O que o Careca do INSS pediu para PF após ser preso em Brasília

Antônio Carlos Camilo Antunes, mais conhecido como “Careca do INSS”, chegou à Superintendência da Polícia Federal em Brasília, nesta sexta-feira (12/9), tentando se esconder dos holofotes. Preso em mais uma fase da Operação Sem Desconto, ele usava boné e óculos escuros, numa tentativa de se disfarçar e evitar ser reconhecido.

Segundo fontes da coluna, Antunes ainda fez um pedido direto à PF para que não fossem registradas imagens dele no momento da prisão e da chegada à superintendência.

A exigência, no entanto, foi rapidamente frustrada. O fotógrafo Breno Esaki, do Metrópoles, conseguiu registrar o exato momento em que o lobista apontado como operador do esquema bilionário de fraudes contra aposentados entrou no prédio da corporação. 5 imagensFechar modal.1 de 5

A chegada do lobista, apontado como operador no esquema de descontos indevidos no INSS, foi realizada sob forte aparato policialBRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto2 de 5

A prisão preventiva foi decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça diante de indícios de risco de fuga e ocultação de patrimônioBRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto3 de 5

Ele desceu escoltado de uma viatura da PF e foi levado diretamente para o setor de custódiaBRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto4 de 5

Policiais encontraram uma Ferrari vermelha, uma réplica de carro de Fórmula 1 de Ayrton Senna, relógios de luxo e dinheiro em espécieBRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto5 de 5

Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, chegou na manhã desta sexta-feira (12/9) à Superintendência da PFBRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

O flagrante ganhou peso simbólico diante da trajetória de Antunes. Conhecido como o facilitador de um esquema que, segundo a Polícia Federal, causou um prejuízo de R$ 6,3 bilhões aos cofres da Previdência, ele já havia sido convocado a depor na CPI do INSS.

Além da prisão de Antunes e do empresário Maurício Camisotti, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao advogado Nelson Wilians, em São Paulo. A defesa do advogado reiterou que a relação dele com um dos investigados é estritamente profissional e que confia na comprovação de sua inocência.