MPDFT investiga aterramento de bacias de drenagem para construção de condomínio
A Direcional Engenharia fez aterramento de bacias de detenção do sistema de drenagem de Ceilândia para construir condomínio com 25 prédios

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) vai investigar o aterramento de bacias de detenção do sistema de drenagem da água das chuvas de Ceilândia.
Conforme revelou o Metrópoles, a Direcional Engenharia colocou terra sobre as bacias criadas há 21 anos com objetivo de erguer um complexo residencial na região, com 25 torres e 592 apartamentos.
As bacias de detenção foram construídas há duas décadas, durante o governo de Joaquim Roriz, para impedir enchentes e destruição causadas pela força da água das chuvas na cidade. Conhecidos como “piscinões”, esses espaços armazenam a água de forma temporária e a libera aos poucos após as tempestades na região, que sofre com alagamentos históricos.
O MPDFT informou, nesta segunda-feira (14/7), que a Procuradoria Distrital dos Direitos do Cidadão abrirá uma notícia de fato para apurar essa situação específica em Ceilândia. O órgão já acompanha o projeto do Governo do Distrito Federal (GDF) chamado Drenar-DF, de drenagem das águas pluviais, e as obras relacionadas.
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Construtora aterra bacias do sistema de drenagem em CeilândiaVINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto2 de 11
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Veja como estavam as bacias de detenção cheias em 2008 e como estavam em março de 2025, já no processo de aterramentoReprodução/Google Earth
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O novo condomínio que será erguido em cima das antigas bacias de detecção terá área de lazer com churrasqueiras, piscina, quadras de esporte, salões de festas, além de 508 vagas para estacionamento. O terreno tem 29,7 mil metros quadrados.
A Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) afirmou que a remoção das bacias de detenção não representa “qualquer prejuízo à administração pública ou ao funcionamento da captação das águas pluviais” e disse que “estão em desenvolvimento outros projetos voltados à melhoria do sistema de drenagem pluvial na Região Administrativa de Ceilândia”.
Responsável pela obra, a Direcional Engenharia declarou que a construção “conta com todas as autorizações necessárias de todos os órgãos envolvidos e que o projeto de aterramento foi precedido por um estudo técnico da região de Ceilândia, incluindo a análise da drenagem da área”.
“A companhia ressalta que não se trata de um aterramento total, pois parte das bacias continuará em funcionamento e a empresa está realizando limpeza preventiva das estruturas existentes. Importante reforçar que as bacias que passarão por aterramento estão em área particular”, declarou.
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