PCC teria alugado casa vizinha à de promotor para planejar assassinato
Criminosos teriam alugado imóvel a menos de 1 km do condomínio onde Gakiya vive. Informação foi revelada pelo próprio promotor em coletiva
Criminosos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) teriam alugado uma casa vizinha à do promotor do Ministério Público de São Paulo (MPSP) Lincoln Gakiya para planejar o assassinato dele. A informação foi revelada pelo próprio promotor, durante coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (24/10).
“Havia também uma casa que foi provavelmente foi alocada justamente para facilitar esse acompanhamento a cerca de 900 metros do condomínio que eu resido”, disse Gakiya.
3 imagens
Fechar modal.
1 de 3 promotor de Justiça Lincoln GakiyaAlfredo Henrique/Metrópoles
Roberto Medina, coordenador de presídios na zona oeste de SPReprodução
Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado da Polícia Civil de São PauloDivulgação/Polícia Civil
O MPSP e a Polícia Civil de São Paulo realizaram uma operação nesta sexta contra integrantes do PCC suspeitos de planejarem o assassinato do promotor, principal investigador da organização criminosa dentro do MPSP, e do coordenador de presídios Roberto Medina.
Mandados de busca e apreensão foram realizados nas cidades de Presidente Prudente (11), Álvares Machado (6), Martinópolis (2), Pirapozinho (2), Presidente Venceslau (2), Presidente Bernardes (1) e Santo Anastácio (1), todas no interior de São Paulo.
Leia também
-
São Paulo
PCC: diretor de presídios jurado de morte vive sob escolta desde 2018
-
São Paulo
PCC mapeou hábitos diários de promotor e coordenador de presídios
-
São Paulo
MPSP se manifesta sobre plano do PCC para executar promotor
-
São Paulo
Ameaçado há 20 anos: quem é promotor que o PCC planejava matar
O que já se sabe
- As investigações apontaram a existência de uma célula do crime organizado estruturada de forma compartimentada e “altamente disciplinada”.
- O grupo era encarregado de realizar levantamentos detalhados da rotina de autoridades públicas e de seus familiares, “com a clara finalidade de preparar atentados contra esses alvos previamente selecionados”, segundo o MPSP.
- Os suspeitos haviam identificado, monitorado e mapeado os hábitos diários de autoridades.
- “A célula operava sob rígido esquema de compartimentação, no qual cada integrante desempenhava uma função específica, sem conhecer a totalidade do plano, o que dificultava a detecção da trama”, afirma a promotoria.
- Gakiya e Medina eram monitorados pelos criminosos, inclusive com o uso de drones. Tanto o promotor, quanto o diretor, no entanto, contam com escolta para protegê-los.
What's Your Reaction?