Missa em Aparecida ocorre com Alckmin e sem a presença de Tarcísio
O arcebispo Dom Orlando Brandes pediu, durante o evento em Aparecida, que políticos votem leis favoráveis ao povo

A tradicional missa em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, na cidade de Aparecida, no interior paulista, ocorreu com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). A participação do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) também foi inicialmente prevista, mas ele não compareceu ao evento deste domingo (12/10).
O secretário de Governo, Gilberto Kassab (PSD), esteve presente na missa como representante do Palácio dos Bandeirantes. A assessoria de Tarcísio afirmou que ele decidiu passar o dia somente com a família.
A presença do prefeito paulistano Ricardo Nunes (MDB) também estava prevista na agenda oficial dele. No caso dele, a ausência se deu devido às más condições do tempo no horário em que decolaria a aeronave que o levaria até Aparecida.
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Durante o evento, o arcebispo Dom Orlando Brandes faz menção ao mundo político ao citar a pobreza e as desigualdades sociais no Brasil, pedindo que os políticos ajam em favor do povo.
“Que os que foram eleitos pelo povo votem em leis favoráveis ao povo de Deus, favoráveis aos pobres”, disse.
Com o tema “Com Maria, Mãe da Esperança, conhecer Jesus e cuidar da vida”, a tradicional Festa da Padroeira, em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, tem na programação novena, procissões e shows que acontecem até este domingo, data em que a santa é celebrada.
Sem saia-justa
A ausência de Tarcísio no evento com Alckmin pode ter evitado uma saia-justa em um momento de forte antagonismo entre o governo federal e o de São Paulo. Tarcísio é principal nome da oposição a Lula (PT) no país atualmente, cotado para uma eventual disputa entre ambos em 2026, e subiu o tom contra o governo na última semana.
O motivo foi a Medida Provisória (MP) nº 1.303/2025, alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), cuja derrubada na Câmara é atribuída à atuação de Tarcísio nos bastidores. A medida deixaria o governo Lula com mais dinheiro em caixa no ano eleitoral.
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), afirmou que recorreu a Tarcísio para articular a derrubada da MP. Nos bastidores, deputados também confirmam a participação do governador de São Paulo nas articulações contra o governo Lula na Câmara.
Apesar disso, o governador chegou a publicar um vídeo acusando o PT de “mentir” e promover uma “ampla campanha de desconstrução de imagem e reputação” ao responsabilizá-lo sobre a derrota da MP.
No vídeo publicado em seu Instagram, ele fala que o PT o acusa “de ter trabalhado para evitar que o governo cobre mais impostos da população”, e que o partido fica “jogando uns contra os outros”. Tarcísio também diz para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), ter “vergonha” e “respeitar os brasileiros”.
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