Ministro demitido diz que “compreende” Lula e focará no Senado em 2026
Celso Sabino não resistiu à pressão do Centrão após ser expulso do União Brasil e teve a demissão anunciada por Lula nesta quarta (17/12)
O ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou nesta quarta-feira (17/2) que “compreende” a demissão, diante da necessidade de governabilidade no Congresso, e disse que focará na campanha para o Senado em 2026. A saída dele foi anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a última reunião ministerial do ano.
“Entre os esforços do governo para melhorar a relação com o Congresso Nacional e a garantia da governabilidade, faz parte a participação do governo pelos partidos. Houve realmente essa demanda do União Brasil para indicar o ministro para o Ministério do Turismo. Eu, particularmente, compreendo perfeitamente e agradeço muito ao presidente Lula”, afirmou Sabino.
Deputado federal eleito pelo Pará, ele chegou ao cargo como indicação do União Brasil em 2023, diante de uma insatisfação dos parlamentares com a então ministra Daniela do Waguinho (RJ). Este ano, Sabino perdeu o apoio da sigla para permanecer no cargo, após rompimento da legenda com o governo Lula.
Com a resistência de Sabino em deixar a Esplanada, o União Brasil o expulsou do partido. “Há poucos meses, tomei a decisão que entendi mais responsável, de permanecer no governo, concluir projetos importantes, como concluir a COP30. (…) Não poderia abandonar o posto em 24h, como foi demandado pelo partido. Entendo que fui coerente com o estado do Pará e com o Brasil”, disse o ministro.
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Acordo
O governo Lula fez um acordo com uma ala do União Brasil, encaminhando a indicação de Gustavo Damião ao cargo. Ele é filho do deputado federal Damião Feliciano (União-PB), e conta com apoio do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Sabino confirmou a negociação, elogiando o possível sucessor.
“O novo ministro deverá ser o filho do deputado Damião Feliciano, Gustavo Feliciano. É um jovem muito competente, já foi secretário de Turismo da Paraíba. Estará em boas mãos. Farei transição, estou à disposição para ajudá-lo”, disse Sabino.
Ainda de acordo com o ministro, a candidatura ao Senado em 2026 “está posta”, apesar de ainda não ter um partido para concorrer. Ele, que voltará à Câmara após deixar a pasta, afirmou ainda que não descarta o PT como possível partido. “Todas as possibilidades estão na mesa. Só diria que descarto o PL”, disse.
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