Metanol: fiscalização confisca 128 mil garrafas de vodca sem documento

Operação na quarta-feira (1º/10) realizou vistoria em bares e distribuidoras de bebidas em São Paulo e Barueri, na região metropolitana

Oct 2, 2025 - 16:00
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Metanol: fiscalização confisca 128 mil garrafas de vodca sem documento

Um lote de 128 mil garrafas de vodca sem documentação foi confiscado após fiscalização em uma distribuidora de Barueri, na região metropolitana de São Paulo, na quarta-feira (1º/10). A medida faz parte das investigações sobre bebidas alcoólicas contaminadas com metanol.

A operação conjunta interditou totalmente três estabelecimentos de comércio de bebidas na capital paulista: dois na região da Bela Vista e um no Itaim Bibi. Em Barueri, houve a interdição parcial das bebidas alcoólicas destinadas para consumo. Ao todo, quatro bares e duas distribuidoras foram fechados desde segunda-feira (29/9). 14 imagensAutoridades paulistas realizam operações contra a intoxicação por metanol em bebidasAutoridades apreenderam em um mercadinho mais de 40 garrafas de whisky, gin e vodcaProcon participa da operação tambémPolícia de SP diz que investiga quatro casos de contaminação por metanol na capital e mais quatro na Grande SPUm estabelecimento no Jardins, outro na Mooca, um na Vila Mariana e outro em São Bernardo foram interditadosFechar modal.1 de 14

Peritos analisam destilados em SPDivulgação/ Governo do Estado de São Paulo2 de 14

Autoridades paulistas realizam operações contra a intoxicação por metanol em bebidasDivulgação/ Governo do Estado de São Paulo3 de 14

Autoridades apreenderam em um mercadinho mais de 40 garrafas de whisky, gin e vodcaDivulgação/ Governo do Estado de São Paulo4 de 14

Procon participa da operação tambémDivulgação/ Governo do Estado de São Paulo5 de 14

Polícia de SP diz que investiga quatro casos de contaminação por metanol na capital e mais quatro na Grande SPDivulgação/ Governo do Estado de São Paulo6 de 14

Um estabelecimento no Jardins, outro na Mooca, um na Vila Mariana e outro em São Bernardo foram interditadosDivulgação/ Governo do Estado de São Paulo7 de 14

Entre terça e quarta, foram apreendidas 800 garrafas de bebidas alcoólicas suspeitas de adulteraçãoDivulgação/ Governo do Estado de São Paulo8 de 14

Vigilância Sanitária trabalha em conjunto com a Policia Civil de SPDivulgação/ Governo do Estado de São Paulo9 de 14

Duas pessoas foram presas suspeitas de envolvimento na intoxicação por metanolDivulgação/ Governo do Estado de São Paulo10 de 14

Só nesta terça-feira, 112 garrafas de vodca foram apreendidas em diversos pontos da capital paulistaDivulgação/ Governo do Estado de São Paulo11 de 14

Os bares estão sendo interditados de maneira cautelarDivulgação/ Governo do Estado de São Paulo12 de 14

Operação apreendeu 50 mil garrafas de bebidas adulteradasDivulgação/ Governo do Estado de São Paulo13 de 14

Quatro estabelecimentos foram interditados e um proibido de vender bebidas alcoólicas após operação em SPDivulgação/ Governo do Estado de São Paulo14 de 14

Vigilância Sanitária interditou alguns estabelecimentos em SPDivulgação/ Governo do Estado de São Paulo

Segundo as autoridades, as garrafas de vodca lacradas poderão ser liberadas quando a documentação for apresentada.

O último balanço, divulgado pela Secretaria da Saúde, indica 37 casos registrados desde o mês de setembro — 27 suspeitos e 10 confirmados. A pasta também atualizou o número de mortes para 6 — sendo 5 sob investigação e uma confirmada.

Estabelecimentos fechados

De acordo com um servidor do Procon que falou com o Metrópoles, existe uma preocupação para que eventuais estabelecimentos inocentes não sejam responsabilizados já que há casos de bares que seguiram todas as regras na compra de bebidas. “As investigações apontam que a adulteração teria ocorrido em outro elo da cadeia de fornecimento.” 12 imagensEstabelecimento nos Jardins é interditado pelas autoridades sanitárias após caso de intoxicação de bebidas com metanolEstabelecimento nos Jardins é interditado pelas autoridades sanitárias após caso de intoxicação de bebidas com metanolEstabelecimento nos Jardins é interditado pelas autoridades sanitárias após caso de intoxicação de bebidas com metanolTorres Bar, na MoccaFechar modal.1 de 12

Estabelecimento nos Jardins é interditado pelas autoridades sanitárias após caso de intoxicação de bebidas com metanolWilliam Cardoso/Metrópoles2 de 12

Estabelecimento nos Jardins é interditado pelas autoridades sanitárias após caso de intoxicação de bebidas com metanolWilliam Cardoso/Metrópoles3 de 12

Estabelecimento nos Jardins é interditado pelas autoridades sanitárias após caso de intoxicação de bebidas com metanolWilliam Cardoso/Metrópoles4 de 12

Estabelecimento nos Jardins é interditado pelas autoridades sanitárias após caso de intoxicação de bebidas com metanolWilliam Cardoso/Metrópoles5 de 12

Torres Bar, na MoccaGoogle Maps/Reprodução6 de 12

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Villa Jardim, em São Bernardo do CampoGoogle Maps/Reprodução8 de 12

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Bar Beco do Espeto, no Itaim Bibi, que tem como sócio Igor Ferreira Sauceda, motorista do Porsche que perseguiu e atropelou um motociclistaEnzo Marcus/Metrópoles11 de 12

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O Beco do Espeto, no Itaim Bibi, zona oeste de São Paulo, divulgou uma nota em que informa o fechamento e atribuiu a interdição a uma suposta desinformação que circulou nas redes sociais. “Passamos por uma fiscalização hoje [1° de outubro] e, mesmo apresentando todas as notas fiscais de nossas bebidas e sem haver qualquer indício de irregularidade quanto aos nosso produtos, fomos obrigados a fechar as portas”, disse o estabelecimento.

“O auto de fechamento é pautado única e exclusivamente em uma suspeita, baseada numa fake News disseminada pela má-fé de pessoas que se utilizam do tema para surfar na onda de visibilidade”, completou.

Nos Jardins, também na zona oeste, o Ministrão foi interditado em ação conjunta com as vigilâncias sanitárias municipal e estadual devido a indícios da venda de bebidas alcoólicas contaminadas com metanol no estabelecimento. A defesa dos proprietários afirma que o local foi fechado “por causa de apenas uma pessoa”. A fiscalização suspendeu inscrição estadual do bar.

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O Torres Bar, conhecido na região como o “bar do Chiquinho”, na Mooca, zona leste da capital, teve as portas fechadas após a morte do empresário Ricardo Lopes Mira, uma das vítimas da contaminação de bebida por metanol em São Paulo. O estabelecimento alega que todos produtos “são adquiridos de distribuidoras oficiais e parceiros de longa data, que sempre prestaram serviço de confiança e credibilidade ao longo da nossa trajetória”.

Interditado, o Villa Jardim, bar de São Bernardo do Campo, na região metropolitana, afirmou em comunicado que suspenderá suas atividades até o fim das investigações e esclarecimento dos fatos. “Nossas bebidas são compradas lacradas e em sua condição original. Embora tenhamos ciência de apenas um relato onde foi alegado o consumo de bebida alcoólica em todo estabelecimento e, subsequentemente, se sentiu mal, enfatizamos que o Villa Jardim preza rigorosamente pela qualidade dos produtos comercializados.”

Entre as distribuidoras interditadas, estão a GRF distribuições, em Barueri, e a BB Belbilar Bebidas, na Bela Vista.

Ainda de acordo com o governo, uma distribuidora já teve a inscrição estadual suspensa preventivamente. Outras três estão com a situação sob análise para suspensão.

Alerta

A Secretaria da Saúde emitiu, na terça-feira (30/9), um alerta aos profissionais de saúde sobre o risco de intoxicação por ingestão de metanol.

O aviso foi realizado por meio do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) e do Centro de Vigilância Sanitária (CVS). A substância pode estar presente em bebidas alcoólicas clandestinas ou adulteradas e, por ser altamente tóxica, leva à cegueira permanente e até ao óbito.

O alerta divulgado aos serviços de saúde do estado reforça que os sinais e sintomas costumam aparecer entre 6 e 24 horas após a ingestão.

Sintomas de intoxicação por metanol

  • Sonolência
  • Tontura
  • Dor abdominal
  • Náuseas
  • Vômitos
  • Confusão mental
  • Taquicardia
  • Visão turva
  • Fotofobia
  • Convulsões
  • Acidose metabólica

Nos casos mais graves, pode haver cegueira irreversível, choque, pancreatite, insuficiência renal e comprometimento neurológico.

Segundo a pasta, o paciente com quadro incomum após ingestão de bebida alcoólica deve ser avaliado imediatamente e realizar exames laboratoriais e avaliação oftalmológica. O alerta emitido traz orientações técnicas sobre a conduta clínica a ser adotada nesses casos.

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