Pesquisa revela que 49% dos brasileiros já consultaram IA sobre saúde
Levantamento mostra que a tecnologia ganha espaço nas consultas virtuais, mas a palavra final ainda é dos médicos
A inteligência artificial já faz parte da rotina dos brasileiros também na hora de cuidar da saúde. Um levantamento da plataforma Doctoralia, realizado com mais de 3,4 mil pessoas em todo o país, revelou que 49% dos entrevistados já recorreram à tecnologia para tirar dúvidas sobre sintomas, diagnósticos ou tratamentos.
A pesquisa mostra que, embora o uso da IA esteja crescendo, o médico continua sendo a principal referência. Quando surgem dúvidas sobre saúde, 38% das pessoas ainda preferem consultar um profissional e outros 38% recorrem a buscas no Google ou em sites especializados.
Apenas 12% procuram primeiro a inteligência artificial, mas quase metade dos entrevistados já testou a ferramenta em algum momento. Mesmo assim, parte do público ainda resiste ao uso. Segundo o relatório, 17% dizem não confiar na IA para temas de saúde e 13% afirmam nem saber que esse recurso estava disponível.
Médicos seguem como principal fonte de confiança
A confiança nas informações digitais ainda é limitada. Apenas 4% dos entrevistados consideram a inteligência artificial a fonte mais confiável sobre saúde. Já os médicos conhecidos aparecem em primeiro lugar, com 72% das respostas, seguidos por sites de hospitais e clínicas.
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Será que a inteligência artificial nos substituirá?
Mesmo entre os que recorrem à tecnologia, a maioria prefere confirmar o que leu antes de tomar qualquer decisão. Segundo o levantamento, 37% dos participantes veem a IA e a internet como um ponto de partida, mas sempre buscam validação profissional. Outros 22% dizem que as ferramentas são essenciais para suas escolhas, enquanto 59% acreditam que ajudam apenas a resolver dúvidas iniciais.
Com base em dados, a inteligência artificial realiza tarefas que envolvem aprendizado, análise e tomada de decisão
O comportamento se repete quando o tema é tomar decisões com base nas recomendações digitais. A maioria dos entrevistados (66%) afirma que consulta um médico antes de seguir qualquer orientação encontrada online. Apenas 13% marcam uma consulta sugerida por IA e 5% chegam a testar remédios ou tratamentos indicados virtualmente.
O estudo também destacou que a escolha de um novo médico no ambiente online depende, sobretudo, da reputação. As avaliações e comentários de outros pacientes são o principal critério para 36% dos entrevistados, seguidos por indicações de profissionais conhecidos (25%).
Os resultados reforçam que, mesmo com o avanço das ferramentas tecnológicas, a credibilidade dos profissionais de saúde segue como o principal fator de segurança para o paciente.
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