Nobel da Paz: María Corina enfrenta Maduro e a esquerda autoritária

Ao contrário do que disse Lula, María Corina não chora. Ela enfrenta Maduro e a inteira esquerda autoritária deste subcontinente

Oct 10, 2025 - 10:30
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Nobel da Paz: María Corina enfrenta Maduro e a esquerda autoritária

María Corina Machado, prêmio Nobel da Paz, vive na clandestinidade, perseguida pelo ditador venezuelano Nicolás Maduro.

Ela teve a candidatura presidencial cassada e perdeu os direitos políticos, pelo prazo de quinze longos anos, por ter se tornado o principal nome da oposição ao regime tirânico que começou a ser instaurado na Venezuela com Hugo Chávez.

A ditadura venezuelana sempre contou com o apoio bastante estimável de Lula e do PT, assim como de quase toda a esquerda da América Latina,  e não será o distanciamento (relativo) do presidente brasileiro de Nicolás Maduro que apagará essa vergonha.

Lula distanciou-se do companheiro apenas porque a fraude eleitoral perpetrada por ele ficou evidente demais, escolhendo oscilar entre a impotência e o cinismo. Mesmo assim, o PT, não esqueçamos, cometeu a iniquidade de reconhecer a vitória fraudulenta como legítima.

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Quando María Corina Machado foi proibida de disputar a presidência da Venezuela e protestou contra a arbitrariedade, o presidente brasileiro teve a pachorra de dizer que “ao invés de ficar chorando, eu indiquei outro candidato”.

A venezuelana foi contundente na sua resposta:

“Eu chorando, presidente Lula? O senhor diz porque sou mulher? O senhor não me conhece. Estou lutando para fazer valer o direito de milhões de venezuelanos que votaram por mim nas primárias e dos milhões que têm direito de votar em eleições presidenciais livres nas quais derrotarei Maduro.”

Ela não parou por aí:

“O senhor está validando os atropelos de um autocrata que viola a Constituição e o Acordo de Barbados, que o senhor diz apoiar. A única verdade é que Maduro tem medo de me enfrentar porque sabe que o povo venezuelano está hoje na rua comigo.”

Ao conceder o Nobel da Paz a María Corina Machado, o presidente do comitê que a escolheu,  o norueguês Jorgen Watne Frydnes, afirmou que opositora venezuelana “é um dos exemplos mais extraordinários de coragem cívica na América Latina, nesses últimos tempos”.

Ele destacou também como María Corina Machado conseguiu unir uma oposição política que era profundamente dividida e que, finalmente, entendeu-se na reivindicação de eleições livres e de um governo representativo.

Watne Frydnes disse que “a Venezuela deixou de ser um país relativamente democrático e próspero e passou a ser um Estado brutal e autoritário assolado por uma crise humanitária e econômica”.

Acrescente-se que, além de ser um ditador sanguinário, Nicolás Maduro é chefe de um cartel narcoterrorista transnacional, cuja cabeça vale, para o governo americano, US$ 50 milhões de dólares de recompensa.

Ao desafiar um criminoso tão poderoso, María Corina Machado tornou-se uma heroína para o qual o Nobel da Paz é prêmio merecido e até pequeno. Ao contrário do que disse Lula, essa mulher não chora, ela enfrenta Maduro e a inteira esquerda autoritária deste subcontinente.

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