Pacientes com diabetes relatam falta de insulina na Unicat desde maio em Natal

Pacientes com diabetes tipo 1 tem enfrentado dificuldades para manter o tratamento devido à falta de insulina de longa duração na Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat) em Natal. O medicamento está em falta desde maio.   Segundo a Unicat, atualmente 65 medicamentos estão em falta, incluindo as canetas de insulina de longa duração.   […]

Sep 11, 2025 - 14:00
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Pacientes com diabetes relatam falta de insulina na Unicat desde maio em Natal

Pacientes com diabetes tipo 1 tem enfrentado dificuldades para manter o tratamento devido à falta de insulina de longa duração na Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat) em Natal. O medicamento está em falta desde maio.

 

Segundo a Unicat, atualmente 65 medicamentos estão em falta, incluindo as canetas de insulina de longa duração.

 

O eletricista Márcio Humberto de Medeiros, que convive com a doença há 37 anos, depende de dois tipos de insulina: uma de ação rápida e outra de longa duração. Sem acesso à insulina basal, ele tem recorrido a empréstimos de outros pacientes e troca de mensagens em grupos de diabéticos.

 

Cada caneta de insulina de longa duração custa, em média, R$ 200 e só é vendida em caixas com cinco unidades, o que representaria um gasto de R$ 1 mil a cada cinco semanas para manter o tratamento em casa.

 

A falta do medicamento tem levado a complicações graves de saúde. Com a diabetes descontrolada e o pâncreas paralisado, Márcio começou recentemente sessões de hemodiálise e precisará continuar o tratamento renal três vezes por semana.

 

A gastróloga Mônica Ciríaco, que também faz tratamento para diabetes tipo 1, mantém um “kit-sobrevivência” com glicosímetro, agulhas e as duas canetas de insulina — a de ação rápida e a de longa duração — e destaca que os medicamentos não podem ser substituídos um pelo outro.

Ela ressalta que a falta da insulina na rede pública é um problema recorrente, que faz com que muitos pacientes dependam de demandas judiciais para conseguir o medicamento.

 

“A diabetes tipo 1 não é uma questão de saúde, é uma questão de vida ou morte. Se a gente não tomar, a gente pode morrer, porque o pâncreas não funciona mais, então nós somos dependentes dessa medicação e a falta dela faz com que a gente possa perder a vida”, relatou Mônica.

 

A diabetes tipo 1 é uma doença crônica e autoimune, na qual o corpo destrói as células do pâncreas responsáveis pela produção natural de insulina.

 

A responsabilidade desse insumo é do Ministério da Saúde, cabendo ao Estado a organização da distribuição. De acordo com a Sesap, os mais recentes carregamentos recebidos do Ministério foram insuficientes. O órgão federal sinalizou que um novo carregamento será entregue no próximo dia 25.

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