Nana Caymmi apoiava Bolsonaro e detonou Chico Buarque, Gil e Caetano
Na ocasião, Nana Caymmi defendeu o ex-presidente Bolsonaro e criticou os colegas de música

Nana Caymmi, que morreu nesta quinta-feira (1º/5), era uma mulher de opiniões fortes. Em uma entrevista à Folha de S.Paulo, em 2019, a cantora defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro e atacou grandes nomes da música brasileira, como Caetano Veloso, Chico Buarque e Gilberto Gil, com quem foi casada.
“É injusto não dar a esse homem um crédito de confiança. Um homem que estava fodido, esfaqueado, correndo pra fazer um ministério, sem noção da mutreta toda… Só de tirar PMDB e PT já é uma garantia de que a vida vai melhorar. Agora vem dizer que os militares vão tomar conta? Isso é conversa de comunista”, disse ela, na época.
Dona de sucessos como Resposta ao Tempo, Nana não poupou os antigos amigos e parceiros musicais de críticas pesadas. “Gil, Caetano, Chico Buarque. Tudo chupador de pau de Lula. Então, vão pro Paraná fazer companhia a ele. Eu não me importo”, detonou.
Ainda durante a entrevista, a cantora se mostrou indignada com as netas, fãs do pagodeiro Belo. “Não tenho nada contra a pessoa. Mas duas bisnetas de Dorival Caymmi! Eu já fazia música com quatro anos”, ressaltou.
Nem a sobrinha, Alice Caymmi, que escolheu o pop para a carreira artística, ficou isenta das ofensas. “Eu tinha muita esperança de que ela fosse pro meu caminho. Achei que Alice ia dar mel, mas não deu”, concluiu.
Morte de Nana
Nana Caymmi morreu nesta quinta-feira (1º/5), aos 84 anos. Ela estava internada no Rio de Janeiro há nove meses, após ser hospitalizada com uma arritmia cardíaca.
Antes de morrer, a cantora teve uma overdose de opioides na UTI, no dia de seu aniversário, na última terça-feira (29/4).
“O que acontece são pequenos defeitos, e tudo em consequência da obesidade. Mas está lúcida, está tudo certo. Por conta do peso, ela passou por uma osteomielite que agora já está curada”, disse Danilo Caymmi, irmão da cantora, ao jornal O Globo.
Nana chegou a passar por uma reposição de glicose e teve medicação ajustada pelos médicos. A artista, no entanto, não resistiu ao quadro e faleceu.
Nascida Dinahir Tostes Caymmi, Nana foi uma das vozes mais marcantes da música brasileira. Ela iniciou a carreira em 1960, ao gravar Acalanto, canção composta por pelo pai em sua homenagem. Ao longo de sua trajetória, destacou-se por interpretações sofisticadas e emotivas, consolidando-se como uma das grandes intérpretes da MPB.
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