Vice de Trump não vê participação de Zelensky em encontro com Putin como 'produtiva'
O senador JD Vance pode se tornar vice-presidente dos EUA Matt Freed/AP Em entrevista à Fox News neste domingo (10), o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, disse que a Casa Branca está trabalhando para agendar conversas entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Vance afirmou, no entanto, não achar produtivo que Putin se reúna com Zelensky antes de se encontrar com o presidente dos EUA, Donald Trump. Ele avalia ser improvável que um acordo negociado entre a Rússia e a Ucrânia satisfaça qualquer um dos lados, e qualquer acordo de paz provavelmente deixará Moscou e Kiev "infelizes". "Não vai deixar ninguém muito feliz. Tanto os russos quanto os ucranianos, provavelmente, no final das contas, ficarão insatisfeitos com isso", disse Vance. Ainda na sexta-feira, Trump anunciou que irá se encontrar com Vladimir Putin no dia 15 de agosto, no Alasca. "A tão aguardada reunião entre mim, como presidente dos Estados Unidos da América, e o presidente Vladimir Putin, da Rússia, acontecerá na próxima sexta-feira, 15 de agosto de 2025, no grande estado do Alasca. Mais detalhes serão divulgados em breve. Obrigado pela atenção a este assunto!", escreveu. Mas intenção do governo Trump de se reunir bilateralmente com Putin não foi bem aceita pela União Europeia e nem pela Ucrânia, que temem que Trump dite os seus próprios termos de um eventual acordo de cessar-fogo. Em declaração feita neste domingo (10), a chefe de política externa da UE, Kaja Kellas, defendeu o direito da Ucrânia e da união de 27 estados europeus de estarem na conversa. "Os Estados Unidos têm o poder de forçar a Rússia a negociar seriamente", disse a chefe da política externa da União Europeia, Kaja Kallas, neste domingo. "Qualquer acordo entre os EUA e a Rússia deve incluir a Ucrânia e a UE, pois trata-se da segurança da Ucrânia e de toda a Europa." Ela afirmou que os ministros das Relações Exteriores da UE se reunirão na segunda-feira para discutir os próximos passos. Trump anuncia encontro com Putin no Alasca, em 15 de agosto 'Muito longe da guerra' No sábado, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, foi às redes sociais para crticar o anúncio do encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin. "O presidente Trump anunciou preparativos para sua reunião com Putin no Alasca. Muito longe desta guerra, que está devastando nossa terra, contra nosso povo, e que, de qualquer forma, não pode ser resolvida sem nós, sem a Ucrânia", escreveu. O presidente francês Emmanuel Macron também se pronunciou. Um uma mensagem no X, ele disse que o futuro da Ucrânia não pode ser decidido sem os ucranianos e que os europes também farão parte da solução, pois a sua própria segurança está em jogo. "Continuamos determinados a apoiar a Ucrânia, trabalhando em espírito de unidade e dando continuidade ao trabalho realizado no âmbito da Coligação dos Dispostos. O futuro da Ucrânia não pode ser decidido sem os ucranianos, que lutam pela sua liberdade e segurança há mais de três anos. Os europeus também farão necessariamente parte da solução, pois a sua própria segurança está em jogo. Continuarei a coordenar estreitamente com o Presidente Zelensky e os nossos parceiros europeus", disse Macron. Segundo o jornal americano Wall Street Journal, Trump e Putin devem discutir uma proposta russa que pede o leste da Ucrânia em troca do fim do conflito. Autoridades europeias e ucranianas ouvidas pelo WSJ dizem que a oferta foi feita na quarta-feira (6), quando o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, se reuniu com o governo russo. A proposta causou uma crise diplomática. Líderes europeus mostraram grande preocupação com a proposta, que pede que a Ucrânia entregue a região chamada Donbass. Em troca, a Rússia assinaria um cessar-fogo. Nas redes sociais, Zelensky declarou que rejeitará qualquer proposta envolvendo a anexação de territórios ucranianos pela Rússia. D


O senador JD Vance pode se tornar vice-presidente dos EUA Matt Freed/AP Em entrevista à Fox News neste domingo (10), o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, disse que a Casa Branca está trabalhando para agendar conversas entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Vance afirmou, no entanto, não achar produtivo que Putin se reúna com Zelensky antes de se encontrar com o presidente dos EUA, Donald Trump. Ele avalia ser improvável que um acordo negociado entre a Rússia e a Ucrânia satisfaça qualquer um dos lados, e qualquer acordo de paz provavelmente deixará Moscou e Kiev "infelizes". "Não vai deixar ninguém muito feliz. Tanto os russos quanto os ucranianos, provavelmente, no final das contas, ficarão insatisfeitos com isso", disse Vance. Ainda na sexta-feira, Trump anunciou que irá se encontrar com Vladimir Putin no dia 15 de agosto, no Alasca. "A tão aguardada reunião entre mim, como presidente dos Estados Unidos da América, e o presidente Vladimir Putin, da Rússia, acontecerá na próxima sexta-feira, 15 de agosto de 2025, no grande estado do Alasca. Mais detalhes serão divulgados em breve. Obrigado pela atenção a este assunto!", escreveu. Mas intenção do governo Trump de se reunir bilateralmente com Putin não foi bem aceita pela União Europeia e nem pela Ucrânia, que temem que Trump dite os seus próprios termos de um eventual acordo de cessar-fogo. Em declaração feita neste domingo (10), a chefe de política externa da UE, Kaja Kellas, defendeu o direito da Ucrânia e da união de 27 estados europeus de estarem na conversa. "Os Estados Unidos têm o poder de forçar a Rússia a negociar seriamente", disse a chefe da política externa da União Europeia, Kaja Kallas, neste domingo. "Qualquer acordo entre os EUA e a Rússia deve incluir a Ucrânia e a UE, pois trata-se da segurança da Ucrânia e de toda a Europa." Ela afirmou que os ministros das Relações Exteriores da UE se reunirão na segunda-feira para discutir os próximos passos. Trump anuncia encontro com Putin no Alasca, em 15 de agosto 'Muito longe da guerra' No sábado, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, foi às redes sociais para crticar o anúncio do encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin. "O presidente Trump anunciou preparativos para sua reunião com Putin no Alasca. Muito longe desta guerra, que está devastando nossa terra, contra nosso povo, e que, de qualquer forma, não pode ser resolvida sem nós, sem a Ucrânia", escreveu. O presidente francês Emmanuel Macron também se pronunciou. Um uma mensagem no X, ele disse que o futuro da Ucrânia não pode ser decidido sem os ucranianos e que os europes também farão parte da solução, pois a sua própria segurança está em jogo. "Continuamos determinados a apoiar a Ucrânia, trabalhando em espírito de unidade e dando continuidade ao trabalho realizado no âmbito da Coligação dos Dispostos. O futuro da Ucrânia não pode ser decidido sem os ucranianos, que lutam pela sua liberdade e segurança há mais de três anos. Os europeus também farão necessariamente parte da solução, pois a sua própria segurança está em jogo. Continuarei a coordenar estreitamente com o Presidente Zelensky e os nossos parceiros europeus", disse Macron. Segundo o jornal americano Wall Street Journal, Trump e Putin devem discutir uma proposta russa que pede o leste da Ucrânia em troca do fim do conflito. Autoridades europeias e ucranianas ouvidas pelo WSJ dizem que a oferta foi feita na quarta-feira (6), quando o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, se reuniu com o governo russo. A proposta causou uma crise diplomática. Líderes europeus mostraram grande preocupação com a proposta, que pede que a Ucrânia entregue a região chamada Donbass. Em troca, a Rússia assinaria um cessar-fogo. Nas redes sociais, Zelensky declarou que rejeitará qualquer proposta envolvendo a anexação de territórios ucranianos pela Rússia. D
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