Moradores protestam contra a Enel após 48h sem energia elétrica

Moradores atearam pneu em protesto na Avenida Belmira Marin, no Grajaú, em represália à demora da Enel para restabelecer a energia elétrica

Dezembro 12, 2025 - 17:00
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Moradores protestam contra a Enel após 48h sem energia elétrica

Moradores do Grajaú, na zona sul de São Paulo, atearam fogo em pneus na avenida Belmira Marin, na manhã desta sexta-feira (12/12). O ato é um protesto contra a Enel, concessionária de energia elétrica da capital paulista e da região metropolitana, após 48 horas com o fornecimento de luz interrompido.

O apagão é consequência das fortes rajadas de vento, de até 96km/h, que atingiram o estado durante um ciclone extratropical. A ventania danificou a infraestrutura da concessionária.  Até a tarde desta sexta, 631.838 clientes estavam sem luz na área de concessão da Enel, sendo 440.530 apenas na capital paulista.

Vídeo mostra protesto no Grajaú

Imagens compartilhadas nas redes sociais pelo perfil Grajaú Tem mostram a manifestação realizada por moradores do bairro nesta sexta. Outro ângulo, obtido pela reportagem, mostra o trânsito gerado na via em decorrência do protesto. Veja:

“Três dias já seu luz. Os caras da Enel passam aqui e não fazem nada”, denunciou um morador. “Vamos se agora eles resolvem. Vamos ver se vão ver a gente aqui”, disse. Em seguida, ele ameaçou “travar” o outro lado da via, caso a concessionária não resolvesse o problema. A reportagem apurou que ainda falta luz elétrica em algumas localidades do Grajaú.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que a Polícia Militar (PM) acompanhou a manifestação. “Durante o ato, manifestantes colocaram pneus na via e atearam fogo, provocando a obstrução do trânsito. Equipes de policiamento e do Corpo de Bombeiros atuaram imediatamente, controlando as chamas e liberando a via. A manifestação foi encerrada sem novas intercorrências”, afirmou a pasta. Moradores protestam contra a Enel após 48h sem energia elétrica - destaque galeria12 imagensÁrvores caem sobre carros no IbirapueraAvenida Brasil, sentido Parque do IbirapueraÁrvores caem sobre carros na zona sul de SPVentania derrubou árvores em São PauloVentania derrubou árvores em São PauloFechar modal.MetrópolesÁrvores caem sobre carros no Ibirapuera1 de 12

Árvores caem sobre carros no IbirapueraRedes sociais/ReproduçãoÁrvores caem sobre carros no Ibirapuera2 de 12

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Árvores caem sobre carros na zona sul de SPJéssica Bernardo/MetrópolesVentania derrubou árvores em São Paulo5 de 12

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Ventania derrubou árvores em São PauloRedes sociais/ReproduçãoEstragos da ventania atingiram São Bernardo8 de 12

Estragos da ventania atingiram São BernardoRedes sociais/ReproduçãoCorpo de Bombeiros recebeu mais de 500 chamados para queda de árvores. Carros, ônibus e vias ficaram bloqueados após a ventania9 de 12

Corpo de Bombeiros recebeu mais de 500 chamados para queda de árvores. Carros, ônibus e vias ficaram bloqueados após a ventaniaRedes sociais/ReproduçãoVentania derrubou árvores na zona sul de São Paulo10 de 12

Ventania derrubou árvores na zona sul de São PauloRedes sociais/ReproduçãoVentania derrubou árvores em São Paulo11 de 12

Ventania derrubou árvores em São PauloRedes sociais/ReproduçãoVentania derrubou árvores em São Paulo12 de 12

Ventania derrubou árvores em São PauloRedes sociais/Reprodução

Enel não dá previsão para restabelecer energia

Questionada pelo Metrópoles na noite dessa quinta-feira (11/12), a Enel não deu um prazo certo para restabelecer a energia elétrica daqueles clientes que ainda estão no escuro.

A empresa afirmou que “suas equipes seguem comprometidas com a operação de atendimento a emergências”. “Em algumas localidades, o restabelecimento é mais complexo, porque envolve a reconstrução completa da rede, com substituição de postes, transformadores e, por vezes,  recondução de quilômetros de cabos”, disse em nota.

A concessionária destacou que que havia restabelecido, até a noite de quinta, o fornecimento de energia para cerca de 1,2 milhão de clientes, dos mais de 2,2 milhões afetados pelo ciclone extratropical que atingiu a área de concessão nessa quarta-feira (10/12).

“Outros cerca de 300 mil novos casos ingressaram hoje [quinta-feira] com solicitação de atendimento, em decorrência da continuidade dos ventos. No momento, a companhia trabalha para restabelecer o serviço para cerca de 1,3 milhão de clientes (15,6% da base da distribuidora)”, diz a nota.

Ainda segundo a Enel, o Corpo de Bombeiros registrou mais de 1.300 chamados relacionados a quedas de árvores.

“O evento climático causou danos severos à infraestrutura elétrica, afetando o fornecimento em diversas regiões. Para acelerar a recomposição do sistema, a distribuidora está mobilizando mais de 1.600 equipes em campo ao longo do dia”, afirmou a concessionária.

Para atender situações prioritárias, a companhia informou que está disponibilizando mais de 700 geradores. “A Enel São Paulo reforça que seguirá trabalhando até restabelecer a energia para todos os clientes afetados pelos efeitos do ciclone”, declarou a empresa.

Leia também

Falta de luz causou falta de água em bairros de São Paulo

Os problemas no fornecimento de energia elétrica também impactaram o abastecimento de água em diversos bairros de São Paulo.

Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a falta de eletricidade impede o abastecimento das residências. Até a manhã desta sexta, os bairros de Parelheiros, Parque do Carmo e Vila Romana, na capital paulista, estavam sem água.

Guarulhos, na região de Pimentas, Francisco Morato, no bairro Jardim Arpoador, e a região central de Caieiras, todas na região metropolitana, também sofreram com a falta de água. Em regiões mais críticas, a empresa disponibilizou caminhões-pipa.

A Sabesp explicou, em nota, a relação entre a queda de energia e o impacto no abastecimento hídrico. “A operação depende de energia elétrica para bombear água até os imóveis atendidos em razão da complexidade do sistema, da grande população atendida, das grandes distâncias percorridas e do relevo acidentado de cada região.”

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