No Canadá, Lula evita IOF e diz que conflito entre Israel-Irã preocupa

Calgary, Canadá — O presidente Lula evitou comentar, nesta segunda-feira (16/6), sobre a derrota sofrida pelo governo na votação, na Câmara, da urgência do projeto que susta o decreto do IOF.

Em conversa com jornalistas ao chegar ao hotel onde ficará hospedado no Canadá, Lula ignorou perguntas sobre IOF e respondeu apenas sobre conflitos no Oriente Médio e sobre a expectativa para o G7. 3 imagensFechar modal.1 de 3

Chegada de Lula em Calgary, no CanadáRicardo Stuckert/PR2 de 3

Lula falou com a imprensa na chegada ao hotel em Calgary (Canadá)Reprodução3 de 3

O presidente LulaRicardo Stuckert / PR

Questionado sobre a escalada da guerra entre Israel e Irã, Lula disse que qualquer conflito o “preocupa” e que o incomoda gastos com guerras, no momento em que o mundo vive.

“Qualquer conflito me preocupa. Sou um homem que nasci para a paz. Então, em um momento em que o mundo está precisando de muito recurso para a transição energética, para combater a miséria no mundo, você ver dinheiro sendo gasto com conflito, obviamente me incomoda profundamente. E é isso que quero falar um pouco amanhã”, disse Lula, em referência a seu discurso na cúpula do G7 na terça-feira (17/6).

Veja o vídeo:

Lula evitou, porém, comentar sobre a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de ir embora da cúpula do G7 nesta segunda, antes, portanto, da participação do petista no evento.

“Eu tenho as coisas para falar, vou falar amanhã de manhã, e vamos ver o que vai acontecer”, limitou-se a responder, quando questionado.

“Não há necessidade de existir G7”, diz Lula

Indagado sobre a afirmação de Trump de que a Rússia não deveria ter deixado o G7, Lula afirmou que, com a existência do G20, não haveria necessidade de o G7 continuar existindo.

“No fundo, depois do G20, não há nem necessidade de existir o G7. O G20 é mais representante. Agora, é uma questão cultural isso. (O G7) Existe desde 1975, desde a crise do petróleo. São os primos que ricos se reúnem, eles não querem parar de se reunir. Mas eles estão no G20. E o G20 acho que tem mais importância, densidade humana, mais densidade econômica. De qualquer forma, sou convidado desde que fui eleito em 2003, e eu participo para não dizer que eu recuso a festa dos ricos”, disse.