“Perseguição”: governadores de direita criticam ações contra Bolsonaro
Declarações feitas pelos aliados ocorrem após Bolsonaro ser alvo de uma nova operação da PF, autorizada pelo Moraes, do STF

Governadores aliados de Jair Bolsonaro (PL) saíram em defesa do ex-presidente nesta sexta-feira (18/7), após nova operação da Polícia Federal (PF) autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado.
Veja vídeo:
Saiba sobre operação da PF contra Bolsonaro
- Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão no escritório do cacique do PL, localizado na sede do partido, e na sua própria residência, no Jardim Botânico, em Brasília (DF), onde a PF apreendeu dinheiro em espécie, um pendrive e o celular do ex-presidente.
- Além das apreensões, Moraes determinou o uso de tornozeleira eletrônica por parte de Bolsonaro. O ex-presidente também está proibido de usar redes sociais, se comunicar com embaixadores e diplomatas estrangeiros e de se aproximar de embaixadas.
- Após a operação, Bolsonaro foi levado para a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF), para a instalação da tornozeleira eletrônica.
- Como mostrou o Metrópoles, na coluna de Andreza Matais, Moraes também proibiu Bolsonaro de manter contato com o filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos.







Fachada do Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (CIME) VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto2 de 6
Comboio que trouxe o ex-presidente Jair Bolsonaro ao Centro integrado de monitoração Eletrônica (CIME), para colocar a tornozeleira eletrônicaSamuel Reis3 de 6
Bolsonaro chegando ao Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (CIME)VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto4 de 6
Jair Bolsonaro responde jornalistas ao deixar o Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (CIME)VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto5 de 6
Bolsonaro nega intenção de deixar o BrasilSamuel Reis6 de 6
Jair Bolsonaro fala com a imprensaSamuel Reis
Nas redes sociais, Jorginho Mello (PL), governador de Santa Catarina, criticou a decisão e afirmou que “impedir o principal líder da oposição de se comunicar com a população — e até com o próprio filho — é uma violência”.
“E tudo isso partiu de um pedido do PT, partido que tem clara intenção de tirar Bolsonaro das eleições. O Brasil precisa baixar a fervura”, escreveu.
Moraes tomou uma decisão atendendo a um pedido da PF e da Procuradoria-Geral da República (PGR). Nesse processo, também foi apresentada uma petição de parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT) pedindo a prisão preventiva de Bolsonaro, mas esse pedido não foi acatado.
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Jorginho Mello ainda defendeu a pacificação do país. “É hora de distensionar o ambiente político. Esse caminho não faz bem à democracia, à economia e, principalmente, ao povo brasileiro. O presidente Bolsonaro é um homem honesto e não merecia estar passando por isso”, publicou.
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Romeu Zema e Jair BolsonaroReprodução/Redes sociais2 de 3
Romeu Zema e Jair BolsonaroCNN/Reprodução
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Tarcísio de Freitas e Jair Bolsonaro Isabella Finholdt/ Metrópoles
“Perseguição contra Bolsonaro”
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também se manifestou nas redes sociais e prestou apoio ao ex-presidente. Para Zema, o Brasil virou “um tribunal de exceção” e a “perseguição contra Bolsonaro chegou hoje a um novo absurdo”.
“Impedir um pai de família de falar com o próprio filho e censurar as redes sociais dele não é justiça, é abuso de poder”, afirmou. Ele completou dizendo que “o Brasil não pode aceitar que o sistema judicial seja usado para calar opositores e intimidar quem pensa diferente”.
“Sucessão de erros”
Mais cedo, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também comentou a operação. Ele classificou a situação como “humilhação” e “sucessão de erros”.
“Não imagino a dor de não poder falar com um filho. Mas se as humilhações trazem tristeza, o tempo trará a justiça”, escreveu.
Tarcísio exaltou a trajetória de Bolsonaro e afirmou que “nunca lhe faltou coragem”, inclusive ao “defender a liberdade, valores e combater injustiças”. “Não conheço ninguém que ame mais este país, que tenha se sacrificado mais por uma causa, quanto Jair Bolsonaro”, afirmou.
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