“Piratas da web” faturam alto dando tombo em quem vende videogames

Segundo a PCDF, os golpistas atuavam de forma organizada e profissional, utilizando perfis falsos para negociar videogames e smartphones

Nov 5, 2025 - 07:00
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“Piratas da web” faturam alto dando tombo em quem vende videogames

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desmantelou, nesta quarta-feira (5/11), um esquema de crimes cibernético ao deflagrar a Operação Game Over, conduzida pela 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural). O objetivo foi desarticular um grupo de piratas da internet, especializado em aplicar golpes eletrônicos contra pessoas que vendiam produtos caros em plataformas de compra e venda on-line.

As investigações, que começaram em agosto deste ano, revelaram a ação de três criminosos — um homem de 32 anos, uma mulher, de 28, e outro homem de 33 — que, mesmo sem antecedentes criminais, já estavam ligados a mais de 20 ocorrências semelhantes registradas em várias delegacias do DF e de outros estados.

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Segundo a Polícia Civil, os golpistas atuavam de forma organizada e profissional, utilizando perfis falsos para negociar videogames, smartphones e outros produtos de alto valor. As vítimas, acreditando que o pagamento havia sido concluído, recebiam mensagens falsas de confirmação bancária. Em seguida, os criminosos enviavam motoristas de aplicativo para recolher os objetos, encerrando o contato logo após a retirada.

Lavagem de dinheiro

Um dos alvos da operação trabalha em uma loja especializada em videogames na Feira dos Importados, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). O suspeito atuava como receptador do bando e tinha o costume de virar a camisa do lado do avesso, na hora de pegar os aparelhos para que as vítimas não visse o nome da loja estampada na camiseta dele.

Durante a operação, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão — no Recanto das Emas, na Feira dos Importados e em Guaianases (SP). Nos locais, os agentes apreenderam aparelhos eletrônicos, comprovantes bancários e documentos que ajudarão na conclusão do inquérito.

A investigação contou com o apoio do setor de segurança da plataforma de vendas, que colaborou na identificação dos suspeitos e na consolidação das provas. Os três investigados vão responder por estelionato eletrônico, associação criminosa e lavagem de dinheiro, crimes que juntos podem render até 21 anos de prisão.

Movimentação de dinheiro

A Polícia Civil também emitiu um alerta: quem empresta contas bancárias para movimentar dinheiro de origem duvidosa pode ser enquadrado nos mesmos crimes, caso fique comprovada a participação no esquema.

“Esses golpes têm se tornado cada vez mais sofisticados. É fundamental que o vendedor só entregue o produto após confirmar o pagamento diretamente com o banco ou a plataforma oficial”, reforçou o delegado Rafael Catunda, responsável pela operação.

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