'O melhor jeito para terminar a guerra': Netanyahu comenta sobre plano de controle da Faixa de Gaza
Primeiro-ministro de Israel, , Benjamin Netanyahu Reprodução/TV Globo O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou a jornalistas neste domingo (10) que o plano para o controle total da Faixa de Gaza será colocado em prática "muito em breve" e ocorrerá, em primeiro momento, pela tomada e ocupação da Cidade de Gaza. "Esta é a melhor forma de acabar com a guerra e a melhor forma de encerrá-la rapidamente", disse o primeiro-ministro de Israel. A Cidade de Gaza é considerada um dos últimos redutos remanescentes do grupo terrorista Hamas, que separam Israel de tomar o controle total da região. Segundo Netanyahu, a ideia do plano não é ocupar permanente a Faixa de Gaza, mas sim entregar o território a um governo civil, não filiado nem à Autoridade Palestina e nem ao Hamas. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Para ele, a retomada de uma campanha militar no território palestino é consequência da recusa do grupo terrorista em aceitar os termos do cessar-fogo, que havia sido proposto em janeiro deste ano. Perguntado sobre a calamidade humanitária em Gaza, o premiê declarou que Israel "gostaria" de abrir mais centros de distribuição de alimentos e corredores de ajuda no território. Atualmente, a fome entre palestinos confinados à região está na fase 5, a mais grave de todas segundo a Classificação Integrada de Fases da Segurança Alimentar (IPC, na sigla em inglês) aferida pela ONU. O premiê disse, porém, que jornalistas estrangeiros não poderão entrar na região, a não ser que tenham a autorização explícita das Forças de Defesa de Israel (IDF). Israel já controla grande parte do território palestino. Arte/g1 Nova expansão da guerra é criticado dentro e fora de Israel O governo do Reino Unido chamou a expansão da ofensiva israelense de "errada" e pediu para Israel reconsiderar imediatamente a decisão. A Dinamarca também pediu a "imediata reversão" da diretriz, e a Alemanha desautorizou quaisquer exportações de equipamento militares a Israel até novo aviso. Outros países que repudiaram a medida incluem a China, Turquia, Jordânia e Países Baixos —veja mais abaixo o que os países falaram. "A decisão do governo israelense de intensificar ainda mais sua ofensiva em Gaza está errada, e pedimos que reconsidere imediatamente. A cada dia, a crise humanitária em Gaza piora e os reféns capturados pelo Hamas continuam sendo mantidos em condições terríveis e desumanas. Precisamos de um cessar-fogo agora", afirmou o premiê britânico, Keir Starmer, em comunicado. O chefe de Direitos Humanos da ONU, Volker Turk, afirmou nesta sexta-feira que o novo plano de Israel causará mais mortes e sofrimento, e precisa ser "imediatamente interrompido". Turk também mencionou que a decisão vai contra a decisão da Corte Internacional de Justiça, que determina o término da ocupação de Israel em Gaza o mais rápido possível. O novo plano também gerou controvérsia dentro de Israel. Famílias de reféns e outros israelenses protestaram perto da sede do governo contra a nova medida e pediram o retorno imediato dos reféns que ainda estão sob poder do grupo terrorista Hamas em Gaza. Na capital Tel Aviv, protestos foram dispersados pela polícia com balas de borracha e bombas de efeito moral. Ainda há cerca de 50 reféns israelenses no poder do Hamas, dos quais Israel estima que cerca de 20 estejam vivos. Altos oficiais do Exército consideram arriscada a nova ofensiva e temem que resulte em muitas mortes e riscos para as tropas. O comandante das Forças Armadas, Eyal Zamir, disse se opor ao plano por representar um risco às vidas dos reféns israelenses em poder do Hamas. Segundo Zamir, as tropas estão exaustas e há o perigo delas ficarem "presas" em Gaza com a nova operação. A discordância de opiniões gerou uma briga entre Netanyahu e Zamir, segundo a mídia israelense. O general também se irritou por conta do filho do premiê ter o acusado de tentar incitar um motim contra o governo, algo que o comandante nega. Em resposta, o ministro da Defesa, Israel Katz, afirmou que o Exército "cumprirá" todas as diretrizes enviadas pelo governo. Governo de Israel aprova plano de Netanyahu de ocupação em Gaza


Primeiro-ministro de Israel, , Benjamin Netanyahu Reprodução/TV Globo O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou a jornalistas neste domingo (10) que o plano para o controle total da Faixa de Gaza será colocado em prática "muito em breve" e ocorrerá, em primeiro momento, pela tomada e ocupação da Cidade de Gaza. "Esta é a melhor forma de acabar com a guerra e a melhor forma de encerrá-la rapidamente", disse o primeiro-ministro de Israel. A Cidade de Gaza é considerada um dos últimos redutos remanescentes do grupo terrorista Hamas, que separam Israel de tomar o controle total da região. Segundo Netanyahu, a ideia do plano não é ocupar permanente a Faixa de Gaza, mas sim entregar o território a um governo civil, não filiado nem à Autoridade Palestina e nem ao Hamas. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Para ele, a retomada de uma campanha militar no território palestino é consequência da recusa do grupo terrorista em aceitar os termos do cessar-fogo, que havia sido proposto em janeiro deste ano. Perguntado sobre a calamidade humanitária em Gaza, o premiê declarou que Israel "gostaria" de abrir mais centros de distribuição de alimentos e corredores de ajuda no território. Atualmente, a fome entre palestinos confinados à região está na fase 5, a mais grave de todas segundo a Classificação Integrada de Fases da Segurança Alimentar (IPC, na sigla em inglês) aferida pela ONU. O premiê disse, porém, que jornalistas estrangeiros não poderão entrar na região, a não ser que tenham a autorização explícita das Forças de Defesa de Israel (IDF). Israel já controla grande parte do território palestino. Arte/g1 Nova expansão da guerra é criticado dentro e fora de Israel O governo do Reino Unido chamou a expansão da ofensiva israelense de "errada" e pediu para Israel reconsiderar imediatamente a decisão. A Dinamarca também pediu a "imediata reversão" da diretriz, e a Alemanha desautorizou quaisquer exportações de equipamento militares a Israel até novo aviso. Outros países que repudiaram a medida incluem a China, Turquia, Jordânia e Países Baixos —veja mais abaixo o que os países falaram. "A decisão do governo israelense de intensificar ainda mais sua ofensiva em Gaza está errada, e pedimos que reconsidere imediatamente. A cada dia, a crise humanitária em Gaza piora e os reféns capturados pelo Hamas continuam sendo mantidos em condições terríveis e desumanas. Precisamos de um cessar-fogo agora", afirmou o premiê britânico, Keir Starmer, em comunicado. O chefe de Direitos Humanos da ONU, Volker Turk, afirmou nesta sexta-feira que o novo plano de Israel causará mais mortes e sofrimento, e precisa ser "imediatamente interrompido". Turk também mencionou que a decisão vai contra a decisão da Corte Internacional de Justiça, que determina o término da ocupação de Israel em Gaza o mais rápido possível. O novo plano também gerou controvérsia dentro de Israel. Famílias de reféns e outros israelenses protestaram perto da sede do governo contra a nova medida e pediram o retorno imediato dos reféns que ainda estão sob poder do grupo terrorista Hamas em Gaza. Na capital Tel Aviv, protestos foram dispersados pela polícia com balas de borracha e bombas de efeito moral. Ainda há cerca de 50 reféns israelenses no poder do Hamas, dos quais Israel estima que cerca de 20 estejam vivos. Altos oficiais do Exército consideram arriscada a nova ofensiva e temem que resulte em muitas mortes e riscos para as tropas. O comandante das Forças Armadas, Eyal Zamir, disse se opor ao plano por representar um risco às vidas dos reféns israelenses em poder do Hamas. Segundo Zamir, as tropas estão exaustas e há o perigo delas ficarem "presas" em Gaza com a nova operação. A discordância de opiniões gerou uma briga entre Netanyahu e Zamir, segundo a mídia israelense. O general também se irritou por conta do filho do premiê ter o acusado de tentar incitar um motim contra o governo, algo que o comandante nega. Em resposta, o ministro da Defesa, Israel Katz, afirmou que o Exército "cumprirá" todas as diretrizes enviadas pelo governo. Governo de Israel aprova plano de Netanyahu de ocupação em Gaza
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