Motta atende STF e bloqueia salários e verbas pagas a Zambelli
Deputada está condenada a 10 anos de prisão por invasão ao sistema do CNJ e está fora do Brasil. STF determinou prisão preventiva dela

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), atendeu determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e bloqueou as verbas de gabinete da deputada Carla Zambelli (PL-SP). Moraes havia determinado o bloqueio do salário e de quaisquer outras verbas pagas pela Câmara à parlamentar.
“A decisão do STF a respeito da parlamentar foi recebida na quarta-feira (4/6) e o bloqueio de valores nela previsto teve o cumprimento determinado pela Presidência”, informou o perfil da Câmara dos Deputados no X, na noite desta quinta-feira (5/6).
O comunicado da Casa explicitou, ainda, que a notificação recebida não pontuou os demais itens da decisão, “motivo pelo qual não há outras providências a serem tomadas até o momento”. A Câmara oficializou, nesta quinta, a licença da deputada federal.
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Pedido de licença
Em ofício, Zambelli apresentou dois pedidos ao presidente da Casa Baixa. O primeiro deles, de licença para tratamento de saúde por sete dias e o segundo, uma licença de 120 dias. Totaliza-se, assim, 127 dias.
Quem assume a vaga, durante a licença, é o deputado Coronel Tadeu (PL-SP). O motivo do afastamento seria “interesse pessoal”.
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A deputada federal Carla Zambelli se pronunciou após pedido de prisão feito pela PGRVINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto2 de 4
A deputada federal Carla Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão pelo STFVINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto3 de 4
Carla Zambelli e o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, que também está fora do paísIgo Estrela/Metrópoles4 de 4
Deputada federal Carla Zambelli VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto
Saída do Brasil
Zambelli saiu do Brasil depois de ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) — ela é alvo de um mandado de prisão preventiva e entrou na lista da Interpol. A parlamentar, agora licenciada, foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão e à perda do mandato, devido ao seu envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Diante da saída do país, Moraes determinou a prisão preventiva de Zambelli nessa quarta (4/6) após ela deixar o país. Na decisão, que atende pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ministro considerou que a saída de Zambelli do país tem como objetivo fugir da aplicação da lei.
Moraes determinou ainda o bloqueio das redes sociais da parlamentar, incluindo Facebook, Instagram, LinkedIn, TikTok e X. As empresas que descumprirem a medida de bloqueio das redes sociais podem tomar uma multa diária de R$ 100 mil por manter os perfis de Zambelli em funcionamento.
A decisão estabeleceu também multa diária de R$ 50 mil, caso a deputada faça postagens que “reiterem as condutas criminosas” e a inclusão, pela Polícia Federal, do nome de Zambelli na lista vermelha da Interpol.
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