O perigo do bicho-de-pé nas férias e como proteger seu cão

Verão, férias escolares e viagens em família costumam incluir a presença dos cães. Seja na praia, seja no campo, o contato com a natureza traz benefícios — mas também exige atenção. Entre os parasitas que mais preocupam nessa época está o Tunga penetrans, o bicho-de-pé, pulga minúscula que costuma passar despercebida pelos tutores.

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Comum em solos arenosos, secos e pouco higienizados, o parasita causa inflamação, dor e coceira intensa. A veterinária Kathia Soares explica que a fêmea fecundada penetra na pele, geralmente nas patas, e ali desenvolve seus ovos. “Muitos tutores só percebem quando o cão começa a mancar ou lamber excessivamente as patas. A lesão aparece como um nódulo com ponto escuro no centro e pode evoluir para quadros graves se não houver tratamento”, diz.

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Embora a tungíase afete comunidades em diferentes regiões do país, ainda é um problema pouco conhecido — e também atinge humanos. Por isso, proteger o pet é uma forma de proteger toda a família.

Prevenção: o melhor kit de viagem

Segundo a especialista, manter a proteção antiparasitária em dia é essencial antes de viajar para áreas onde o bicho-de-pé é comum. A infestação ocorre apenas quando há contato direto da pele com o solo contaminado. Nos cães, surgem sinais como inchaço, vermelhidão, dor e feridas que podem abrir caminho para bactérias, incluindo a do tétano.

A veterinária da MDS Saúde Animal explique que, como zoonose, o bicho-de-pé também representa risco para quem anda descalço nesses ambientes, especialmente crianças. Portanto, evitar locais com acúmulo de animais e priorizar espaços limpos é uma medida de segurança coletiva.

“Ao proteger o cão, o tutor evita todo o transtorno da infestação e garante um passeio sem riscos”, afirma Kathia.

Quatro cuidados essenciais para evitar surpresas nas férias

1. Check-up antes da viagem

A consulta veterinária garante vacinas atualizadas e proteção ativa contra parasitas comuns em praias e áreas rurais.

2. Inspeção diária das patinhas

Depois dos passeios, limpe e examine os coxins e o espaço entre os dedos. Pontos escuros, inchaço ou sensibilidade podem indicar o parasita.

3. Atenção ao ambiente

Evite deixar o cão deitar ou cavar em solos muito secos, sombreados e com circulação de animais errantes.

4. Nada de “receitas caseiras”

Remover o bicho-de-pé em casa é arriscado e doloroso. Somente o veterinário deve fazer o procedimento com segurança. Remover em casa pode ser perigoso

A combinação de prevenção contínua, atenção ao ambiente e cuidado diário é o caminho para viagens tranquilas e seguras. Com proteção adequada, o cão e a família podem aproveitar o verão sem sustos.