoio às operações militares dos Estados Unidos no Caribe e no Pacífico, que mataram ao menos 87 pessoas em ataques contra supostas embarcações de narcotraficantes. Em sua primeira declaração após ser anunciada como vencedora, Corina Machado agradeceu o presidente dos EUA, Donald Trump: "Eu dedico este prêmio ao sofrimento do povo venezuelano e ao presidente Trump por seu apoio decisivo à nossa causa!". Apoio a María Corina Machado mobiliza atos em mais de 80 cidades Onze meses de mistério Engenheira de formação, Machado entrou na clandestinidade após as eleições de julho de 2024, terminou com a reeleição de Nicolás Maduro, em meio a denúncias de fraude e da recusa de observadores internacionais em legitimar o resultado. A líder opositora, impedida de concorrer nessas eleições, afirmou que Maduro roubou a eleição de seu candidato, Edmundo González, e publicou cópias dos votos emitidos nas máquinas como prova da fraude. O chavismo rejeitou as acusações, mas Estados Unidos, União Europeia e vários países latino-americanos não reconhecem sua reeleição. Machado não aparece em público há 11 meses, desde que participou de um protesto em Caracas contra a posse de Maduro para um terceiro mandato. O Nobel foi anunciado em 10 de outubro e justificado "por seu incansável trabalho em favor dos direitos democráticos do povo venezuelano e por sua luta por uma transição justa e pacífica da ditadura à democracia". No mesmo dia da premiação, o chavismo realizará uma manifestação em Caracas, anunciou na segunda-feira o ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello.

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