PI: advogados e ex-assessora do governo são presos por coagirem juízes
A investigação indica que os presos são suspeitos de produzir e divulgar um dossiê falso com o objetivo de coagir magistrados

Os advogados Juarez Chaves e Flávio Almeida Martins e a ex-assessora do governo do Piauí Lucile de Souza Moura foram presos nesta quarta-feira (22/10) durante uma nova fase da Operação Vice-Cônsul, da Polícia Civil, que investiga a produção e disseminação de dossiês falsos com o objetivo de coagir magistrados em processos agrários.
A investigação indica que os presos são suspeitos por coação no curso do processo judicial, denunciação caluniosa, calúnia e associação criminosa.
Os dossiês continham acusações falsas no intuito de influenciar decisões judiciais em processos agrários. Os documentos também tinham como objetivo constranger os magistrados.
Informações preliminares apontam que os presos estariam envolvidos em um esquema para fabricar dados que comprometessem a atuação de juízes e até de um desembargador.
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Esta é a terceira fase da Operação Vice-Cônsul.
Dossiês falsos
Juarez foi alvo de duas operações: uma da Polícia Civil, que investiga os dossiês falsos, e outra da Polícia Federal.
Já Lucile é professora assistente de dedicação exclusiva e servidora estadual efetiva. Segundo o Portal da Transparência, ela estava cedida à assessoria especial do governador Rafael Fonteles (PT), na Secretaria Estadual de Governo (Segov).
Em 1º de outubro, a exoneração de Lucile do cargo de assessora especial foi publicada no Diário Oficial do Estado.
De acordo com Tales Gomes, delegado coordenador da Diretoria Especializada em Operações Policiais (Deop), os advogados enviavam denúncias ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em que acusavam juízes de favorecer decisões e liberar presos em audiências de custódia. Depois, eles desistiam das denúncias. A polícia considera a prática uma forma de coação.
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