Musk diz que vai cortar gastos com doações políticas: 'Vou fazer muito menos no futuro'

O bilionário foi o maior doador do Partido Republicano nas últimas eleições presidenciais e gastou quase US$ 300 milhões para apoiar a campanha de Donald Trump. 'Acho que já fiz o suficiente', afirmou em fórum econômico no Catar. Elon Musk falando em fórum econômico no Catar Jason Redmond / AFP Elon Musk, maior doador do Partido Republicano nas últimas eleições presidenciais dos Estados Unidos, afirmou que vai cortar significativamente seus gastos com doações políticas. O bilionário, que gastou mais de US$ 400 milhões para apoiar a campanha de Donald Trump, fez a declaração durante participação em um fórum econômico no Catar, nesta terça-feira (20). "Vou fazer muito menos no futuro. Acho que já fiz o suficiente", disse. Desde o começo de abril, Musk vem se afastamento progressivamente do governo. Após se dedicar integralmente ao comando do DOGE (Departamento de Eficácia Governamental) por meses, ele anunciou, no dia 23, que iria dedicar menos tempo ao cargo. No dia 1º de maio, um dia após ser elogiado pelo presidente Donald Trump em uma reunião de gabinete pelos cortes de gastos que fez no governo federal, Musk mostrou a repórteres que ele, no entanto, não estava tão satisfeito e não alcançou plenamente seus objetivos. "No geral, acho que fomos eficazes. Não tão eficazes quanto eu gostaria, mas progredimos", disse. Procurada pela agência de notícias Reuters, após a declaração de Musk nesta terça, uma fonte da Casa Branca minimizou a afirmação. Disse que o bilionário permanece "totalmente comprometido" com Trump e o Partido Republicano, e que o apoio dele continuará por meio de diversos canais, incluindo como consultor, por meio de contribuições financeiras e influência informal em redes de doadores. A fonte ainda disse que a Casa Branca vê a redução de cargos de Musk como uma resposta razoável aos crescentes ataques políticos que ele e sua empresa de carros, a Tesla, sofreram, e que o presidente apoia a decisão de Musk de repensar o quão visível ele quer ser como apoiador. O afastamento progressivo de Musk do governo Elon Musk com bonés com as palavras 'Golfo da América' durante reunião de gabinete do governo Trump REUTERS/Evelyn Hockstein Em meio a muitas especulações sobre a permanência de Elon Musk em seu governo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o bilionário vai permanecer em seu gabinete pelo "tempo que quiser", no dia 30 de abril. A declaração foi dada durante a reunião de seu gabinete sobre os primeiros 100 dias de mandato. Trump disse que Musk "quer voltar para casa, para os carros dele" e exaltou o trabalho dele à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE). "Você foi de uma ajuda tremenda. Você abriu os olhos de muita gente para o que poderia ser feito. E só queremos agradecer muito. Você está convidado a ficar o tempo que quiser. Você fez um trabalho incrível: US$ 150 bilhões...Vocês fizeram um trabalho fantástico e nós agradecemos", elogiou Trump, sendo corrigido por Musk, que se gabou: "160 agora. Mas quem está contando?" O bilionário, que estava com um boné com as palavras "Golfo da América" na reunião - uma das primeiras medidas controversas do governo republicano, que trocou o nome do Golfo do México -, agradeceu as palavras do presidente americano, disse que era "uma honra" estar ali e finalizou em clima de despedida, recebendo uma salva de aplausos: "Gostaria de agradecer a cada um, é ótimo trabalhar com vocês". Mais cedo, a chefe de gabinete da Casa Branca, Susie Wiles, informou à imprensa que Elon Musk não está mais trabalhando presencialmente no local. Donald Trump em reunião com seu gabinete - bonés com as palavras "Golfo da América" em frente a cada membro REUTERS/Evelyn Hockstein Musk anunciou menos dedicação ao governo Há uma semana, Musk anunciou que passaria menos tempo trabalhando para o governo de Trump. As ações da Tesla, sua montadora de veículos elétricos, subiram cerca de 5% no pré-mercado. O bilionário disse que vai reduzir seu número de dias dedicados ao DOGE para uma ou duas vezes na semana a partir de maio, já que "o grande trabalho árduo necessário para colocar a equipe do DOGE em funcionamento e trabalhar com o governo para colocar as finanças em ordem está praticamente concluído". A participação de Musk no chamado Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) do governo Trump, onde enfatizou a redução agressiva de custos por meio de cortes de empregos federais, causou forte reação pública e política, levando a protestos e vandalismo em showrooms da Tesla. Investidores acreditam que a decisão aliviará um pouco a pressão sobre a marca Tesla e daria a Musk mais tempo para se concentrar em como reverter a queda nas vendas, que levaram as ações da empresa a despencarem quase 50% em relação ao seu pico registrado em dezembro passado e causou a forte redução de 71% no lucro líquido da companhia. Lojas da Tesla, de Elon Musk, são pichadas por ativistas ambientais na Suécia Os primeiros sinais de uma saída de Elon Musk do governo

May 20, 2025 - 15:30
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Musk diz que vai cortar gastos com doações políticas: 'Vou fazer muito menos no futuro'

O bilionário foi o maior doador do Partido Republicano nas últimas eleições presidenciais e gastou quase US$ 300 milhões para apoiar a campanha de Donald Trump. 'Acho que já fiz o suficiente', afirmou em fórum econômico no Catar. Elon Musk falando em fórum econômico no Catar Jason Redmond / AFP Elon Musk, maior doador do Partido Republicano nas últimas eleições presidenciais dos Estados Unidos, afirmou que vai cortar significativamente seus gastos com doações políticas. O bilionário, que gastou mais de US$ 400 milhões para apoiar a campanha de Donald Trump, fez a declaração durante participação em um fórum econômico no Catar, nesta terça-feira (20). "Vou fazer muito menos no futuro. Acho que já fiz o suficiente", disse. Desde o começo de abril, Musk vem se afastamento progressivamente do governo. Após se dedicar integralmente ao comando do DOGE (Departamento de Eficácia Governamental) por meses, ele anunciou, no dia 23, que iria dedicar menos tempo ao cargo. No dia 1º de maio, um dia após ser elogiado pelo presidente Donald Trump em uma reunião de gabinete pelos cortes de gastos que fez no governo federal, Musk mostrou a repórteres que ele, no entanto, não estava tão satisfeito e não alcançou plenamente seus objetivos. "No geral, acho que fomos eficazes. Não tão eficazes quanto eu gostaria, mas progredimos", disse. Procurada pela agência de notícias Reuters, após a declaração de Musk nesta terça, uma fonte da Casa Branca minimizou a afirmação. Disse que o bilionário permanece "totalmente comprometido" com Trump e o Partido Republicano, e que o apoio dele continuará por meio de diversos canais, incluindo como consultor, por meio de contribuições financeiras e influência informal em redes de doadores. A fonte ainda disse que a Casa Branca vê a redução de cargos de Musk como uma resposta razoável aos crescentes ataques políticos que ele e sua empresa de carros, a Tesla, sofreram, e que o presidente apoia a decisão de Musk de repensar o quão visível ele quer ser como apoiador. O afastamento progressivo de Musk do governo Elon Musk com bonés com as palavras 'Golfo da América' durante reunião de gabinete do governo Trump REUTERS/Evelyn Hockstein Em meio a muitas especulações sobre a permanência de Elon Musk em seu governo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o bilionário vai permanecer em seu gabinete pelo "tempo que quiser", no dia 30 de abril. A declaração foi dada durante a reunião de seu gabinete sobre os primeiros 100 dias de mandato. Trump disse que Musk "quer voltar para casa, para os carros dele" e exaltou o trabalho dele à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE). "Você foi de uma ajuda tremenda. Você abriu os olhos de muita gente para o que poderia ser feito. E só queremos agradecer muito. Você está convidado a ficar o tempo que quiser. Você fez um trabalho incrível: US$ 150 bilhões...Vocês fizeram um trabalho fantástico e nós agradecemos", elogiou Trump, sendo corrigido por Musk, que se gabou: "160 agora. Mas quem está contando?" O bilionário, que estava com um boné com as palavras "Golfo da América" na reunião - uma das primeiras medidas controversas do governo republicano, que trocou o nome do Golfo do México -, agradeceu as palavras do presidente americano, disse que era "uma honra" estar ali e finalizou em clima de despedida, recebendo uma salva de aplausos: "Gostaria de agradecer a cada um, é ótimo trabalhar com vocês". Mais cedo, a chefe de gabinete da Casa Branca, Susie Wiles, informou à imprensa que Elon Musk não está mais trabalhando presencialmente no local. Donald Trump em reunião com seu gabinete - bonés com as palavras "Golfo da América" em frente a cada membro REUTERS/Evelyn Hockstein Musk anunciou menos dedicação ao governo Há uma semana, Musk anunciou que passaria menos tempo trabalhando para o governo de Trump. As ações da Tesla, sua montadora de veículos elétricos, subiram cerca de 5% no pré-mercado. O bilionário disse que vai reduzir seu número de dias dedicados ao DOGE para uma ou duas vezes na semana a partir de maio, já que "o grande trabalho árduo necessário para colocar a equipe do DOGE em funcionamento e trabalhar com o governo para colocar as finanças em ordem está praticamente concluído". A participação de Musk no chamado Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) do governo Trump, onde enfatizou a redução agressiva de custos por meio de cortes de empregos federais, causou forte reação pública e política, levando a protestos e vandalismo em showrooms da Tesla. Investidores acreditam que a decisão aliviará um pouco a pressão sobre a marca Tesla e daria a Musk mais tempo para se concentrar em como reverter a queda nas vendas, que levaram as ações da empresa a despencarem quase 50% em relação ao seu pico registrado em dezembro passado e causou a forte redução de 71% no lucro líquido da companhia. Lojas da Tesla, de Elon Musk, são pichadas por ativistas ambientais na Suécia Os primeiros sinais de uma saída de Elon Musk do governo Donald Trump surgiram no começo do mês. O site americano "Político" noticiou que o presidente americano havia dito ao seu círculo íntimo, incluindo membros de seu gabinete, que o bilionário deixaria o governo nas próximas semanas. De acordo com o site, três fontes disseram que Trump e Musk tomaram a decisão em consenso e a transição, provavelmente, corresponderá ao fim do tempo do CEO como um “funcionário especial do governo”, um status especial que o isenta temporariamente de algumas regras éticas e de conflito de interesses, que dura 130 dias - até o fim de maio ou início de junho. Pouco depois da publicação do artigo, a Casa Branca comentou o assunto e afirmou apenas que Musk se afastará do serviço público quando seu trabalho no DOGE estiver concluído. LEIA TAMBÉM ‘Tarifaço’ de Trump: como está a fortuna dos homens mais ricos do mundo desde o início das tarifas Musk pressiona Trump a reverter tarifas e faz apelos diretos ao presidente, diz jornal Bernard Arnault perde US$ 11,3 bilhões em um dia, após piora dos resultados da LVMH

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